[2.74] Seguro é o novo candidato à Presidência: o que o diferencia dos outros?
Praticamente invariáveis, as sondagens já o incluem há seis meses. Candidato dos valores sociais, tem perfil institucional e rede de apoio. Pensa o cargo como referência moral do país.
Nesta edição abordamos as presidenciais, agora que, com a apresentação da candidatura de António José Seguro, se pode considerar fechado o grupo dos candidatos de maior peso político.
Temas:
Seguro é o novo candidato à Presidência: o que o diferencia dos outros?
Como cada candidato vê a Presidência?
Sondagens invariáveis
Breve perfil dos candidatos
A que se propõe Seguro
Milícia neonazi planeou invadir Parlamento e PJ alerta para radicalização crescente entre jovens
UE adverte que envolvimento dos EUA no conflito Irão-Israel agravaria a situação no Médio Oriente
Implicações globais: o que escrevem os analistas
Vinte e um países defendem zona livre de armas nucleares no Médio Oriente
Nova corrida ao armamento nuclear emerge com regimes de controlo em crise
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Seguro é o novo candidato à Presidência: o que o diferencia dos outros?
António José Seguro apresentou no dia 15 de junho a sua candidatura à Presidência da República. Figura histórica do PS, de que foi Secretário Geral, entrou na disputa sem qualquer apoio partidário informal, como só pode ser. Mas não começa sem apoio: na sessão da apresentação estiveram várias personalidades do PS, entre outras sem vínculo partidário.
Seguro apresentou um discurso institucional, que sumarizamos mais à frente nesta edição
Avança como terceiro nas sondagens, que já o incluem como opção há muito tempo. Mas todas foram feitas antes da confirmação da candidatura
Seguro é, para já, o único candidato com peso na área à esquerda do PSD. É visto como um candidato moderado, capaz de disputar o eleitorado do centro, até aqui praticamente atribuído a Luís Marques Mendes, apesar dos esforços de Henrique Gouveia e Melo para se posicionar também ao centro, declarando-se “entre” PSD e PS.
Mais que antecipar cenários, até porque ainda temos umas eleições autárquicas a interporem-se antes das presidenciais, neste momento é mais útil perceber duas coisas:
quais as diferenças entre os três candidatos no que concerne ao papel de Presidente da República
as sondagens são, presentemente, um fraco indicador
Como cada candidato vê a Presidência?
Gouveia e Melo propõe uma presidência serena, isenta e unificadora, com foco em valores constitucionais e afastamento do conflito político-partidário.
Marques Mendes defende uma presidência ambiciosa, interventiva e politicamente ativa, capaz de articular soluções concretas e mediar crises.
Seguro aposta num presidente árbitro com causa, unindo a moral, a justiça social e uma ação estratégica em parceria com diversos setores da sociedade.
⚖️ Henrique Gouveia e Melo
Presidente isento de partidos: afirma que o Chefe de Estado deve estar acima das lógicas partidárias, "estável, confiável e atento"
Unificador e lançador de esperança: foca-se numa presidência de coesão e inspiração, “capaz de unir, motivar e dar sentido à esperança”
Guardião da Constituição: promete cumprir lealmente as funções constitucionais, mas mantém distância das lutas partidárias
🏛️ Luís Marques Mendes
Presidente político e interventivo: defende um papel ativo do PR, atuando como "mediador ativo" entre Governo e oposição e impulsionando causas nacionais (inovação, agricultura, ética)
Aposta na experiência e ambição: quer ser “o Presidente da ambição, do inconformismo, da exigência” e preza a experiência política como ferramenta de liderança
Não é árbitro, é ator político: liderada por Leonor Beleza, a sua equipa considera o PR um agente político ativo
✊ António José Seguro
Presidente árbitro respeitado, com causas: vê o PR como facilitador de consensos, vigilante democrático, mas igualmente com uma agenda própria, centrada em justiça social e prosperidade nacional
Independência e seriedade: afirma estar livre dos partidos, com vontade de servir “com seriedade, independência e ação”
Presidente moral e estratégico: pensa o cargo como referência moral, envolvido num “pacto para a prosperidade” que una partidos, parceiros sociais e sociedade civil
Sondagens invariáveis
Uma sondagem do ICS/ISCTE no final de janeiro com 805 entrevistas presenciais válidas, universo pequeno mas com a vantagem de ser presencial, deu estes resultados:
Gouveia e Melo: ~25–27 %
André Ventura: ~25–26 %
Seguro: ~15 %; António Vitorino: ~14 %; Marques Mendes: ~13 %
Em fevereiro uma sondagem da Pitagórica colocava os três candidatos perante 400 entrevistados — ou seja, um universo muito diminuto. Indicadores:
Henrique Gouveia e Melo: 35,9 %
Marques Mendes: 25,5 %
António José Seguro: 14,1 %
Saltemos para maio: uma sondagem SIC/Expresso com 1002 entrevistas indicou:
Gouveia e Melo: 35–36 %
Marques Mendes: 26–27 %
António José Seguro: 16–17 %
Breve perfil dos candidatos
Gouveia e Melo é o outsider técnico, centrado na eficiência e neutralidade, com grande popularidade nas sondagens mas pouco enraizado no meio político.
Marques Mendes aposta na experiência política e estabilidade como seus trunfos, representando o poder estabelecido e o PSD.
António José Seguro representa o centro-esquerda tradicional e valores sociais, com perfil institucional e rede de apoio, mas enfrenta dificuldades em romper o teto eleitoral.
A que se propõe Seguro
Eis um sumário dos pontos programáticos centrais da apresentação da candidatura de António José Seguro à Presidência da República:
🗳️ Princípios orientadores
Valores fundamentais: Liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade.
Candidatura independente e suprapartidária: aberta a todos os democratas, sem “portugueses de primeira ou segunda”.
Rejeição da “política tradicional”, das promessas vazias e do tribalismo partidário.
🇵🇹 Visão para Portugal
Um país justo e de excelência, com igualdade de oportunidades, onde o futuro não emigra.
Proximidade com os cidadãos, combate à exclusão, promoção da coesão territorial e social.
Defesa de um modelo de desenvolvimento estável e baseado em projetos de longo prazo (e não em “governos de turno”).
🏛️ Papel do Presidente da República
Presidente como árbitro respeitado, não como jogador.
Envolvimento ativo na magistratura de influência, com:
Causas: criação de riqueza para sustentar o Estado Social.
Agenda própria: diálogo, compromisso, combate ao sectarismo.
Vigilância democrática: garantir funcionamento das instituições, denunciar bloqueios e promover consensos.
📌 Sete prioridades declaradas
Justiça social e direitos humanos
Democracia e Estado de Direito
Diálogo político e concertação
Valorização da cultura, ciência e educação
Solidariedade internacional e paz (nomeadamente na Europa e em Gaza)
Valorização do trabalho e fortalecimento da classe média
Integração política europeia
🇪🇺 Política europeia e Defesa
A Europa deve ter respostas comuns para desafios comuns.
Rejeita nacionalismos e defende autonomia estratégica europeia.
Cautela com aumento das despesas militares: mais importante é gastar melhor e com tecnologias de dupla utilização.
O investimento em defesa não pode comprometer saúde, educação ou proteção social.
🧭 Propostas estruturais
Pacto para a Prosperidade Nacional: mobilizar partidos, empresas, universidades e sociedade civil para um desígnio estratégico.
Estabilidade em políticas estruturais: saúde, educação, justiça, habitação e imigração não devem depender de ciclos eleitorais.
Justiça célere e eficiente como dever do Estado.
Imigração organizada e integrada, valorizando também a diáspora portuguesa.
✊ Compromisso com os cidadãos
O Presidente deve:
Escutar as regiões e o povo, para lá do Conselho de Estado.
Ser vigilante e questionador do poder, com transparência.
Representar quem se sente esquecido ou excluído.
Rejeita dissoluções automáticas do Parlamento após chumbos orçamentais.
Apelo à ação coletiva: “Portugal será aquilo que os portugueses quiserem”.
⚡🔍 Milícia neonazi planeou invadir Parlamento e PJ alerta para radicalização crescente entre jovens
A Polícia Judiciária desmantelou uma milícia neonazi que planeava invadir o Parlamento, numa operação que resultou em 15 buscas e seis detenções, incluindo um chefe da PSP. O grupo, denominado Movimento Armilar Lusitano (MAL), estava suspeito de atividades terroristas.
Material apreendido incluiu:
Explosivos militares
Armas de fogo e munições
Armas fabricadas em impressoras 3D (primeira apreensão deste tipo em Portugal)
Armas brancas
Livros de Hitler e bandeiras do grupo 1143
Preocupação com radicalização juvenil
O diretor nacional da PJ, Luís Neves, alertou para o "crescente discurso de ódio" e para o "aglutinamento e incitamento à violência de camadas cada vez mais jovens da população através da Internet". Segundo as autoridades, este fenómeno desenvolve-se "em círculos fechados" e baseia-se em "fake news, desinformação e manipulação".
Apelo à prevenção
A investigadora Cátia Moreira de Carvalho, especialista em extremismo violento, defende a criação de um centro nacional de prevenção, alertando que "esta onda já estava a chegar a Portugal, era uma questão de tempo". A especialista sublinha que há "muito mais pessoas extremistas do que aquelas que foram detidas" e que o recrutamento de menores é "alarmante".
Fonte: publico.pt
🇪🇺⚔️ UE adverte que envolvimento dos EUA no conflito Irão-Israel agravaria crise no Médio Oriente
A notícia - A alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, alertou hoje que um potencial envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito entre o Irão e Israel apenas aumentaria as hostilidades e alargaria o conflito a toda a região do Médio Oriente. Após uma reunião por videoconferência dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da UE, Kallas defendeu o recurso à diplomacia para interromper as hostilidades entre Telavive e Teerão. A guerra foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, resultando em pelo menos 224 mortos iranianos e mais de mil feridos, segundo o regime de Teerão. Em retaliação, o Irão lançou ataques de mísseis contra cidades israelitas, incluindo Telavive e Jerusalém, causando pelo menos 24 mortos, de acordo com o Governo israelita liderado por Benjamin Netanyahu.
Posição europeia clara: Kaja Kallas, representante da diplomacia da UE, considera que o envolvimento militar norte-americano só agravaria a situação no Médio Oriente, podendo alargar o conflito a toda a região e outras partes do mundo.
Apelo à diplomacia: A UE insiste na necessidade de recorrer à diplomacia para interromper as hostilidades entre Israel e Irão, procurando uma abordagem alternativa para a questão nuclear iraniana.
Escalada do conflito: A guerra iniciou-se com bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis, provocando a retaliação iraniana com ataques de mísseis contra território israelita.
Balanço das vítimas: O regime iraniano reporta pelo menos 224 mortos e mais de mil feridos nos ataques israelitas, enquanto Israel contabiliza pelo menos 24 mortos devido aos ataques de retaliação iranianos.
Fonte: 24.sapo.pt
🗣 Conflito Israel-Irão: implicações globais?
Israel e o Irão continuam a levar a cabo ataques com mísseis um contra o outro, e o Presidente norte-americano Donald Trump instou os residentes de Teerão a evacuarem a cidade. Entretanto, o Presidente francês Emmanuel Macron anunciou que uma proposta de cessar-fogo está em cima da mesa. Os comentadores europeus avaliam as consequências do conflito para a região e além dela.
Wentsislaw Boschew alerta que o regime iraniano pode embarcar numa via radical e bloquear o Estreito de Ormuz, através do qual passa cerca de um terço do comércio global de petróleo e um quinto do comércio de gás natural liquefeito. Para o Iraque, Kuwait, Barém, Catar e Emirados Árabes Unidos, este é o único ponto de acesso aos oceanos mundiais. O mero ameaça de bloqueio do estreito pode afetar os preços globais dos combustíveis. • webcafe.bg (Bulgária)
Ettore Sequi argumenta que se o Irão se retirar do tratado como ameaçou fazer, não seria uma violação isolada, mas o ponto de rutura de todo um sistema, marcando a transição de um regime de não-proliferação para um mundo onde as armas nucleares são usadas como garantias de segurança. O perigo não reside apenas no Irão tornar-se uma potência nuclear, mas no facto de outros países seguirem a mesma lógica, tornando a proliferação a nova norma geopolítica. Isso marcaria o fim de uma era onde a dissuasão é normalizada, a diplomacia é marginalizada e a proliferação é racionalizada. • La Stampa (Itália)
Andrej Kortunow observa que a Rússia foi incapaz de impedir o ataque massivo de Israel contra um Estado com o qual assinou um acordo de parceria estratégica abrangente há cinco meses. Moscovo claramente não está preparada para ir além de condenar as ações de Israel e fornecer assistência militar ao Irão. Os riscos para Moscovo só podem aumentar a longo prazo, considerando que o objetivo principal de Israel não é suspender o programa nuclear iraniano ou mesmo alterar o comportamento do Irão na região, mas provocar uma mudança de regime no país. • Kommersant (Rússia)
Ahmet Kasım Han considera que a Turquia caminha numa corda bamba numa região cada vez mais desestabilizada. Se a Turquia jogar bem as suas cartas, este caos pode ainda ser o seu ponto de viragem. Corrigir as questões estruturais - mesmo modestamente - e a Turquia pode estar posicionada para beneficiar da reordenação pós-crise. Pensa em cadeias de fornecimento, corredores energéticos, novas alianças comerciais, oportunidades de investimento comercial e estrangeiro. • yetkinreport.com (Turquia)
Sandis Šrāders adverte que o desvio de recursos dos EUA para o Médio Oriente pode enfraquecer a segurança noutras regiões. A China pode aproveitar a oportunidade para tomar o controlo de Taiwan se a atenção e recursos dos EUA estiverem focados no Médio Oriente. Os aliados da NATO na Europa devem agir de forma mais decisiva e rápida - as novas bases militares russas na fronteira finlandesa não são um gesto amigável, mas sim um sinal de que Moscovo quer restaurar a sua influência nos territórios da antiga União Soviética. A Europa ignorou durante demasiado tempo a situação de segurança alterada no mundo e deve finalmente despertar. É como um vegetariano num mundo governado por predadores. • Delfi (Letónia)
Athanasios Adamopoulos considera que a guerra que eclodiu entre as potências mais fortes da região é dolorosa para ambos os lados, mas não parece provável que se alastre, porque todos percebem que uma escalada do conflito não é do interesse de ninguém. Também reconhecem o que estaria em jogo numa guerra catastrófica, nomeadamente nada menos que a ruína económica. Mesmo aquelas forças que procuram redistribuir as cartas na região reconhecem a necessidade de um certo equilíbrio, apesar dos gritos de guerra que apelam à destruição do inimigo. • Naftemporiki (Grécia)
☢️ 🚀 Nova corrida ao armamento nuclear emerge com regimes de controlo em crise
O Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo (SIPRI) lançou o seu relatório anual sobre armamento e segurança internacional, revelando que o mundo está a entrar numa perigosa nova corrida ao armamento nuclear. Pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria, o número de armas nucleares globais pode começar a aumentar.
Os números atuais são preocupantes:
Existem cerca de 12.241 ogivas nucleares no mundo em janeiro de 2025
Cerca de 9.614 estão em arsenais militares prontos para uso
Aproximadamente 3.912 estão destacadas com mísseis e aeronaves
Cerca de 2.100 ogivas estão em alerta operacional elevado
Quem tem mais armas nucleares?
Rússia e EUA: detêm 90% de todas as armas nucleares mundiais
China: tem pelo menos 600 ogivas e está a expandir o arsenal mais rapidamente (cerca de 100 novas ogivas por ano)
Outros países: Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel continuam programas de modernização
Porquê esta escalada? O controlo de armamento bilateral entre Rússia e EUA está em crise. O tratado New START expira em fevereiro de 2026 e não há sinais de negociações para o renovar. Além disso, novas tecnologias como inteligência artificial, capacidades cibernéticas e defesa antimíssil estão a redefinir as capacidades nucleares.
O alerta dos especialistas: as armas nucleares não garantem segurança. O recente conflito entre Índia e Paquistão demonstrou que as armas nucleares não previnem conflitos e podem até aumentar os riscos de escalada catastrófica, especialmente quando há desinformação.
Fonte: sipri.org
☢️🕊️ Vinte e um países defendem zona livre de armas nucleares no Médio Oriente
A notícia - Vinte e um países, incluindo dez africanos (Egipto, Mauritânia e Argélia entre outros), assinaram uma declaração conjunta a 16 de junho defendendo a criação urgente de uma "zona isenta de armas nucleares e outras armas de destruição massiva no Médio Oriente". A iniciativa surge enquanto o exército israelita conduz ataques contra o Irão, alegando querer impedir Teerão de obter armamento nuclear. Para além dos países africanos, subscreveram a declaração o Qatar, Omã, Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Turquia e Paquistão.
Israel acusa o Irão de continuar a desenvolver armas nucleares através do seu programa nuclear civil, enriquecendo urânio além do necessário, apesar do acordo nuclear iraniano de 2015 contra o levantamento de sanções, do qual Washington se retirou.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) considera que o Irão possui urânio suficiente para criar várias bombas nucleares, embora não saiba se o país tem realmente capacidades de construção.
Os serviços de informações americanos divergem sobre as capacidades iranianas: segundo a CNN, alguns afirmam que o Irão não procura activamente armar-se nuclearmente e precisaria de três anos para produzir uma bomba, enquanto outros responsáveis americanos consideram que Teerão já tem os meios.
Israel nunca reconheceu oficialmente possuir armas nucleares, mas é amplamente considerado a única potência nuclear do Médio Oriente, sendo um dos raros países a não ter assinado o tratado de não-proliferação nuclear, tal como a Índia ou o Paquistão.
Fonte: jeuneafrique.com
Portugal
💰 O Governo vai apresentar proposta de redução transversal do IRC à Assembleia da República fora do Orçamento do Estado para 2026. O executivo pretende diminuir gradualmente as taxas de IRC até aos 17% até ao final da legislatura. • 24.sapo.pt
🛡️ Luís Montenegro reúne-se com Chega e PS esta quarta-feira para discutir o aumento da despesa com a Defesa. O primeiro-ministro quer que Portugal atinja os 2% do PIB ainda este ano, cumprindo as exigências da NATO antes da Cimeira de junho. • sicnoticias.pt
💰 O Governo mantém a confiança num excedente orçamental de 0,3% do PIB em 2025, apesar de instituições como o Banco de Portugal preverem défices. O ministro das Finanças destacou o excedente de 0,7% alcançado no ano passado, superando expetativas anteriores. • 24.sapo.pt
🏛️ A Frente Comum de Sindicatos classificou o programa do Governo como um dos "piores de sempre em democracia para a administração pública". O coordenador Sebastião Santana acusou o executivo de promover a privatização da educação e SNS. A organização sindical anunciou uma manifestação para 17 de julho. • dn.pt
🏛️ Os deputados do Chega Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo foram hoje eleitos vice-presidente e vice-secretário da Assembleia da República, respetivamente. Pacheco de Amorim obteve 145 votos a favor e Melo conseguiu 126 votos. Na primeira votação falharam por poucos votos da maioria absoluta necessária (116 votos). • 24.sapo.pt
União Europeia
⛽ A Comissão Europeia propõe proibir importações de gás russo até 2027, com medidas legais para impedir bloqueios de países como Hungria e Eslováquia. A proibição entrará em vigor a 1 de janeiro de 2026 para novos contratos, terminando definitivamente a 1 de janeiro de 2028. • independent.co.uk
Economia
🏦 A Moody's mantém rating positivo do Novo Banco após anúncio da venda ao grupo francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros. O Estado português deve receber 1,5-1,6 mil milhões, valor inferior aos 8,3 mil milhões já investidos pelos contribuintes no universo BES/NB. • dn.pt
Mundo
🌍 O G7 tornou-se efetivamente G6 após a saída antecipada de Trump do encontro no Canadá. Seis líderes discutiram com Zelensky a guerra na Ucrânia, onde ataques russos mataram 15 pessoas e feriram mais de 150. O grupo emitiu declaração conjunta sobre o Irão. • apnews.com
⛽ A Agência Internacional de Energia prevê que o consumo mundial de petróleo atingirá o pico em 2029, com cerca de 105,5 milhões de barris por dia, seguido de uma ligeira queda em 2030. Esta será a primeira diminuição desde 2020, impulsionada pela transição para veículos elétricos e energias alternativas. • dn.pt
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RELEMBRANDO
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[2.73] 💸🪖 Governo favorece empresas, classe média e setor militar — com riscos para Estado Social e precários. No programa em discussão há ganhos prometidos para todos, mas os riscos de regressividade, desigualdade territorial ou sobrecarga indireta nos contribuintes mais frágeis não estão acautelados.
[E.23] 🥷☢️ À sombra do nuclear, Israel elevou para estado de guerra o conflito de décadas com o Irão. O ataque de Telavive a Teerão na sexta-feira rompe com um passado de guerra por procuração: o Irão respondeu a Israel e pela primeira vez os dois atingem as respetivas capitais numa guerra aberta
[2.72] 🚀💥 Israel ataca instalações nucleares do Irão numa escalada sem precedentes. O governo Netanyahu continua a sua fuga para a frente, não hesitando em incendiar a já de si delicada situação no Médio Oriente. O Irão é, para já, o adulto na sala, procurando o diálogo internacional