[1.65] Europeias: seis debates televisivos a quatro começam hoje, para mais fumo que fogo
A expetativa é de foco na atualidade partidária portuguesa, com os temas europeus relegados para segundo plano, plano nenhum, ou munição para as guerras internas.
FALTAM 27 DIAS
🇪🇺 Europeias: seis debates televisivos a quatro começam hoje, para mais fumo que fogo
Temas nacionais devem dominar os debates, em prejuízo das questões europeias fraturantes
Nos programas já conhecidos, as propostas mais ambiciosas centram-se em áreas como o emprego, a habitação e a imigração
Os seis debates televisivos para as eleições europeias de 9 de junho em Portugal vão juntar, em diferentes combinações, os cabeças de lista dos partidos com assento parlamentar. O modelo inédito de debates a quatro foi o único consensual após várias tentativas.
O primeiro debate, esta noite na SIC, conta com Marta Temido (PS), Sebastião Bugalho (AD), João Cotrim Figueiredo (IL) e Francisco Paupério (Livre). Espera-se que as questões se foquem mais na política nacional do que nos grandes temas europeus, dada a atual conjuntura de instabilidade e crispação política em Portugal.
Temas como a saúde, o crescimento da extrema-direita e as questões climáticas deverão marcar presença, enquanto assuntos fraturantes da UE, como o reconhecimento da Palestina ou o envio de tropas para a Ucrânia, poderão ficar de fora. Os restantes debates decorrem até 28 de maio, com diferentes combinações de candidatos.
Os principais partidos já aprovaram os seus programas eleitorais. As propostas mais ambiciosas centram-se em áreas como o emprego, a habitação e a imigração, com os partidos a apresentarem medidas diversificadas para enfrentar os desafios atuais da União Europeia.
Porque interessa?
As eleições europeias são cruciais para definir o rumo da União Europeia nos próximos anos, e as propostas dos partidos portugueses refletem as preocupações e aspirações dos cidadãos.
Quais são as principais propostas do PS?
Vencedor das europeias de 2019, propõe a criação de um complemento europeu ao subsídio de desemprego, a abolição dos estágios não remunerados em todo o espaço da UE e um plano europeu para a habitação acessível destinado aos mais necessitados, aos jovens e às classes médias.
O que defende a Aliança Democrática (AD)?
Pretende criar um mercado único para a defesa, condicionar a atribuição de fundos europeus ao respeito pelo Estado de direito, autonomizar o direito à habitação na Carta dos Direitos Fundamentais da UE e entregar aos cidadãos europeus maiores de 65 anos um cartão de acesso privilegiado a eventos culturais e desportivos e a serviços públicos e de transportes.
Quais são os objetivos da Iniciativa Liberal?
Ambiciona eleger deputados ao PE pela primeira vez; promete pugnar por promover a concorrência fiscal entre países e regiões, rever a Política Agrícola Comum e implementar um mercado único de energia.
O que propõe o Bloco de Esquerda?
Criminalizar o recurso a offshores por cidadãos e empresas do espaço europeu, reverter os acordos de externalização de fronteiras e impor sanções económicas contra Israel por causa do conflito em Gaza.
Quais são as medidas defendidas pela CDU?
Compromete-se a preparar a saída de Portugal da moeda única europeia, rejeitar o primado do direito da UE sobre o direito nacional, elaborar um Pacto de Progresso Social e pelo Emprego, que inclui a redução do horário de trabalho sem perda salarial.
O que advoga o Livre?
A garantia de um novo salário mínimo europeu calculado para cada Estado-membro, a limitação do financiamento europeu de projetos turísticos e de alojamento local em áreas de elevada pressão turística e a criação de uma rede europeia de alojamento estudantil.
Fontes: cmjornal.pt, publico.pt
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🇵🇹 A Comissão Nacional de Eleições (CNE) instou a SIC a garantir igualdade de tratamento a todas as candidaturas eleitorais na sua programação, após queixas de exclusão do Chega no programa humorístico Isto é Gozar com Quem Trabalha. Caso o desequilíbrio persista neste programa, a CNE recomenda que a SIC o compense noutros espaços da sua grelha, de forma a assegurar o pluralismo político-partidário. • expresso.pt
🇪🇺 Portugal está no topo dos países da União Europeia onde os jovens mais querem votar nas eleições europeias, com 77% dos jovens portugueses a afirmar que vão exercer o seu direito de voto. Apenas 5% dos jovens lusos em idade de votar admitem que não o vão fazer, um dos valores mais baixos entre os 27 Estados-membros. • jn.pt
Opiniões
Francisco Pereira Coutinho e Teresa Violante alertam para a degradação da Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia, que está a ser usada como arma de arremesso político na campanha para as eleições europeias. Consideram que temas como o direito ao aborto e à habitação necessitam de concretizações políticas nacionais e não de proclamações simbólicas supranacionais.. 🗣 expresso.pt
🇪🇸 😊 Catalunha: independentismo perde a maioria absoluta e PSC vence eleições
Salvador Illa levou os socialistas catalães a uma vitória sem maioria absoluta
Resultado enfraquece independentistas e fortalece Pedro Sánchez
É a primeira vez desde 1984 que os independentistas perdem a maioria
Carles Puigdemont anunciou que se vai candidatar a presidente do governo, apesar do seu partido ter ficado em segundo lugar
O Partido Socialista da Catalunha (PSC), liderado por Salvador Illa, venceu as eleições regionais de domingo e conquistou 42 lugares no Parlamento. Mas para conseguir formar governo precisa de acordos com outros partidos e está numa situação bastante difícil de gerir uma vez que o líder da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Pere Aragonès, descartou uma aliança com os socialistas, mantendo o partido na oposição. A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) é a grande perdedora, baixando para 20 deputados.
O resultado ‘enterra’ o processo independentista e fortalece o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez. Carles Puigdemont, líder independentista no exílio, fica em segundo lugar com o Juntos pela Catalunha (JxCat) e em vez de se retirar, como prometera fazer se perdesse, já anunciou que vai avançar com a candidatura a presidente do governo, crente que terá mais apoios parlamentares que o candidato socialista Salvador Illa, o mais votado.
É a primeira vez desde 1984 que os independentistas perdem a maioria no parlamento regional. O resultado também enfraquece Yolanda Díaz, ministra do Trabalho, e o seu projeto de união das esquerdas, Sumar.
A Catalunha torna-se a primeira região espanhola a eleger dois partidos de extrema-direita.
Os 10 pontos principais dos resultados
PSC soma maioria com um tripartido de esquerda ou com Junts
Os socialistas podem formar um tripartido de esquerda com ERC e os comuns ou uma “sociovergência” com o Junts; ambas as combinações somando maioria absoluta. Outras fórmulas, como um pacto entre PSC e os comuns, também são possíveis.O independentismo perde a maioria absoluta
Pela primeira vez desde 2012, os partidos independentistas não somam maioria absoluta no Parlamento. Junts, ERC e a CUP somam apenas 59 deputados, não chegando à maioria absoluta nem contando com o partido de extrema-direita Aliança Catalana, que obteve dois assentos.
ERC desmorona-se e Aragonès assegura que vai para a oposição
Pere Aragonès reconheceu o mau resultado de ERC, que perdeu 13 deputados, e anunciou que o partido irá para a oposição, descartando, pelo menos inicialmente, a possibilidade de integrar um tripartido de esquerda com o PSC e os comuns.
Incógnitas sobre o futuro de Junqueras após a despedida de Aragonès
Após os resultados, Aragonès deixou claro que deixaria a primeira linha política e não regressaria à condição de deputado, levantando questões sobre o futuro de Oriol Junqueras, líder da ERC, que se espera que permaneça à frente do partido.
O PSC beneficiou do 'efeito Sánchez'
Apesar do anúncio inicial de Pedro Sánchez de que se retiraria para considerar seu futuro na presidência do governo, a sua decisão de continuar “com ainda mais força” acalmou os ânimos e foi uma alavanca para a candidatura do PSC, com Sánchez participando ativamente na campanha.
O PP cresce à custa do desaparecimento do Cidadãos e supera o Vox
O PP saltou de oitava para quarta força, quintuplicando seus deputados (de 3 para 15) e superando o Vox, um resultado ligado em parte ao colapso do Cidadãos, que em duas eleições sofreu um desastre meteórico.
Os comuns perdem força e Sumar não se consolida no território
Os comuns caem para seis assentos e, durante a noite eleitoral, pediram ao PSC e ERC um tripartido. O resultado confirma que, apesar de ocupar a vice-presidência e quatro ministérios do governo, o Sumar, partido da vice-presidente Yolanda Díaz, não se consolida no território.
Carles Puigdemont, segundo e com a promessa de voltar
Carles Puigdemont conseguiu melhorar o resultado de Junts em relação a 2021, colocando-se em segundo lugar e ultrapassando ERC por 15 deputados, mas os partidos independentistas não somam maioria absoluta. Puigdemont planeja voltar para assistir ao debate de posse no Parlament, uma vez que a anistia entre em vigor.
Aliança Catalana entra no único parlamento autonómico com dois partidos extremos
Aliança Catalana, o partido independentista, xenófobo e islamofóbico liderado pela prefeita de Ripoll, Sílvia Orriols, consegue entrar no Parlament, com dois deputados, tornando a câmara catalã o primeiro parlamento autonómico com duas formações de extrema-direita, juntamente com o Vox.
A vitória de Illa reforça Pedro Sánchez
A vitória do PSC dá força ao PSOE e ao presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.
Aprofundar: elpais.com
Relacionada
🇪🇸 Apesar da perda da maioria independentista no Parlamento da Catalunha após 14 anos, Carles Puigdemont afirma que irá "avançar com uma candidatura à presidência" para formar um governo minoritário. O Partido Socialista da Catalunha (PSC) foi o mais votado com 42 mandatos, mas o líder da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Pere Aragonès, descartou uma aliança com os socialistas, mantendo o partido na oposição. • rr.sapo.pt
🪖 Putin nomeia economista Andrei Belousov como novo ministro da Defesa da Rússia
Numa grande remodelação do seu gabinete, o Presidente Vladimir Putin deverá exonerar Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia há 12 anos, do seu cargo e nomeá-lo como secretário do Conselho de Segurança, cargo anteriormente ocupado por Nikolai Patrushev desde 2008. A mudança levou Andrei Belousov, vice-primeiro-ministro e economista, a assumir o cargo de novo ministro da Defesa da Rússia.
Porque interessa?
A remodelação é um sinal de que a Rússia não tem planos de terminar a sua guerra na Ucrânia, agora no seu terceiro ano.
O que significa a nomeação de Belousov?
Com um economista a assumir o Ministério da Defesa, e o antigo ministro a assumir um papel de política e assessoria, os tecnocratas estão em ascensão. O objetivo, no entanto, não é a paz, mas uma guerra mais eficiente.
Qual o novo papel de Shoigu?
Ocupará em breve o cargo de vice-presidente da Comissão Militar-Industrial. Também chefiará o Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar (FSVTS), responsável por negócios de hardware militar com outros países.
O que aconteceu a Patrushev?
Ainda não é claro qual será a nova atribuição de Patrushev, que parece ser o grande perdedor nesta remodelação.
Citações
Hoje, o vencedor no campo de batalha é aquele que está mais aberto à inovação, mais aberto à implementação o mais rapidamente possível - Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin
Isto indica que o Kremlin não está a procurar uma saída da Ucrânia, uma vez que pretende estender a sua capacidade de suportar o conflito o máximo de tempo possível - Jeff Hawn, doutorando e professor convidado no departamento de história internacional da London School of Economics
Entidades
Vladimir Putin: Presidente da Rússia
Sergei Shoigu: Antigo ministro da Defesa da Rússia, agora secretário do Conselho de Segurança
Andrei Belousov: Vice-primeiro-ministro e economista, novo ministro da Defesa da Rússia
Nikolai Patrushev: Antigo secretário do Conselho de Segurança desde 2008
Números
12 anos: Tempo que Sergei Shoigu foi ministro da Defesa da Rússia
2008: Ano em que Nikolai Patrushev assumiu o cargo de secretário do Conselho de Segurança
Terceiro ano: Duração atual da guerra da Rússia na Ucrânia
Fonte: aljazeera.com
Portugal
🇵🇹 O Chega entregou um projeto de deliberação para abrir um processo contra o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelos crimes de "traição à pátria, coação contra órgãos constitucionais e usurpação". Esta iniciativa surge após declarações do Presidente sobre uma eventual "reparação histórica às antigas colónias". • 24.sapo.pt
🎓 O Governo admite aumentar para 25% a primeira tranche da recuperação do tempo de serviço dos professores, a devolver já este ano, mantendo o prazo total de 5 anos. Os sindicatos tinham proposto uma recuperação mais acelerada, em 3 ou 4 anos, mas o Ministério da Educação mantém a sua proposta inicial de um prazo quinquenal. • publico.pt
🇪🇺 O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, afirmou não estar preocupado com a situação orçamental portuguesa, apesar das declarações do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, sobre um possível "caos e colapso" das contas públicas. Gentiloni destacou que Portugal registou um excedente orçamental de 1,2% do PIB no ano passado e tem planos para outro excedente este ano. • dn.pt
🇵🇹 Miguel Albuquerque, líder do PSD Madeira, admitiu a possibilidade de formar um governo minoritário após as eleições regionais de 26 de maio. No entanto, considerou essa hipótese como sendo "má", pois "o governo minoritário está sempre sujeito a um conjunto de contingências que fazem com que as decisões sejam adiadas". Albuquerque afirmou ainda não estar à espera do Chega para nada. • rr.sapo.pt
🇵🇹 Portugal condena a "catástrofe humanitária" em Gaza, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros recusa classificar as ações de Israel como genocídio, afirmando que "seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano". No entanto, Paulo Rangel sublinha a necessidade de um cessar-fogo imediato e de reparar a situação o mais rapidamente possível. • 24.sapo.pt
🇵🇹 O presidente da Fesap alertou para a possibilidade de um "verão quente" de protestos e lutas sindicais, caso não haja evoluções nas negociações com o Governo nos próximos tempos. José Abraão destacou o caso dos trabalhadores da reinserção social, cuja revisão da carreira ainda não foi sinalizada, apesar de já estarmos no final de maio. • 24.sapo.pt
🇵🇹 O PS estabeleceu um "sentido proibido bem vermelho" em relação ao Chega, afirmou Paulo Cafôfo, cabeça de lista do partido às eleições antecipadas de 26 de maio na Madeira. Esta posição contrasta com a de Miguel Albuquerque, líder do PSD, que "não põe de parte a possibilidade de acordos" com o partido de André Ventura. • rr.sapo.pt
🇵🇹 O Chega/Açores pondera viabilizar o Orçamento regional para 2024, após conversações positivas com o Governo açoriano. O anterior orçamento foi chumbado no final de 2023, levando a eleições antecipadas em fevereiro, ganhas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM sem maioria absoluta. • rr.sapo.pt
Península Ibérica
🇺🇦 O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deverá visitar Portugal no final desta semana, embora ainda não haja confirmação oficial. A Assembleia da República está a preparar-se para receber o chefe de Estado, ultimando os detalhes da visita, que tudo indica que irá acontecer, segundo fonte parlamentar. Zelensky visitará em breve a Espanha para assinar um acordo de segurança com o presidente do governo espanhol Pedro Sánchez. A data exata ainda não está definida. A visita foi confirmada numa conversa telefónica a 7 de maio em que Sánchez garantiu o "apoio da Espanha à Ucrânia todo o tempo que for necessário". • rr.sapo.pt e publico.es
África
🇲🇿 Daniel Chapo foi nomeado secretário-geral interino da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), após a renúncia de Roque Silva. Chapo será o candidato do partido no poder às eleições presidenciais de 09 de outubro, tendo sido designado pela Comissão Política da Frelimo, liderada pelo atual presidente Filipe Nyusi. • 24.sapo.pt
🇵🇹 Os imigrantes da CPLP que queiram entrar em Portugal com um visto específico terão de comprovar meios de subsistência até encontrarem emprego, segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. José Cesário afirmou que a entrada será "mais exigente", apesar das alterações à Lei dos Estrangeiros de outubro de 2022 terem simplificado a concessão de vistos para cidadãos lusófonos. • expressodasilhas.cv
OPINIÕES
Rui Neto Pereira critica a incoerência do Partido Socialista que, depois de anos a recusar a abolição das portagens das SCUT, agora na oposição tomou a iniciativa de o fazer. O autor considera que esta medida é uma "borla" atirada aos portugueses pelo PS, num jogo de marketing político típico dos partidos.. 🗣 dn.pt
ETIQUETAS
Uma exposição
Ruth Orkin — A Ilusão do Tempo, Centro Cultural de Cascais, até 31 julho 2024. Curadoria: Anne Morin. “A exposição que deslinda o mistério da fotojornalista Ruth Orkin. Autora de uma das imagens icónicas do século XX, a obra de Ruth Orkin cabe na categoria de trabalho que agrada a Morin: reavaliar e dar mais visibilidade a artistas e fotógrafos menos conhecidos. Mas Orkin, adolescente corajosa que atravessou a América de bicicleta quando tinha 17 anos de máquina a tiracolo (1939), mulher voluntariosa que publicou na revista Life ou no jornal The New York Times anos mais tarde, poço de alegria e entusiasmo, ainda não a convencera. ‘A filha dela veio ter comigo e pediu-me para ir ver o trabalho da mãe em Nova Iorque para fazermos alguma coisa.’ Encontrou um acervo avassalador, mais de 40 mil imagens e negativos”. Joana Amaral Cardoso
Um festival
IMATERIAL - Concertos, Cinema documental, Conversas, Évora, 17 a 25 maio 2024. Ideia e concepção: Carlos Seixas e Luís Garcia. Programa: https://festivalimaterial.pt/Programa. “O Imaterial nasceu em Évora, à sombra do estatuto de Património Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO ao cante alentejano, mas também de olhos na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade. E, desde logo, o desejo foi o de criar ligações entre estas duas dimensões patrimoniais, colocar a música a dialogar com a paisagem (mais ou menos edificada), deixando que as histórias cantadas hoje possam comunicar com as histórias que atravessam séculos e estão impregnadas nas paredes da cidade e nos lugares que a circundam.”
Um livro
Pedra e Sombra. Autoria: Burhan Sönmez Tradução de J. Teixeira de Aguilar Editora: Livros do Brasil, 2024. “Pedra e Sombra, de Burhan Sönmez, é sólido como uma lápide. Nada nos é dado sem esforço da nossa parte. O autor pede atenção e vai soltando pistas, não propriamente para resolver um mistério, mas para irmos construindo a nossa própria narrativa ou questionamento sobre os grandes temas da literatura. Com uma linguagem próxima do canto, uma oralidade que toca o lirismo, e uma crueldade ou crueza quase sempre a par de passagens de uma grande sensibilidade poética, vamos percorrendo espaço e tempo numa espécie de labirinto geográfico e cronológico, com capítulos que começam sempre por anunciar uma data e um lugar.” Isabel Lucas
RELEMBRANDO
Não lemos todas as newsletters todos os dias, naturalmente… Podem ter-lhe escapado estes assuntos:
[1.64] 🗳️ 🧨 ⏰ Deepfakes: a bomba-relógio da desinformação que pode rebentar nas eleições europeias. Imigração e defesa marcam os programas de AD e PS para as europeias. Ao crescimento da extrema-direita vem somar-se outra preocupação: a interferência dos deepfakes gerados facilmente por IA
[E.1] Europeias: o estranho caso de Luís Montenegro. Analisámos 32 cabeças de lista dos partidos do PPE, a "família" europeia da AD. A experiência política, internacional de preferência, é a característica dominante, quase totalitária.
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