[2.27] 🛡️🚨 A firewall alemã contra a extrema-direita resistirá às eleições de fevereiro?
Avolumam-se os sinais de brechas no dique que tem mantido a Alemanha a funcionar. E de desorientação, tanto nos políticos como nos analistas. Tudo dependerá da relação de Friedrich Merz com o medo.
Antes de passarmos à edição de hoje, que fecha uma semana e um mês particularmente intensos, relembro que VamoLáVer é um projeto partilhável. Basta usar o botão seguinte para passar a mensagem — que, espero, será uma mensagem positiva, de endosso, deste projeto que visa a cidadania melhor informada.
Nesta edição:
A firewall alemã contra a extrema-direita resistirá às eleições de fevereiro?
A viragem de Merz
A reação dos partidos democráticos e de Angela Merkel
A derrota do projeto de lei do reforço fronteiriço e o impacto político
Cronologia
Reações à aprovação da moção sobre política migratória na Alemanha
França chega a acordo para o Orçamento de Estado de 2025
Números fundamentais do acordo
Parlamento português debate moratória à mineração em mar profundo
PS acusa Governo de alarmismo sobre Segurança Social e questiona novo grupo de trabalho
PS propõe novas medidas para simplificar integração de imigrantes em Portugal
19 Estados-membros da UE apoiam papel reforçado do BEI no setor da defesa
A ameaça da "milliardocracia" à Democracia
A fechar, as curtas, com destaque para os recordes do turismo em Portugal, o arrependimento dos britânicos na triste celebração dos cinco anos de brexit e o domínio da China consolidado: está a alcançar 45% de toda a produção industrial mundial
🛡️🚨 A firewall alemã contra a extrema-direita resistirá
às eleições de fevereiro?
A viragem de Merz na campanha
A Alemanha enfrenta eleições cruciais a 23 de fevereiro, com a direita tradicional e a extrema-direita em rota de colisão. Friedrich Merz, líder da União Democrata-Cristã (CDU), iniciou a campanha focado na economia, mas uma série de crimes violentos atribuídos a requerentes de asilo levou-o a endurecer o discurso sobre migração.
A 29 de janeiro, a CDU aprovou, com apoio da extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), uma moção não vinculativa para reforçar o controlo fronteiriço e restringir o direito de asilo, rompendo um tabu na política alemã. Já hoje, 31 de janeiro, a maioria dos deputados no parlamento alemão rejeitou o projeto de lei.
A reação dos partidos democráticos e de Angela Merkel
A coligação governamental – sociais-democratas (SPD) e Verdes – denunciou esta aproximação como uma quebra da firewall contra a extrema-direita. O chanceler Olaf Scholz alertou para o perigo de uma futura coligação CDU-AfD, que, segundo ele, ameaçaria os valores democráticos do país. A intervenção mais marcante veio da ex-chanceler Angela Merkel, que, numa rara intervenção, criticou Merz por contradizer o compromisso assumido em novembro de evitar maiorias com o apoio da AfD. Merkel sublinhou que tal compromisso era essencial para a estabilidade política da Alemanha.
A derrota do projeto de lei e o impacto político
A tentativa de Merz de institucionalizar o endurecimento da política migratória sofreu um revés quando a sua proposta de lei foi rejeitada por uma margem estreita no Bundestag (350 votos contra, 338 a favor, e cinco abstenções). O projeto, que previa a rejeição de um maior número de migrantes na fronteira e concedia mais poderes à polícia para deportações, foi bloqueado pelo SPD e pelos Verdes. O resultado manteve a linha histórica da Alemanha de evitar legislações aprovadas com apoio da extrema-direita. Contudo, a votação alimentou ainda mais a desconfiança de Scholz sobre as intenções futuras de Merz, sugerindo que este poderia eventualmente formar um governo com a AfD – algo que o líder da CDU nega.
O teste de 23 de fevereiro
As eleições serão um teste à resistência da firewall democrática alemã e ao futuro da CDU. Se a aposta de Merz falhar, poderá ter comprometido o partido ao ceder ao discurso populista. O equilíbrio democrático do país está em jogo.
Fontes:
CDU’s Merz Made a Radical Migration U-Turn in German Election, Foreign Policy
Why Friedrich Merz is Losing His War on Migration, Euractiv
German bill calling for tougher rules on migration narrowly defeated, Sky News
Projecto de lei da CDU sobre asilo chumba no Parlamento alemão, Público
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🗓️ Cronologia
🗳️ - Setembro 2021: Friedrich Merz é eleito líder da CDU (União Democrata-Cristã) após a saída de Angela Merkel
🇩🇪 - Janeiro 2023: Merz critica duramente a política de cidadania dupla proposta pelo governo de Olaf Scholz, defendendo restrições mais severas à imigração.
🚫 - Junho 2023: Merz apoia publicamente medidas mais rigorosas de controle nas fronteiras alemãs em resposta ao aumento do fluxo migratório.
📊 - Outubro 2023: Pesquisas mostram crescimento do partido AfD (Alternativa para a Alemanha), pressionando a posição da CDU sobre imigração.
🇪🇺 - Março 2024: Merz enfrenta críticas dentro do próprio partido e da coligação europeia de centro-direita pela sua atitude dura sobre migração.
🗽 - Dezembro 2024: Tensões aumentam dentro da CDU devido à divergência entre a ala moderada e a linha mais dura defendida por Merz sobre políticas migratórias.
🛠️ - Dezembro de 2024: Merz estrutura a sua campanha para as eleições de fevereiro de 2025, focando-se na economia e na estagnação financeira da Alemanha.
🚗 - 20 de dezembro de 2024: Um cidadão saudita, residente na Alemanha, atropela uma multidão num mercado de Natal em Magdeburgo, matando cinco pessoas. O ataque gera debate sobre segurança e imigração.
🔪 - 22 de janeiro de 2025: Um requerente de asilo afegão, cuja deportação estava iminente, esfaqueia várias pessoas em Aschaffenburg, resultando na morte de uma criança de dois anos e um adulto. O ataque reacende a discussão sobre a imigração e a segurança pública.
⚖️ - 29 de janeiro de 2025: A CDU, com apoio da extrema-direita da AfD, aprova uma moção não vinculativa no Bundestag para endurecer os controlos fronteiriços e restringir o direito de asilo. Pela primeira vez, um partido tradicional alemão conta com votos da AfD para aprovar uma proposta.
🗣️ - 30 de janeiro de 2025: Angela Merkel critica Friedrich Merz por ter aprovado a moção com votos da AfD, contrariando o compromisso de não fazer alianças com a extrema-direita.
❌ - 31 de janeiro de 2025: A coligação governamental (SPD e Verdes) rejeita uma proposta formal da CDU para limitar ainda mais a imigração e os direitos de reagrupamento familiar. O chanceler Olaf Scholz alerta contra uma possível coligação CDU-AfD no futuro.
📊 - Final de janeiro de 2025: Sondagens mostram a CDU com cerca de 30%, a AfD com 20%, enquanto SPD e Verdes somam 16% e 14%, respetivamente. O debate sobre a imigração domina a campanha.
🗳️ - 23 de fevereiro de 2025: Data das eleições alemãs, que determinarão se a estratégia de Merz foi bem-sucedida ou se enfraqueceu a CDU ao aproximá-la da extrema-direita.
Eu alemão aprovou na quarta-feira uma moção não vinculativa apresentada pela CDU/CSU para apertar a política migratória do país, incluindo a introdução de controlos fronteiriços permanentes. A votação foi muito contestada, porque passou com os votos da AfD, que é classificada pelo Gabinete para a Proteção da Constituição como uma organização suspeita de extremismo de direita. A imprensa europeia analisa.
🗣 Kerstin Münstermann defende que é necessário resolver os problemas no centro político para evitar o fortalecimento das extremidades, criticando tanto o chanceler como a coligação semáforo por não o terem conseguido no verão. Considera que Merz não fez um favor ao país com a sua abordagem na campanha eleitoral, alertando que as divisões entre os democratas se aprofundaram. • Tageblatt (Luxemburgo)
🧐 Birgit Baumann questiona a credibilidade de Merz, recordando as suas declarações anteriores em Davos sobre as negociações na Áustria e a sua posição contra maiorias com a AfD no Bundestag. • Der Standard (Áustria)
✍️ Zbyněk Petráček argumenta que, embora a AfD não seja exemplar, opera num contexto democrático e não foi dissolvida por nenhum tribunal. Defende que Merz utilizou a AfD como um instrumento político regular e não como parceiro de coligação. • Lidovky (República Checa)
🕵️ Łukasz Grajewski alerta para possíveis tensões fronteiriças entre a Polónia e a Alemanha, questionando o futuro da política migratória de Merkel e a estabilidade política alemã. • Tygodnik Powszechny (Polónia)
🗣 Tobias Peter considera este um momento histórico de mudança na Alemanha, advertindo que abrir uma pequena brecha para cooperação pode levar a consequências mais amplas. • Stuttgarter Zeitung (Alemanha)
✍️ Hans-Joachim Vieweger critica os debates sobre "muros de contenção", argumentando que o foco no que não pode ser feito gera insatisfação e cansaço democrático. • Tagesschau (Alemanha)
🧐 Tonia Mastrobuoni vê esta mudança como uma quebra do legado de Merkel e uma possível cedência à influência de Elon Musk. • La Repubblica (Itália)
✍️ Hansjörg Friedrich Müller defende que as propostas de Merz representam um retorno à normalidade na política de asilo alemã pré-Merkel. • Aargauer Zeitung (Suíça)
🗣 Véronique Lamquin expressa preocupação com o crescimento da extrema-direita na Europa e critica os partidos democráticos por imitarem ou cooperarem com ela em vez de defenderem valores fundamentais. • Le Soir (Bélgica)
📊 💶 França chega a acordo para o Orçamento de Estado de 2025
A notícia - A comissão mista paritária francesa, composta por deputados e senadores, chegou a um acordo sobre o Orçamento de Estado para 2025 após mais de 24 horas de discussões. O texto, que será votado na Assembleia Nacional na segunda-feira, poderá requerer a utilização do artigo 49.3 pelo primeiro-ministro François Bayrou, enfrentando ameaças de censura por parte do Partido Socialista (PS) e da União Nacional (RN).
O acordo, anunciado a 31 de janeiro, resulta principalmente da arbitragem do senador Jean-François Husson (Les Républicains) e do deputado David Amiel (Renaissance), com poucas concessões ao PS. O objetivo é manter o défice em 5,4% do PIB em 2025, exigindo um esforço de 50 mil milhões de euros.
Ajuda Médica do Estado - Foi acordado um corte de 111 milhões de euros na Ajuda Médica do Estado (AME), um programa destinado ao tratamento de imigrantes em situação irregular.
Vitórias limitadas da esquerda - Os socialistas conseguiram algumas conquistas menores, incluindo o aumento de créditos para o Fundo Verde, a manutenção da agência bio, melhorias nos transportes quotidianos e a preservação de 4.000 postos de professores que estavam em risco.
Atitude do Rassemblement National - O deputado Jean-Philippe Tanguy, do RN, ameaçou votar a moção de censura devido ao artigo 4 do projeto, que estabelece um novo quadro de regulação das receitas nucleares da EDF, alegando possíveis aumentos de preços.
Contribuição empresarial - A comissão limitou a contribuição excecional das grandes empresas a apenas um exercício, em vez dos dois inicialmente previstos, uma medida que tinha sido criticada por Bernard Arnault, diretor executivo da LVMH.
Números fundamentais do acordo
Diminuição da Aide médicale d’Etat (AME): 111 milhões de euros
Déficit orçamentário previsto para 2025: 5,4% do PIB
Esforço de contenção de despesas: 50 mil milhões de euros
Restabelecimento de postos de professores: 4 000 postos
Contribuição excepcional para grandes empresas: redução de dois para um ano
Fonte: Libération
🌊 🚫 Parlamento português debate moratória à mineração em mar profundo
O parlamento português debateu hoje, 31 de janeiro, várias propostas legislativas para implementar uma moratória à exploração mineira em mar profundo até 2050. A maioria dos partidos com assento parlamentar manifestou-se a favor da medida, com exceção da Iniciativa Liberal. A deputada Joana Cordeiro considera as propostas como "vetos disfarçados" à inovação. O debate centrou-se na necessidade de proteger os recursos marinhos e desenvolver mais estudos sobre o impacto desta atividade em setores económicos importantes para Portugal.
O Partido Socialista, pela voz de Miguel Costa Matos, defendeu a harmonização entre a lei de enquadramento orçamental e a lei de bases do clima, recordando que vários países já se opõem a esta prática.
O PSD e CDS-PP manifestaram preocupação com a falta de conhecimento científico sobre os impactos. O deputado social-democrata Hugo Oliveira Patrício sublinhou a necessidade de mais estudos, enquanto o deputado Paulo Núncio enfatizou o respeito pela posição dos Açores.
Partidos como PAN, Livre e BE alertaram para os riscos ambientais. A deputada Isabel Mendes Lopes (Livre) mencionou que quase mil investigadores de 44 países apelaram à moratória, enquanto o deputado Fabian Figueiredo (BE) alertou para potenciais desastres ambientais e sociais.
Fonte: RTP
🏛️ 💰 PS acusa Governo de alarmismo sobre Segurança Social e questiona novo grupo de trabalho
O Partido Socialista, através do deputado Miguel Cabrita, criticou o Governo da Aliança Democrática por criar alarmismo em torno da sustentabilidade da Segurança Social. Em causa está a composição do novo grupo de trabalho governamental, que inclui uma ex-deputada da Iniciativa Liberal e Jorge Bravo, especialista ligado a fundos de pensões privados, levantando suspeitas sobre uma possível agenda de privatização do sistema.
Mário Amorim Lopes, deputado da Iniciativa Liberal, defende que existem problemas reais de sustentabilidade no sistema "pay as you go" atual, alertando para o risco de futuros contribuintes poderem não ter reforma devido às alterações demográficas.
Paulo Muacho, deputado do Livre, questiona a neutralidade do grupo de trabalho e sugere uma reflexão sobre novas formas de financiamento da Segurança Social, considerando as transformações digitais no mundo laboral.
As taxas de substituição do sistema português encontram-se atualmente acima da média europeia, prevendo-se uma convergência futura com os níveis médios europeus, segundo Miguel Cabrita.
Fonte: RTP
🌍 👨💼 PS propõe novas medidas para simplificar integração de imigrantes em Portugal
O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, apresentou hoje no parlamento uma proposta que visa facilitar a integração de trabalhadores estrangeiros em Portugal. A iniciativa inclui a criação de um canal adicional para integração no mercado de trabalho e o reforço do papel da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Esta proposta surge como resposta ao decreto-lei do Governo PSD/CDS-PP que revogou os procedimentos de autorização de residência baseados em manifestações de interesse.
Os socialistas defendem que cidadãos estrangeiros com visto válido em Portugal não necessitem de regressar ao país de origem para regularizar nova situação laboral, podendo obter autorização de residência para exercício profissional se preencherem os requisitos legais.
A AIMA passará a ter maior intervenção no processo, permitindo que as empresas organizem diretamente com a agência os processos de vistos e autorizações de residência, reduzindo assim a sobrecarga nos consulados.
O secretário-geral do PS considera a proposta responsável e moderada, apresentando-a uma semana após a entrevista ao Expresso onde reconheceu falhas na gestão da imigração nos últimos anos.
Fonte: Lusa
🏦 🛡️ 19 Estados-membros da UE apoiam papel reforçado do BEI no setor da defesa
A notícia - Dezanove Estados-membros da União Europeia, incluindo França, Alemanha e Itália, enviaram uma carta a Donald Tusk, António Costa e Nadia Calviño, manifestando apoio a um papel mais alargado do Banco Europeu de Investimento (BEI) no setor da defesa. A iniciativa, liderada pela Finlândia, visa explorar novas formas de financiamento e mobilização de fundos privados para o setor da segurança e defesa.
O plano proposto assenta em três pilares fundamentais: reavaliar a lista de atividades excluídas, ajustar a política de empréstimos para aumentar o volume de financiamento e emitir empréstimos específicos para novos projetos de defesa, sem alterar diretamente o mandato do BEI.
A Comissão Europeia planeia publicar em março um Livro Branco sobre o futuro da defesa europeia, que estima um défice entre 400 e 500 mil milhões de euros no setor da defesa europeia.
O BEI registou investimentos recorde de 89 mil milhões de euros no último ano, com mil milhões destinados a projetos de dupla utilização em 2024, prevendo-se a duplicação deste valor para 2025.
Vários países da NATO já demonstram compromisso com o aumento do investimento em defesa, com a Lituânia e a Estónia a comprometerem-se com 5% do PIB, enquanto a Polónia lidera atualmente com 4,1%.
Fonte: legrandcontinent.eu
🌍💰 A ameaça da "milliardocracia" à Democracia
Cécile Duflot, diretora-geral da Oxfam França, alerta para a crescente influência dos bilionários na política global, referindo-se a este fenómeno como "milliardocracia". Duflot destaca que a eleição de um presidente nos Estados Unidos, apoiado por magnatas da tecnologia, exemplifica como o poder do dinheiro está a desafiar a democracia. Segundo o último relatório da Oxfam, em 2024, cada bilionário acumulou, em média, 2 milhões de dólares adicionais por dia, um crescimento que não se deve ao mérito, mas sim a monopólios e evasão fiscal.
A influência dos ultraricos está a ultrapassar a mera manipulação mediática, questionando abertamente os esforços para regular o capitalismo e proteger a concorrência, enquanto ignoram acordos climáticos internacionais.
A ideologia do dinheiro sugere que a lei do mais forte é o motor do progresso, desvalorizando o bem comum e o serviço público, e desrespeitando a liberdade de expressão e a verdade.
A mobilização da sociedade civil e dos juízes tem sido crucial para mitigar os efeitos negativos desta retórica, que ameaça fraturar a vida democrática, apesar de nem sempre se traduzir em ações concretas.
Fonte: lemonde.fr
Portugal
🏥 O Governo aprovou Álvaro Almeida como diretor executivo do SNS para um mandato de três anos, após parecer favorável da CReSAP. O economista e professor universitário, que já foi deputado do PSD, substitui Gandra d’Almeida, que se demitiu após uma investigação sobre acumulação de funções. • cnnportugal.iol.pt
🇫🇷 O presidente francês Emmanuel Macron visitará Portugal. A visita de Estado ocorrerá em Lisboa e no Porto nos dias 27 e 28 de fevereiro. Macron discursará numa sessão solene na Assembleia da República, seguindo a tradição de visitas anteriores de presidentes franceses como Mitterrand, Chirac e Giscard d'Estaing. • publico.pt
🏛️ O Presidente da República vai convocar um Conselho de Estado sobre segurança, após pedido de André Ventura. Marcelo Rebelo de Sousa aguardará a divulgação do Relatório Anual de Segurança Interna, prevista para final de março, antes de definir a data da reunião. • publico.pt
🏦 BE vai pedir audição do ministro das Finanças sobre possível compra do Novo Banco pela Caixa Geral de Depósitos. A deputada Mariana Mortágua critica o processo, lembrando que o Estado já investiu milhares de milhões na limpeza do banco antes e depois da venda à Lone Star. • observador.pt
🇵🇹 A ministra da Administração Interna exonerou Mendonça de Carvalho, o secretário-geral do MAI. Margarida Blasco justificou a decisão com a necessidade de uma nova orientação na gestão dos serviços e de promover maior celeridade e prontidão na resposta. • rtp.pt
⚖️ O Parlamento aprovou proposta para aumentar idade mínima do casamento para 18 anos, através de projeto de lei do BE. Atualmente, jovens podem casar aos 16 anos com autorização parental. Foi também aprovada proposta do PAN para incluir casamento infantil na lista de situações de perigo. • cnnportugal.iol.pt
🇪🇺 A Comissão Europeia iniciou procedimentos de infração contra Portugal e seis outros países por não aplicarem diretivas sobre o IVA. Estes países têm dois meses para transpor integralmente as diretivas que permitem taxas reduzidas e zero para produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, e notificar as medidas nacionais à Comissão. • cnnportugal.iol.pt
💶 O saldo final das contas públicas em 2024 foi de 354,1 milhões de euros, superando as expectativas do governo. Inicialmente, previa-se um défice de 1261 milhões de euros. O governo mantém a meta de um excedente de 0,4% do PIB para 2024, o que poderá influenciar positivamente o relatório a ser enviado a Bruxelas. • publico.pt
📊 O número de funcionários públicos reformados em 2024 atingiu 22.681, o mais alto dos últimos 10 anos. A Caixa Geral de Aposentações registou 21.701 novos pensionistas por velhice e 980 por invalidez, um aumento de 12% face a 2023. Este número supera a média anual de saídas, que rondava as 16 mil. • cnnportugal.iol.pt
União Europeia
📉 O desemprego na Alemanha atingiu 6,4% em janeiro, registando o nível mais elevado dos últimos dez anos, com um aumento de 0,4 pontos percentuais face a dezembro. Os dados corrigidos de sazonalidade mostram um acréscimo de 11.000 desempregados, refletindo o impacto da recessão económica no mercado de trabalho alemão. • rtp.pt
🇱🇹 O Presidente lituano, Gitanas Nausėda, alerta sobre acordo de paz na Ucrânia, defendendo que qualquer negociação deve incluir Kiev e ser acompanhada por um aumento nos gastos com defesa dos países da região. O chefe de Estado adverte que, mesmo com um cessar-fogo, a Rússia poderá reagrupar forças para futuras agressões. • washingtonpost.com
🇧🇪 Cinco partidos belgas tentam formar novo governo após sete meses de impasse político. A formação do governo depende especialmente do partido socialista Vooruit, devendo equilibrar os interesses das três regiões do país: Flandres (6,7 milhões de habitantes), Valónia (3,7 milhões) e Bruxelas (1,2 milhões). • apnews.com
🇺🇸 A suspensão abrupta da ajuda externa dos EUA está a causar impacto na Europa Oriental, afetando grupos pró-democracia e media independentes. O congelamento de 90 dias visa eliminar desperdícios e bloquear programas “woke”. Há receios de que a cessação dos fundos dos EUA possa aumentar a influência da Rússia e da China na região. • apnews.com
💶 O salário mínimo na União Europeia varia significativamente. Entre os 22 Estados-membros, o Luxemburgo lidera com 2638 euros mensais, seguido pela Irlanda com 2281 euros, enquanto a Bulgária apresenta o valor mais baixo, com 551 euros. Portugal situa-se num grupo intermédio, com 1015 euros mensais. • publico.pt
Economia
✈️ O turismo em Portugal bateu recordes no ano passado, ultrapassando as metas previstas para 2027 ao atingir cerca de 30 milhões de turistas internacionais. Para 2024, a partir dos dados preliminares, antecipa-se um crescimento entre 4% e 6% em fluxo turístico e entre 9% e 11% em receitas. • observador.pt
📉 A taxa de inflação desacelerou para 2,5% em janeiro. Esta queda, após quatro meses de subida, deve-se ao fim da isenção de IVA em bens essenciais e ao aumento dos preços da eletricidade no período homólogo. A taxa de variação homóloga do IPC caiu meio ponto percentual em relação ao mês anterior, quebrando o ciclo de aumentos consecutivos. • rr.sapo.pt
Mundo
🇪🇺 Cinco anos após o brexit, britânicos mostram arrependimento. Uma nova sondagem da YouGov revela que 55% dos britânicos apoiam o regresso à UE, com dois terços a considerarem que a saída teve um impacto negativo no custo de vida e 65% a apontarem efeitos negativos na economia. • mirror.co.uk
🏭 A China domina cada vez mais a produção industrial mundial. Em 2000, representava apenas 6% da produção industrial global, mas, segundo projeções da UNIDO, o país deverá atingir 45% de toda a produção mundial, superando os EUA e os seus aliados da Ásia, Europa e América Latina. • economictimes.indiatimes.com
RELEMBRANDO
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[2.26] Von der Leyen apresenta Bússola para a Competitividade para impulsionar economia europeia. Uma revolução prometida: mudar estruturalmente a economia do bloco. Porque se aceitou finalmente o fim da "Era Dourada" da mão de obra barata chinesa e da energia russa a baixo custo
[2.25] 🇪🇺 🇷🇺 UE prolonga sanções à Rússia após recuo da Hungria. Orbán recuou porque a União deu garantias sobre os gasodutos para a Ucrânia e Trump mudou de campo sobre a guerra. Sanções vêm desde 2014 com a invasão da Crimeia e este é o 14º pacote.
[2.24] 🗂️ 🔥 Reduzir burocracia e impulsionar economia? Comissão Europeia criou um plano sem precedentes. O futuro da União como potência económica, destino de investimento e centro de produção está em risco sem uma mudança urgente de abordagem – acha o documento, a reboque das mudanças globais