[2.1] 🚁 🚀 1.000 dias da Guerra dos Robôs: Ucrânia é montra de inovação tecnológica
Escale, como quer Joe Biden, ou não, a guerra da Rússia à Ucrânia tem 1.000 dias e a indústria armamentista europeia quer mais guerras para vender armas de alta tecnologia
Nesta edição, a primeira do segundo ano de VamoLáVer:
1000 dias de guerra na Ucrânia, que já é considerada a guerra dos robôs: automação será o principal foco da inovação no campo de batalha no próximo ano
Lóbi da indústria militar europeia pressiona por mais guerras e financiamento
Olaf Scholz rejeita paz ditada por Moscovo e defende a solução de dois estados em Gaza em entrevista a semanas de ir a eleições
Reações à chamada telefónica entre Scholz e Putin
Barragem aos imigrantes na berlinda: falta de mão-de-obra em Portugal preocupa setores da hotelaria, agricultura e construção
Carlos Mazón remodela governo valenciano para tentar a sobrevivência política
UE enfrenta défice de 1,2 milhões de profissionais de saúde
BE exige demissão da equipa ministerial da Saúde por conflitos de interesse
Mas antes de passarmos ao dia, a gestão da saúde pelo Governo Montenegro vai a exame em VamoLáVer.
Com o auxílio dos modelos de inteligência artificial, analisei cerca de 3.500 notícias e artigos publicados desde fevereiro até hoje para fazer um levantamento sério do que foi e não foi feito desde a promessa de resolver os problemas do setor em 60 dias feita por Luís Montenegro aos congressistas da AD em janeiro deste ano, e aos eleitores em geral.
O resultado é publicado amanhã, terça-feira 19, num exclusivo reservado aos apoiantes e com a habitual disponibilidade pública de 15% do artigo.
À guisa de aperitivo, eis o que está ao lume para este artigo:
os problemas e polémicas ultrapassam em grande quantidade as soluções
o setor vive mergulhado num permanente caos nos oito meses desde a tomada de posse (o nome da Ministra da Saúde foi anunciado em finais de março)
demissões em torrente, greves, medidas por cumprir, degradação da qualidade dos serviços
as 11 declarações emblemáticas da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, desde que em 17 de abril garantia: "vamos iniciar as negociações sindicais com os enfermeiros e com os médicos, e será muito em breve"
a lista das demissões
o cronograma dos casos e polémicas
Nota: excluí do corpo informativo as análises e opiniões, para trabalhar somente em cima de factos. Uma avaliação deste tipo, ao longo do tempo, comporta a mais-valia de pesarmos os dados com algum distanciamento — um exercício de cidadania informada procurando minimizar o efeito das inclinações ideológicas.
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ATUALIDADE
1.000 dias da Guerra dos Robôs: inovação tecnológica no campo de batalha ucraniano
Pontos-chave
A inovação em armamento reflete uma nova forma de fazer guerra
Conflito na Ucrânia é o primeiro a ver drones usados em grande escala
Kiev procura vantagem inovadora usando tecnologia, incluindo IA
A Rússia também expandiu a produção de drones
A guerra na Ucrânia, que chega ao seu milésimo dia, testemunhou uma rápida evolução na utilização de tecnologia militar, com drones a desempenharem um papel central. Este conflito marca a primeira vez que os drones são usados em grande escala, levando a uma corrida na inovação de armamento.
Após o fracasso de uma grande contraofensiva ucraniana no verão de 2023, em parte devido à extensiva utilização de drones russos, a procura por tecnologia anti-drone disparou. Empresas como a Unwave, fundada por Yuriy Shelmuk, que fabrica bloqueadores de sinal de drones, viram a procura aumentar drasticamente.
Ambas as partes estão a produzir cerca de 1,5 milhões de drones este ano, principalmente veículos pequenos de "visão em primeira pessoa" que podem identificar e atacar alvos inimigos. O uso crescente de drones levou a um aumento na produção de sistemas de guerra eletrónica, que bloqueiam sinais e interrompem os sistemas informáticos dos drones.
Com o aumento das baixas e da exaustão, ambos os lados estão a tentar substituir humanos por máquinas. A Ucrânia tem mais de 160 empresas a construir veículos terrestres não tripulados, usados para entregar suprimentos, evacuar feridos ou transportar metralhadoras operadas remotamente.
Oficiais e figuras da indústria afirmam que a automação será o principal foco da inovação no campo de batalha no próximo ano. O coronel Hephaestus, que deixou o exército ucraniano para construir sistemas automatizados de metralhadoras, afirma que seis dos seus produtos já estão a substituir atiradores humanos na frente de batalha.
O Ministro do Armamento da Ucrânia, Herman Smetanin, afirmou que a guerra remota, incluindo a utilização de inteligência artificial, está em ascensão e que, num futuro próximo, esta será a principal direção de desenvolvimento - "a guerra dos robôs".
A Ucrânia espera que o seu setor de defesa inovador proporcione uma nova base para a economia devastada pela invasão. No entanto, apesar do crescimento da capacidade de produção de defesa, a Ucrânia só consegue comprar cerca de metade do que produz. Alguns fabricantes queixam-se de limites estritos nas margens de lucro e da falta de contratos de aquisição estatais a longo prazo. A proibição à exportação de armas durante a guerra também é um obstáculo para muitas empresas que procuram capital para expansão.
Aprofundar: reuters.com
Frases
“A guerra entre Rússia e Ucrânia, que se aproxima do seu milésimo dia, deve terminar em 2025”. “Nós, do nosso lado, devemos fazer tudo para que no ano que vem, a guerra acabe por meios diplomáticos. Isso é muito importante”, Vladimir Zelensky em entrevista à rádio pública ucraniana.
Relacionada
🚀 Os EUA autorizam a Ucrânia a usar mísseis ATACMS em território russo. Com alcance de até 300 quilómetros, estas armas americanas poderão ser utilizadas principalmente na região de Kursk, permitindo ataques de precisão contra infraestruturas militares russas. • apnews.com
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🏭 💰 Lóbi da indústria militar europeia pressiona por mais guerras e financiamento
A notícia - A indústria armamentista europeia tem vindo a desenvolver uma forte rede de influência junto das instituições da União Europeia, revelou um estudo publicado em setembro de 2023 pelo investigador Mark Akkerman, da Stop Wapenhandel, e pela professora Chloé Meulewaeter, do Centro Delàs de Estudos pela Paz. As dez maiores empresas de armamento da UE e os seus dois principais grupos de pressão realizaram mais de 150 reuniões com eurodeputados desde 2019 e centenas de encontros com a Comissão Europeia desde 2014.
A Comissão Europeia estabeleceu em 2019 a Direção-Geral de Indústria de Defesa e Espaço (DG DEFIS), inicialmente liderada por Thierry Breton, ex-executivo da ATOS, suscitando questões sobre conflitos de interesse.
Entre outubro de 2022 e maio de 2023, realizaram-se três reuniões de alto nível entre a indústria armamentista e responsáveis políticos da UE, todas com a presença do alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
As empresas de armamento têm acesso privilegiado às sessões do Parlamento Europeu, enquanto ONG e investigadores críticos raramente são convidados para participar nas reuniões, demonstrando um desequilíbrio na representação de diferentes perspetivas.
Fonte: publico.es
Olaf Scholz rejeita paz ditada por Moscovo e defende a solução de dois estados em Gaza em entrevista a semanas de ir a eleições
O primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, numa entrevista concedida antes da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, abordou vários temas cruciais da atualidade internacional.
Scholz concedeu a entrevista num momento de fragilidade política interna, enfrentando uma quase certa dissolução do Parlamento e novas eleições em fevereiro.
Principais pontos
Guerra na Ucrânia:
Rejeita categoricamente uma paz ditada pelos russos
Afirma que "paz sem liberdade é opressão, e paz sem justiça é ditadura"
G20 e Cooperação Internacional:
Destaca a importância do G20, que representa 80% da produção económica global
Apoia as prioridades da presidência brasileira do G20
Critica a Rússia por minar a confiança e cooperação no bloco
Conflito Israel-Hamas:
Defende o direito de Israel à autodefesa após os ataques de 7 de outubro
Reconhece o sofrimento em Gaza e apela a um cessar-fogo
Mantém o apoio militar a Israel, após avaliação caso a caso
Defende a solução de dois Estados
Imigração na Alemanha:
Defende uma política que facilite a imigração legal enquanto combate a irregular
Reconhece a necessidade de trabalhadores imigrantes na economia alemã
Mantém o compromisso com o direito fundamental ao asilo
Ler: Folha de São Paulo
Reações à chamada telefónica entre Scholz e Putin
O chanceler alemão Olaf Scholz falou ao telefone com Vladimir Putin na sexta-feira. Explicou que apelou à Rússia para retirar as suas tropas da Ucrânia e enfatizou que o Ocidente permanece unido no apoio a Kiev. Os comentadores europeus criticam a chamada e discutem-na no contexto da candidatura de Scholz às próximas eleições federais.
🧐 Robert Bajruši questiona o duplo critério aplicado a Viktor Orbán e Scholz nas suas comunicações com Moscovo, considerando que ambos falaram com um criminoso de guerra sem o conhecimento prévio da Ucrânia. Considera Scholz "um cadáver político" e o pior chanceler alemão desde a reunificação, contrastando com os seus antecessores de alto calibre. • Jutarnji List (Croácia)
✍️ Dominique Eigenmann analisa como o SPD pretende apresentar Scholz como o "chanceler da paz" na campanha eleitoral, uma tática que já falhou nas eleições europeias. Observa que esta posição é criticada tanto pelos "amigos da paz" da Aliança Sahra Wagenknecht e AfD, que o vêem como belicista, como pelos apoiantes da Ucrânia, que consideram a sua via hesitante inadequada. • Tages-Anzeiger (Suíça)
🕵️ Wolodymyr Fessenko sugere que a chamada de Scholz foi puramente motivada por política interna e pela próxima eleição, posicionando-se como "pacificador" para agradar a uma parte significativa do eleitorado alemão, considerando-a uma boa tática de relações públicas. • NV (Ucrânia)
✍️ Ingo Hasewend discute potenciais alternativas políticas, sugerindo Boris Pistorius como uma opção mais popular para o SPD, e propõe uma renovação na CDU com figuras como Hendrik Wüst ou Daniel Günther, argumentando que isto poderia reduzir a atratividade dos extremos políticos. • Salzburger Nachrichten (Áustria)
🗣 Paolo Valentino critica duramente o mandato de Scholz, argumentando que a Alemanha e a Europa perderam três anos sob a sua liderança sem mérito, que falhou em cumprir as promessas do seu discurso sobre o "ponto de viragem" e tornou uma coligação já disfuncional ingovernável. • Corriere della Sera (Itália)
Imigrantes, depressa: falta de mão-de-obra em Portugal preocupa setores da hotelaria, agricultura e construção
A notícia - Os setores da hotelaria, agricultura e construção em Portugal enfrentam uma crise de falta de mão-de-obra, exacerbada pelo fim das manifestações de interesse decidida pelo Governo em em junho. Esta medida, que permitia a regularização de imigrantes que chegavam com visto de turista, deixou um vazio significativo no mercado de trabalho. Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, destacou a necessidade de criar condições dignas para acolher imigrantes e melhorar a eficiência dos organismos estatais responsáveis pela imigração. A contratação de 50 novos funcionários para a Direção-Geral dos Assuntos Consulares é um passo nesse sentido, mas a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) enfrenta críticas pela lentidão na gestão dos processos pendentes.
O presidente da CAP elogiou a criação de um regime transitório que permite a regularização de imigrantes já em Portugal, mas que ainda não preenchiam todos os requisitos legais. Este regime visa integrar trabalhadores que já contribuem para a segurança social e pagam impostos.
Cristina Siza Vieira, da Associação da Hotelaria de Portugal, destacou que cerca de 30% dos trabalhadores do setor são imigrantes. A necessidade de manter o fluxo de contratação é crucial para responder à procura turística, e a proposta de quotas de contratação pelo partido Chega foi mencionada como uma possível solução.
No setor da construção, a falta de 80 mil profissionais é um entrave significativo, segundo Reis Campos, presidente da Aiccopn. A mão-de-obra estrangeira é vital, representando 23% da força de trabalho. Campos defende a simplificação dos processos de obtenção de vistos e a criação de uma "via verde" para empresas.
A lentidão burocrática é um problema comum a todos os setores, com 400 mil casos pendentes de regularização. A proposta de centralizar serviços numa única unidade estatal visa agilizar a contratação de trabalhadores estrangeiros, essencial para projetos de grande envergadura como o novo aeroporto e a rede de alta velocidade ferroviária.
Fonte: 24.sapo.pt
Carlos Mazón remodela governo valenciano para tentar a sobrevivência política
O presidente da Generalitat Valenciana, Carlos Mazón, liga o seu futuro político às mudanças que prepara no seu Executivo com o objetivo de trabalhar na recuperação das localidades devastadas pela DANA e ultrapassar o luto pelas 218 vítimas mortais a 29 de outubro.
O novo governo contará com uma grande vice-presidência para a reconstrução e uma secretaria monográfica de Emergências e Interior direcionada para a "antecipação de qualquer ameaça".
As mudanças incluem a reformulação de todo o governo, com mais pastas, e um segundo escalão muito técnico (o que significa apostar em perfis especializados em áreas determinantes, em vez de figuras predominantemente políticas).
Nomeou Susana Camarero, atual vice-presidente e secretária de Serviços Sociais, Igualdade e Habitação, nova porta-voz do Executivo autonómico.
Mas: Mazón quer desenhar um Conselho focado na recuperação após a catástrofe, mas também não pode deixar de lado os restantes territórios da Comunidade Valenciana que também têm problemas e necessitam de recursos para os próximos três anos.
Fonte: elpais.com
👨⚕️ 🏥 UE enfrenta défice de 1,2 milhões de profissionais de saúde
A notícia - A União Europeia enfrenta uma grave crise na força de trabalho do setor da saúde, com uma carência de 1,2 milhões de profissionais em 2022, segundo um relatório conjunto da OCDE e da Comissão Europeia. O documento "Health at a Glance Europe 2024" revela que 20 países da UE reportaram escassez de médicos em 2022 e 2023, enquanto 15 indicaram falta de enfermeiros. A situação tende a agravar-se, uma vez que mais de um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros têm mais de 55 anos e deverão reformar-se nos próximos anos.
O recrutamento no estrangeiro tem sido uma solução a curto prazo, com um aumento de 17% em 2022 comparado com 2019. Em países como a Noruega, Irlanda e Suíça, mais de 40% dos médicos têm formação estrangeira.
A distribuição geográfica desigual dos profissionais de saúde é outro problema significativo, com países como Portugal, Áustria, Roménia, Hungria e Croácia a apresentarem uma concentração elevada de especialistas nas grandes cidades.
Para resolver a situação, a OCDE recomenda melhorar as condições de trabalho e remuneração, além de aumentar as oportunidades de formação, o que exigiria um investimento adicional de 0,6% do PIB em toda a UE.
Fonte: cnnportugal.iol.pt
🏥 ⚠️ BE exige demissão da equipa ministerial da Saúde por conflitos de interesse
A notícia - Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, exigiu a demissão da equipa ministerial da Saúde, apontando incompatibilidades graves e falhas no plano estratégico do setor. No centro das críticas está Eurico Castro Alves, coordenador do Plano de Emergência do Governo e antigo secretário de Estado da Saúde durante o governo de Pedro Passos Coelho, devido às suas ligações simultâneas ao setor público e privado da saúde.
A coordenadora do BE denunciou que vários membros do atual Governo, incluindo a secretária de Estado Ana Povo e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, têm ligações profissionais prévias à empresa de consultoria de Eurico Castro Alves, criando um potencial conflito de interesses na gestão do SNS.
Castro Alves tem ligações complexas ao setor privado, sendo acionista do Hospital da Lapa e estando envolvido numa seguradora privada de saúde, além de fazer consultoria para empresas de canábis medicinal junto do Infarmed, organização que anteriormente dirigiu.
O coordenador do Plano de Emergência está envolvido com a Misericórdia do Porto, que gere o Hospital da Prelada, beneficiário de 65 milhões de euros para criar um centro de atendimento clínico que substituirá as urgências, decisão tomada pelo próprio plano de emergência que coordena.
A líder do BE considera que o Governo está desgastado após apenas sete meses de governação, classificando-o como incapaz e incompetente na gestão do serviço público de saúde.
Fonte: rtp.pt
Portugal
🤝 O primeiro-ministro português anunciou uma cimeira luso-brasileira para fevereiro de 2025 no Brasil. Luís Montenegro, que participa como observador na cimeira do G20 no Rio de Janeiro, também confirmou uma futura visita de Estado ao Brasil, respondendo a um convite anterior do Presidente Lula da Silva. • 24.sapo.pt
💼 Joaquim Miranda Sarmento não reconduz Miguel Martín no IGCP. O atual presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública será substituído por Pedro Cabeços no final do ano, após ter gerido a dívida pública portuguesa durante um período marcado pela subida das taxas de juro na zona euro. • publico.pt
💰 O PSD pediu à UTAO que avalie o impacto orçamental de várias propostas de alteração às pensões. O PS propõe um aumento de 1,25 pontos percentuais para pensões até 1500 euros, com impacto de 265 milhões de euros, enquanto o Chega defende 1,5 pontos para pensões até 1018,52 euros. • observador.pt
💧 As barragens do Algarve atingem 34% da capacidade total após as últimas chuvas, representando um aumento de cinco pontos percentuais. O volume atual de 154 hectómetros cúbicos corresponde a 35% das necessidades do setor urbano e turismo, mas as autoridades mantêm as medidas de poupança de água. • 24.sapo.pt
🇮🇱 Portugal condena declarações de Bezalel Smotrich. O ministro das Finanças israelita defendeu a anexação permanente de Gaza e da Cisjordânia, violando o direito internacional. Em maio, Israel apropriou-se de mais de 2.300 hectares na Cisjordânia, intensificando a ocupação. • publico.pt
🏛️ O Juntos Pelo Povo aprova moção de censura na Madeira. A votação, marcada para 17 de dezembro após a votação do Orçamento regional, conta com o apoio do Chega, PS e IL, tendo o JPP decidido por unanimidade votar favoravelmente contra o Governo Regional. • expresso.pt
🌍 João Gomes Cravinho nomeado representante especial da UE para a região do Sahel, cargo que assumirá em dezembro de 2024 até agosto de 2026. A missão abrange países como Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger, visando alcançar paz, segurança e desenvolvimento sustentável na região. • observador.pt
União Europeia
🇪🇺 Santiago Abascal foi eleito presidente do grupo de extrema-direita Patriots. Os Patriots for Europe reúnem 11 partidos nacionais: com 86 eurodeputados, são a terceira maior força no Parlamento Europeu. Abascal, líder do Vox, promete uma resposta frontal ao globalismo e fortalecer a soberania nacional. • politico.eu
🇪🇺 Em Espanha o Partido Popular não apoiará a Comissão Europeia se Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica, fizer parte. O PP acusa Ribera de má gestão e rejeita a sua candidatura, enquanto a esquerda espanhola critica a posição "anti-patriótica" do partido. • euractiv.com
🌧️ Pedro Sánchez vai comparecer no Congresso em novembro. O presidente do Governo de Espanha explicará a gestão da DANA, que causou mais de 200 mortes. A presença, pedida pelo próprio, está agendada para 27 de novembro, após a viagem ao G-20 no Brasil. • elplural.com
🚜 Agricultores franceses preparam protestos contra acordo comercial UE-Mercosul. Os manifestantes, apoiados pelo governo francês, planeiam ações em todo o país, incluindo um bloqueio com 20 tratores numa autoestrada perto de Paris, opondo-se à entrada de produtos agrícolas sul-americanos com padrões ambientais menos rigorosos. • apnews.com
🇩🇪 O partido alemão Os Verdes nomeou Robert Habeck como candidato a chanceler para as eleições de fevereiro. Habeck recebeu 96,48% dos votos dos delegados no congresso em Wiesbaden. Annalena Baerbock, ministra dos Negócios Estrangeiros e ex-candidata, expressou apoio, destacando a habilidade de Habeck em liderar em tempos difíceis. • publico.pt
Economia
🏦 O BCE alerta para riscos geopolíticos no setor bancário. A presidente do Conselho de Supervisão, Claudia Buch, adverte que o aumento dos preços da energia, tensões geopolíticas e possíveis ciberataques podem afetar a estabilidade dos bancos, pedindo que as instituições reforcem a sua resiliência financeira e operacional. • rr.sapo.pt
✈️ A TAP registou lucro de 117,8 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 35% face ao mesmo período de 2023. Os rendimentos operacionais subiram 2% para 1284,1 milhões, mas os gastos aumentaram 6,5%, atingindo 1056,9 milhões, com destaque para o aumento de 26% nos custos com pessoal. • publico.pt
Mundo
🕊️ Biden apela ao G20 para pressionar Hamas para um acordo de cessar-fogo com Israel. O Presidente dos Estados Unidos prometeu continuar a trabalhar para alcançar um acordo que garanta a segurança de Israel, o regresso dos reféns e o fim do sofrimento palestiniano. • 24.sapo.pt
📱 Trump designa Brendan Carr como próximo presidente da FCC. O republicano de 45 anos prometeu combater o que designa por "cartel da censura", incluindo empresas como Facebook, Google, Apple e Microsoft, tendo delineado uma agenda agressiva no "Project 2025", uma proposta conservadora para o segundo mandato de Trump desenvolvida pela Heritage Foundation. • washingtonpost.com
🇦🇷 Javier Milei recebeu Emmanuel Macron em Buenos Aires. O encontro ocorreu a 17 de novembro, antes do G20 no Brasil, e destacou divergências sobre o clima e o acordo UE-Mercosul. Milei, recém-chegado de uma reunião com Donald Trump, busca diálogo apesar das diferenças com Macron. • lemonde.fr
⚖️ Matt Gaetz enfrenta obstáculos à nomeação para procurador-geral. O congressista da Flórida está sob investigação da comissão de ética do Congresso por alegações envolvendo drogas, subornos e sexo, incluindo um testemunho sobre relações com uma menor em 2017, embora o Departamento de Justiça não tenha apresentado acusações criminais. • bbc.com
🇬🇪 A oposição na Geórgia iniciou protestos ininterruptos em Tbilisi. Os manifestantes exigem novas eleições parlamentares, alegando fraude nas recentes votações, o que o partido governante, Sonho Georgiano, nega. Observadores europeus relataram um ambiente "divisivo" nas eleições, com casos de suborno, votos duplos e violência física. • euronews.com
📊 O Partido Democrata enfrenta uma divisão significativa no eleitorado. Kamala Harris venceu em 18 dos 20 estados com rendimento médio mais elevado, mas apenas em três dos 20 estados mais pobres, com os condados apoiantes a representarem 60% do PIB americano, revelando uma coligação fragmentada que dificulta a unificação de uma visão política comum. • theguardian.com
RELEMBRANDO
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[OP.3] Europa assustada com Trump e a crescente intromissão de bilionários nos governos. A semana foi marcada, ainda, pelas ondas de choque da vitória de Donald Trump na eleição para a presidência dos EUA. O caso Ricardo Leão e as falhas de Ana Paula Martins também foram escrutinadas
[1.135] Tempestade em Bruxelas: socialistas ameaçam romper o pacto respondendo às manobras do PPE contra Ribera. Nomeação de Teresa Ribera foi boicotada pelo PPE, que quebrou o pacto com socialistas e liberais para aprovar o colégio de comissários. Negociar o executivo da UE exigirá mais manobras de bastidores
[1.134] 🏥 ⚕️Ministra da Saúde assume erros mas não se demite. Ana Paula Martins e o Governo conseguiram defletir o ónus das mortes recentes para os trabalhadores, por serem poucos e por fazerem greves, "limpando" a sua falha de decisão nos serviços mínimos