[2.44] Efeitos da revolução americana do século XXI: o mundo bipolar está de volta — mas não é o que parece
Do México ao Canadá, do Reino Unido à União Europeia, aumentam os sinais de resistência à revolução da ordem mundial encetada pelos EUA de Trump. A UE está a ganhar poder de decisão.
Abrimos a semana com uma nota do editor em jeito de análise. Eis os assuntos do dia:
🌏 ↔️ Efeitos da revolução americana do século XXI: o mundo bipolar está de volta — mas não é o que parece (nota do editor)
🗳️🇺🇸 Democratas em busca de identidade e liderança
🌐🔧 “Comprar europeu”: empresas pressionam Comissão para aumentar independência tecnológica
🇺🇦🕊️ Rússia rejeita paz na Ucrânia, afirma Kaja Kallas
🛰️📡 Starlink: Ucrânia precisa de alternativas à “trela tecnológica”
🏠💶 Preços da habitação na zona euro: uma queda suave e temporária, diz BCE
A fechar, algumas curtas, com destaque para o recuo do Governo na nomeação do desenvolvimento do “GPT português” e para a queda do VOX nas sondagens em Espanha
NOTA DO EDITOR
🌏 ↔️ Efeitos da revolução americana do século XXI: o mundo bipolar está de volta — mas não é o que parece
Chamemos-lhe “erro de perspetiva do instalado”. Consiste em encontrar sistematicamente argumentos que suavizam o horror da mudança patente nos sinais à sua volta. Vem de longe, talvez de sempre. Mas dá por palavras mais curtas: em psicologia, a negação é considerada um mecanismo de defesa em que a pessoa se recusa a reconhecer factos ou experiências dolorosas, mantendo assim a ilusão de que esses factos não existem ou não são tão graves.
Foi a negação que permitiu a milhões de judeus a ilusória intranquilidade nos dias e horas antes de entrarem para as câmaras de gás.
Foi o erro de perspetiva do bem instalado a observar a evolução eleitoral do Chega que me impediu de ver a recuperação para o espaço público, logo para a política, do mais profundo conservadorismo machista, retrógrado e alienado que é a característica dos portugueses que sustentou o salazarismo e julgava erradicado.
O estado de negação é a principal característica social dos nossos tempos. Afeta as maiorias, independentemente do seu posicionamento ideológico, ou sequer de terem um, independentemente da sua posição relativa na pirâmide sócio-económica. Os instalados não concebiam o Chega. Não concebem o extermínio em massa dos palestinianos. Não concebem o regresso da guerra.
Não concebiam a eleição de Trump, não concebiam a paulatina destruição do sistema de contra-pesos em que se baseia (por pouco mais tempo) a democracia tida por mais saudável do mundo. E ao dia de hoje não concebem que o Congresso americano deixou de ter importância, que os Estados Unidos da América passaram a ser uma potência ameaçadora em primeiro lugar para os vizinhos, em segundo para os aliados e depois para o resto do mundo.
Indo aos finalmentes desta nota: a narrativa de negação nesta altura é a de que dentro de quatro anos, nas eleições presidenciais americanas, o candidato MAGA (Trump, Vance ou outro) perde para o candidato democrata, que virá repor o Congresso e a ordem da lei, restaurar a democracia e devolver a federação americana à condição de amiga do "ocidente”.
Como todas as anteriores negações, não tem fundamento. Convinha que nos atualizássemos. Da revolução MAGA não há regresso. Não se trata de Trump, nem de Vance. Trump não sobreviverá aos efeitos que desencadeou. Vance provavelmente também não. Trata-se dos Estados Unidos da América, do seu novo perfil, e das reações do resto do mundo. Mesmo que tudo corra pelo menos mal, que será a continuidade de eleições e a vitória de um candidato democrata (o partido republicano foi destruído por Trump), este herdará uns EUA diferentes num mundo diferente com um equilíbrio geo-político diferente.
É um facto consumado. Irreversível.
Neste contexto, a ideia do facto consumado vem do canadiano Ben Charland, que na sua newsletter tem um texto iluminado sobre o impacto da revolução MAGA nas relações entre os Estados Unidos da América — o rapaz fanfarrão da turma — e o Canadá — o miúdo franzino que foi dizendo que sim a tudo ao fanfarrão para lhe cair nas boas graças. Recomendo a leitura de Canada's Fate Accompli. Respigo alguns dos factos consumados enunciados, situações que Trump levou de impensáveis a normais — e que evidentemente serão negadas pelos instalados estarrecidos.
Trump. Quem teria imaginado que dominaria o Partido Republicano e seria eleito presidente duas vezes? Antes, era absurdo.
Redes sociais. Trump usou o Twitter para despedimentos, mudanças de políticas e anúncios diplomáticos — hoje, prática comum a vários políticos.
Conservadorismo. Alguém considera o Partido Republicano ainda conservador? Os republicanos de Trump parecem radicais, enquanto os outros tentam manter o status quo.
Congresso. Trump fechou agências, cancelou financiamentos e despediu funcionários em massa, sem oposição efetiva do Congresso, que constitucionalmente controla o orçamento.
Ética. Manteve o controlo dos seus negócios enquanto presidente, algo não totalmente previsto nos quadros de ética em vigor.
Media. Ao rotular a imprensa de “fake news” e “inimigos do povo”, reduziu os briefings e mudou a relação entre a presidência e os media.
A revolução Trump quebrou a ordem, os elos, a confiança daquela parte do mundo de que fazemos parte no “amigo” e “protetor” americano.
Não fazemos a menor ideia do que vai suceder nos próximos meses e anos, mas sabemos que os factos consumados não são reversíveis. E que as revoluções não voltam atrás.
Ora, como todos os atos, a revolução americana do século XXI tem consequências. O Canadá de Charland, que é o Canadá de Mark Carney, e o México de Claudia Sheinbaum são os primeiros a reagir porque são os primeiros a sofrer as consequências. O novo primeiro ministro canadense já deixou claro que o país mudou de rumo e liderará a resistência a norte (e a este, reforçando a “revolta” transatlântica); a presidente mexicana, no cargo há menos de nove meses, sujeitou Trump a suspender a desejada punição tarifária e com a sua posição de resistência firme e discreta está a capitalizar o apoio popular (atingiu vertiginosamente os 85% de aprovação) de que necessita para modernizar a economia mexicana, afastar-se do anterior presidente e suas políticas, e atrair investimento estrangeiro.
A consequência para a Europa é inegavelmente positiva: serviu de gatilho para que a União Europeia saísse da letargia e sobretudo do clima de impasse que tem anulado a maior parte do seu poder de decisão. Hoje os dirigentes já encontram soluções políticas — a mais recente das quais a fórmula do “facultativo”, que deixa o cavalo de Tróia de Moscovo na UE, a Hungria de Orbán, sem poder para vetar o reforço do apoio financeiro à Ucrânia.
“A Europa alarga-se. A América isola-se”, escreve Teresa de Sousa no Público. Cita Timothy Garton Ash (“chegou o momento de os europeus combinarem as suas duas mais influentes e poderosas tradições, encarnadas por Churchill e por De Gaulle”) para finalizar assim o artigo: “começa a haver razões para estarmos mais optimistas.”
Regresso ao início e à negação. As lideranças já saíram desse estado. As respostas não serão perfeitas — vejo ainda muita gente a lamentar o regresso do militarismo a países em que duas gerações viveram numa maravilhosa paz de oito décadas — e serão cometidos erros. Mas não há volta a dar, não há regresso a uma América que deixou de existir já há algum tempo. Esta América votou maioritariamente duas vezes em Trump e no programa da extrema-direita estado-unidense, consubstanciado no documento Project 2025 e por ele sistematicamente alardeado nas campanhas, e fora delas, indiferente à negação da outra metade do eleitorado (e do mundo).
O mundo ficou mais imprevisível, é facto. Mas, por paradoxal que pareça (e não é), ter de reagir ao desconhecido abre portas também à esperança. Às esperanças.
Um exemplo? A esperança no trajeto rumo ao federalismo europeu estava a esmorecer, cada vez mais ameaçada pelo retorno dos nacionalismos em muitos países da União Europeia pela mão das extremas-direitas financiadas e iluminadas por Trump e por Vladimir Putin (ambos pretendem acabar com a União Europeia). E subitamente há um renascimento dessa esperança. Com tributos pesados — a troca de posições entre a defesa do clima e a defesa das fronteiras na hierarquia das políticas.
Mas antes o caminho ser torto do que não ser trilhado. E o federalismo europeu é não só o caminho lógico como o caminho necessário para assegurar a independência e a auto-determinação, bem como a prossecução dos ideais do iluminismo (como tão bem refere Álvaro Vasconcelos no Público, em A contrarrevolução do novo fascismo) que moldou o mundo a partir da Europa, princípios que lançaram as bases de muitas das transformações políticas e sociais que, gradualmente, conduziram às democracias constitucionais, ao desenvolvimento científico e às noções de direitos humanos que reconhecemos hoje (e que têm sistematicamente vencido as contrarrevoluções fascistas, como a presente revolução americana — sublinha Vasconcelos).
O que nos leva ao título desta nota: o mundo bipolar está de regresso, depois de um período em que a hegemonia dos Estados Unidos da América foi total. Talvez até venha a tornar-se multipolar, como alguns pensam, com a China por um lado e os chamados BRICS por outro, a terem um papel de relevo. Mas os dois grandes blocos em equilíbrio não terão, como no século XX, Washington e Moscovo por capitais. Um dos blocos, sim (até nas Nações Unidas EUA e Rússia votam agora do mesmo lado).
Mas não o outro.
Leituras
Canada's Fate Accompli. A scenario. Ben Charland na sua newsletter
As Trump and Putin menace Europe, I say this: vive le Churchillo-Gaullisme! Our continent must be prepared to defend itself, by combining the best of its two most influential traditions. Timothy Garton Ash em The Guardian
O que fazer com o “camarada Trump”? Há só um país e um líder para quem [Trump] reserva toda a sua simpatia. Chama-se Vladimir Putin, um homem “em quem se pode confiar”. Teresa de Sousa no Público, artigo oferecido graças aos apoiantes de VamoLáVer, veja secção exclusivos abertos mais abaixo)
A contrarrevolução do novo fascismo. As declarações de Trump inserem-se numa corrente contrarrevolucionária de oposição aos ideais iluministas, que a derrota do nazismo afastara do poder nos países centrais do sistema internacional. Álvaro Vasconcelos no Público
Trump Is Alienating Mexico at the United States’ Peril. Denise Dresser em The New York Times
🗳️🇺🇸 Democratas em busca de identidade e liderança
O Partido Democrata enfrenta um momento crítico de indefinição de liderança, sem um representante claro após a saída de figuras históricas como Bill Clinton, Barack Obama e Nancy Pelosi. A ausência de um líder unificador tem gerado debates internos sobre como responder à segunda presidência de Donald Trump.
Os democratas estão divididos em diferentes estratégias para recuperar relevância política, emergindo quatro abordagens principais: os resistentes, os comunicadores, os moderadores e os outsiders. Cada grupo propõe uma visão distinta sobre como o partido deve se posicionar no atual cenário político norte-americano.
A fragmentação interna é evidente.
Os resistentes - Liderados por figuras como Elizabeth Warren e Alexandria Ocasio-Cortez, este grupo defende uma oposição máxima a Trump, combinando críticas retóricas com resistência política direta.
Os comunicadores - Representados por Bernie Sanders e Pete Buttigieg, estes democratas acreditam que a chave está em comunicar mensagens claras, visitando distritos republicanos e falando diretamente aos eleitores sobre questões como proteção social.
Os moderados - Políticos como Gavin Newsom e Seth Moulton defendem uma reconfiguração da mensagem democrata, especialmente em questões culturais, buscando aproximação com eleitores mais centristas.
Os outsiders - Com a insatisfação de parte da base democrata, surgem possibilidades de líderes não tradicionais, como Stephen A. Smith e Mark Cuban, que poderiam trazer uma perspectiva externa para renovar o partido.
Fonte: bostonglobe.com
🌐🔧 “Comprar europeu”: empresas pressionam Comissão para aumentar independência tecnológica
A notícia - Cerca de 100 empresas europeias, incluindo gigantes como a Airbus e a Dassault, estão a pressionar a Comissão Europeia para desenvolver mais tecnologia própria na infraestrutura digital do bloco. Numa carta dirigida à presidente Ursula von der Leyen e à responsável pela soberania tecnológica, Henna Virkkunen, as empresas defendem a necessidade de maior independência tecnológica.
Os signatários propõem requisitos de "comprar europeu" para aumentar a procura por tecnologia local e a criação de um "fundo de infraestrutura soberana" para apoiar investimentos em setores como microchips e tecnologia quântica. A deterioração das relações UE-EUA tem exposto a base industrial europeia a riscos crescentes nas cadeias de abastecimento tecnológico.
Entre os signatários estão não apenas a Airbus e a Dassault, mas também o banco público francês Bpifrance, empresas de cloud como Scaleway, OVHCloud, Nextcloud, e várias alianças tecnológicas europeias.
Dependência tecnológica - Atualmente, a Europa depende fortemente da tecnologia norte-americana. Mais de dois terços do mercado de serviços cloud são dominados por empresas como Amazon, Microsoft e Google, e a Europa representa apenas 10% do mercado global de microchips.
Estratégia de soberania - Frank Karlitschek, CEO da Nextcloud, esclarece que o objetivo não é uma independência total, mas ter ativos que permitam negociar em condições mais favoráveis. A iniciativa EuroStack visa construir uma infraestrutura tecnológica europeia própria, reduzindo a dependência das grandes tecnológicas norte-americanas.
Fontes: politico.eu, euractiv.com
🇺🇦🕊️ Rússia rejeita paz na Ucrânia, afirma Kaja Kallas
A notícia - A alta representante Kaja Kallas declarou que a Rússia não deseja paz na Ucrânia e não pode ser confiável para avançar tal objetivo. Numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, Kallas sublinhou que o presidente russo, Vladimir Putin, continua a apresentar condições manipuladoras para qualquer potencial cessar-fogo.
Putin tem exigido esclarecimentos sobre a mobilização ucraniana, o fornecimento de armas e a formação de unidades militares durante um possível período de 30 dias de trégua. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já aceitou a proposta inicial, mas considera as condições russas claramente manipuladoras.
Coligação europeia em preparação: Uma coligação liderada por Keir Starmer pretende reunir mais de 30 países para salvaguardar um potencial acordo de paz na Ucrânia.
Proposta de apoio militar: Kaja Kallas apresentou um plano para mobilizar 40 milhões de euros em ajuda militar para a Ucrânia, num regime facultativo para os membros de forma a contornar possíveis vetos de países como a Hungria.
Desconfiança internacional: Ministros europeus, como Kęstutis Budrys da Lituânia, enfatizam que não há espaço para paz no plano imperialista de Putin.
Fonte: euronews.com
🛰️📡 Starlink: Ucrânia precisa de alternativas à “trela tecnológica”
A notícia - A rede de satélites Starlink, fornecida pela empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, tornou-se a infraestrutura de comunicações essencial para as forças militares e civis ucranianas desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Atualmente, 42.000 terminais Starlink estão em operação na Ucrânia, com aproximadamente metade financiada pela Polónia.
Elon Musk, CEO da SpaceX, afirmou recentemente que a linha de frente ucraniana colapsaria completamente sem o Starlink. Contudo, as autoridades dos Estados Unidos garantiram que o sistema não será desativado, embora persistam preocupações sobre a dependência de um único fornecedor.
A importância estratégica do Starlink para a Ucrânia é incontestável, fornecendo comunicações críticas durante o conflito.
Alternativas europeias como Govsatcom e IRIS estão a ser desenvolvidas para reduzir a dependência de um único sistema.
A rede OneWeb da Eutelsat ainda não consegue competir totalmente com o Starlink em velocidade, cobertura e custos.
As ambições europeias de sistemas de satélites independentes enfrentam desafios de implementação a longo prazo.
Fonte: europeancorrespondent.com
🏠💶 Preços da habitação na zona euro: uma queda suave e temporária, diz BCE
A notícia - O Banco Central Europeu (BCE) divulgou um relatório revelando uma queda moderada nos preços de compra de casas na zona euro. Contrariamente a crises anteriores, esta descida foi considerada "suave e de curta duração", afetando apenas 12 países da região. Os economistas do BCE destacam que os preços permanecem elevados e a recuperação tem sido mais rápida comparada com períodos anteriores de recessão.
Os especialistas observaram que esta queda difere significativamente das crises financeira e da dívida soberana, com uma redução acumulada de apenas 3% ao longo de um ano e meio, principalmente nos países centrais e na Alemanha.
Os principais fatores identificados incluem a manutenção de balanços bancários saudáveis e rendimentos familiares estáveis durante este período.
A escassez de oferta habitacional tem sido um elemento crucial, impedindo quedas mais significativas nos preços.
As políticas macroeconómicas prudentes implementadas pelos países contribuíram para mitigar impactos económicos mais severos.
Os economistas do BCE prevêem uma continuação da tendência de subida dos preços da habitação, embora alertem para potenciais riscos económicos.
Fonte: expresso.pt
Portugal
🇪🇺 Portugal pondera contribuição para apoio militar à Ucrânia. O país ainda não definiu o valor exato do seu contributo para a iniciativa europeia de €40 mil milhões. O Governo consultará o Partido Socialista antes de qualquer decisão. • expresso.pt
🤖 Governo recua na nomeação do desenvolvimento do Amália. Unbabel e três centros de investigação continuam envolvidos no projeto, apesar da falta de garantias oficiais sobre o "ChatGPT português". • publico.pt
União Europeia
📊 Sondagem mostra extrema-direita a cair em Espanha. PSOE mantém 5,3% de vantagem sobre o PP. Socialistas sobem para 34,5%, enquanto Vox cai para 11,7% nas intenções de voto. • publico.es
🔥 Serviços secretos russos acusados de incêndio no Ikea na Lituânia. Dois cidadãos ucranianos foram responsabilizados pelo fogo em Vilnius, agindo supostamente a mando da Rússia. • cnnportugal.iol.pt
🏭 Comissão Europeia pondera limitar exportações de alumínio. Bruxelas considera impor taxas de até 25% sobre sucata de alumínio e investigar ligas metálicas para proteger a indústria europeia. • cnnportugal.iol.pt
🕵️ Comissão Europeia suspende reuniões com a Huawei após investigação criminal por alegada corrupção no Parlamento Europeu. Buscas em Bruxelas envolvem lobistas chineses e possíveis transferências para deputados. • 24.sapo.pt
Economia
🌍 A OCDE prevê desaceleração económica global em 2025. O crescimento mundial cairá para 3,1%, com cortes significativos nas previsões de economias como EUA, Zona Euro e México. • dn.pt
Mundo
🇺🇸 A administração Trump retira-se do organismo internacional que investiga a responsabilidade pela invasão da Ucrânia. Esta decisão surge dois anos após a administração Biden se ter juntado ao ICPA com o compromisso de responsabilizar Putin pela invasão de 2022. • theguardian.com
💼 Guerra comercial entre EUA e Europa ameaça relações económicas. Comércio bilateral atinge 1,3 biliões de dólares, com investimentos três vezes mais valiosos. Tarifas podem prejudicar significativamente as trocas comerciais transatlânticas. • wsj.com
🤝 Trump e Putin vão conversar sobre a guerra na Ucrânia. O Kremlin confirmou uma chamada telefónica para discutir um possível cessar-fogo de 30 dias. Trump afirmou haver "uma boa chance" de alcançar um acordo. • washingtonpost.com
🇨🇦 Mark Carney encontrou-se com Emmanuel Macron em Paris para fortalecer laços diplomáticos. A reunião destacou o apoio conjunto a Ucrânia e críticas implícitas à administração Trump. Ambos os líderes reafirmaram seu compromisso com a segurança europeia. • elpais.com
🇬🇧 Reino Unido propõe enviar mais de dez mil soldados para a Ucrânia como força de manutenção de paz. Mais de 30 países estão disponíveis para participar nesta coligação internacional. • publico.pt
EXCLUSIVOS ABERTOS
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O que fazer com o “camarada Trump”? Há só um país e um líder para quem [Trump] reserva toda a sua simpatia. Chama-se Vladimir Putin, um homem “em quem se pode confiar”. Teresa de Sousa no Público.
RELEMBRANDO
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[2.43] 🇩🇪💶 Merz consegue acordo histórico para plano de investimento de um bilião de euros. Os Verdes "venderam" caro o apoio à alteração do travão da dívida: 100 mil milhões de euros para o clima. O acordo pode ser posto em causa, tanto pelo futuro Bundestag, como pelo Constitucional.
[2.42]🇪🇺🇨🇦🇺🇸 União Europeia e Canadá retaliam forte com tarifas aos EUA. O valor de 26 mil milhões definido pela Comissão é pesado. Os 30 mil milhões do Canadá (com um novo PM a ser empossado) ainda mais. Espaço também para o possível cessar-fogo na Ucrânia
[E.14] Montenegro: o político que escolheu as perceções erradas. Herdou o melhor Portugal que alguma vez foi deixado a um Governo; a explicar um país num ciclo de prosperidade, preferiu as sombras na parede da caverna: os imigrantes e as avenças.
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Bela análise, embora eu esteja mais para a acomodação do que para a negação. Fomos empurrando com a barriga os vários sinais que foram aparecendo, fiados que as instituições haviam de resolvê-los. E, como gordos e anafados (e sobranceiros), fomo-nos desviando dos assuntos importantes para abraçar outros não tão importantes, tipo novo-rico.
excelente analise