[1.93] Os Jogos Olímpicos não escapam à política (e a política não escapa aos Jogos Olímpicos)
Até Macron os usa para arrefecer a escaldante política francesa. Os Jogos funcionam como uma parceria público-privada desequilibrada: o público suporta os custos e os privados e os políticos lucram
Nesta edição:
Os Jogos Olímpicos não escapam à política (e a política não escapa aos Jogos Olímpicos)
Sabotagem ferroviária causa caos antes dos Jogos Olímpicos
A opinião do editor: lembra-se da foto fantástica do Novo Herói Americano? Pois, nem eu. Segue-se uma auto-crítica
Presidenciais na Venezuela: María Corina Machado, principal figura da oposição, apoia Edmundo González, em vantagem nas sondagens
Ucrânia procura saída negociada para guerra com Rússia
IRS desce em setembro com efeito retroativo
Governo anuncia aumentos para militares, mas gera polémica
E ainda as habituais notícias breves
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ATUALIDADE
Os Jogos Olímpicos não escapam à política (e a política não escapa aos Jogos Olímpicos)
Jules Boykoff, académico norte-americano e autor de diversas obras sobre os Jogos Olímpicos, incluindo "Jogos de Poder: Uma história política das olimpíadas", partilhou as suas perspetivas sobre o movimento olímpico e os Jogos de Paris 2024 que hoje têm a cerimónia de abertura (as provas começaram há dois dias).
Em entrevista a Marco Vaza no Público (link aberto, abaixo), Boykoff argumenta veementemente que é impossível separar os Jogos Olímpicos da política. Destaca vários problemas recorrentes associados aos Jogos, incluindo derrapagens orçamentais, deslocamento de populações vulneráveis, aumento da vigilância e "greenwashing". O académico enfatiza que estes não são problemas específicos de uma cidade-sede, mas sim inerentes ao modelo olímpico atual.
Segundo Boykoff, os Jogos Olímpicos funcionam como uma parceria público-privada desequilibrada, onde o público suporta os custos e as entidades privadas colhem os lucros. Questiona a sustentabilidade do modelo atual dos Jogos, notando que cada vez menos cidades estão interessadas em acolhê-los, em parte devido ao aumento do ativismo anti-olímpico no século XXI.
O autor critica duramente o Comité Olímpico Internacional (COI) por fazer apenas mudanças superficiais em vez de abordar os problemas fundamentais. Boykoff acusa o COI de confundir os seus próprios interesses com os da cidade anfitriã e do mundo em geral.
Um ponto crucial da análise de Boykoff é a relação entre os Jogos Olímpicos e regimes políticos. Argumenta que, embora os Jogos não ajudem países autoritários a tornarem-se mais democráticos, tendem a tornar os anfitriões democráticos mais autoritários. O académico critica o COI pela sua "tolerância pela tirania" e por permitir o "sportswashing" - o uso dos Jogos para melhorar a reputação internacional de regimes problemáticos.
Rússia e Israel
Boykoff também aponta para a hipocrisia do COI na sua abordagem a diferentes países, citando o tratamento contrastante da Rússia e de Israel. Questiona a decisão do COI de permitir que atletas israelitas compitam sob a sua bandeira nacional, apesar das ações de Israel em Gaza, enquanto atletas russos devem competir como "atletas neutros individuais" devido à invasão da Ucrânia.
Olhando para o futuro, Boykoff prevê que os Jogos de Paris 2024 enfrentarão desafios semelhantes aos de edições anteriores. Também especula sobre os possíveis impactos dos Jogos de Los Angeles 2028, expressando preocupação sobre como uma potencial presidência de Donald Trump poderia utilizar os Jogos para benefício político e possivelmente aumentar a repressão.
O académico conclui que é praticamente impossível que os Jogos Olímpicos evitem a política, argumentando que o desporto muitas vezes normaliza silenciosamente as estruturas político-económicas existentes, sejam elas democracias capitalistas neoliberais ou regimes autocráticos.
Fonte: publico.pt (artigo fechado, oferecido pelo Público aos leitores de VamoLáVer)
🇫🇷 😱 Sabotagem ferroviária causa caos antes dos Jogos Olímpicos
A rede ferroviária francesa sofreu atos de sabotagem coordenados, provocando graves perturbações e cancelamentos de comboios, horas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. Os ataques afetaram principalmente as linhas de alta velocidade TGV nos eixos Norte, Oeste e Este.
Cerca de 800 mil viajantes foram afetados, com atrasos e cancelamentos. A SNCF relatou incêndios criminosos que danificaram as instalações, levando ao desvio de comboios para linhas convencionais e à eliminação de muitos outros.
Impacto nos Jogos Olímpicos - As autoridades garantem segurança. O presidente do COI, Thomas Bach, expressou total confiança nas autoridades francesas. A ministra do Desporto, Amélie Oudéa-Castera, condenou a sabotagem e afirmou que estão a ser tomadas medidas para garantir o transporte das delegações.
Resposta das autoridades - Investigação em curso. Todos os serviços de informação franceses foram mobilizados. O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, descreveu o incidente como um "ato criminoso escandaloso" e destacou a coordenação dos ataques.
Consequências para os viajantes - Atrasos e cancelamentos generalizados. A Eurostar anunciou que os comboios de e para Paris serão desviados pela linha convencional, aumentando o tempo de viagem em aproximadamente uma hora e meia. Os passageiros podem cancelar ou modificar os bilhetes sem custos adicionais.
Reparações em andamento - Trabalho minucioso e demorado. O presidente da SNCF, Jean Pierre Farandou, explicou que as reparações são delicadas, envolvendo até 500 cabos elétricos e de fibra ótica danificados. A situação deverá durar pelo menos todo o fim de semana.
Fonte: cnnportugal.iol.pt
A OPINIÃO DO EDITOR
Lembra-se da foto fantástica do Novo Herói Americano? Pois, nem eu. Segue-se uma auto-crítica
Na edição desta terça (2024/07/23) apresentámos a cronologia do louco mês americano, iniciado a 27 de junho quando aquele país e o mundo que por ele se interessa acordaram para as falhas de Joe Biden no célebre primeiro debate com o candidato republicano, e terminada a 23 de julho quando Kamala Harris confirmou ser candidata pelo Partido Democrata.
Pelo meio, a 13 de julho, o candidato dos republicanos sofreu um ferimento numa orelha em consequência de um tiro disparado por um jovem rapidamente alvejado de morte pelos serviços secretos, isto no meio de um comício. A fotografia de Trump com um fio vermelho a escorrer da orelha, o corpo escondido pelos guarda-costas, o braço no ar e a bandeira americana por detrás, ao alto, foi imediatamente considerada pelo mundo — eu incluído — como uma imagem icónica, capaz de assegurar o triunfo na corrida presidencial contra Biden e usada pelos trumpistas (nos EUA como pelo mundo fora incluindo os trumpistas portugueses e os simpatizantes envergonhados que pululam por exemplo no atual Governo e comentadores adjacentes) para incensar o homem, elevando-o à categoria de um deus, superior à morte.
Nem duas semanas passaram sobre esse momento e já ninguém, fora as hostes mais trumpistas que Trump, se lembra da foto. Para meu espanto, para minha auto-crítica.
Lembro-me de ter dito em círculo familiar, na sequência do debate falhado, que a partir dali só a substituição de Biden por uma figura democrata com peso poderia salvar a campanha. Kamala Harris não estava nesse horizonte. Após o que está a ser investigado como uma tentativa de assassinato de Trump, disse, no mesmo círculo, que agora seria preciso um evento extraordinário, que fosse capaz de tirar das primeiras páginas e das televisões as imagens de Trump com um fio vermelho a escorrer da orelha e a bandeira americana a flutuar por cima do novo herói americano.
Bem, abreviando: aconteceu. O loop do novo herói americano não resistiu, sequer, à primeira saraivada de pedidos para Biden sair da corrida. E quando ele saiu, deixando Kamala Harris no ticket e a sondar um futuro vice-presidente, o palco voltou a ser todo, inteirinho, dos Democratas.
O palco mediático, sim, mas sobretudo o palco das redes sociais e os palcos onde se movimentavam, cabisbaixos, os eleitores apoiantes dos democratas. Num dia os pequenos donativos pulverizaram os recordes de angariação em campanhas presidenciais, num encaixe de quase 100 milhões de dólares. Um sinal da revitalização da ESPERANÇA, que era o sentimento esmagado pelo que parecia um comboio imparável — o avanço da extrema-direita que já consumiu a totalidade o Partido Republicano e a provável emergência de uma ditadura americana a partir da dupla Trump-Vance.
A esperança é um dado adquirido, não um desejo de um democrata na Europa. Ao ser promovida de torre a rainha no tabuleiro dos democratas, Harris mudou o jogo por completo: antes tida por impossível, a derrota de Trump regressou às hipóteses possíveis e até com probabilidades decentes.
O desfecho continua a ser incerto e talvez Trump vença. Neste momento, mesmo com Harris a recuperar um ponto por dia nas sondagens, como está, o cenário mais provável é Trump vencer. Explicaremos isso nas próximas edições desta newsletter (hint: o voto do colégio eleitoral é que manda, recorde-se que Clinton venceu Trump nas urnas por três milhões de votos mas Trump é que foi para a Casa Branca).
Entretanto eu, abaixo assinado, aqui deixo a minha auto-crítica: não voltarei a achar que uma imagem, por muito icónica que seja, vence a realidade das ruas e das pessoas, mesmo no mundo atual dominado pela alienação e pelos alienados com muita alavancagem, política e financeira.
Paulo Querido
🗳️🇻🇪 Presidenciais na Venezuela: María Corina Machado, principal figura da oposição, apoia Edmundo González, em vantagem nas sondagens
As eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28 de julho, prometem ser um momento decisivo na história política do país. A oposição, anteriormente fragmentada, uniu-se em torno de um único candidato, Edmundo González, que lidera as sondagens com uma vantagem significativa de mais de 20 pontos sobre o atual presidente, Nicolás Maduro. Esta união representa uma mudança estratégica importante, abandonando o boicote eleitoral de longa data e optando por uma campanha enérgica e organizada.
Apesar das tentativas do governo de Maduro de intimidar o eleitorado, a oposição conseguiu captar a atenção e o apoio dos venezuelanos. Uma sondagem recente indica que dois terços dos eleitores registados planeiam votar este mês, um aumento significativo em comparação com os 46% de participação nas eleições presidenciais de 2018. Este aumento na participação eleitoral prevista sugere um renovado interesse e esperança no processo democrático.
Cenário eleitoral atual - As sondagens mostram uma vantagem clara para Edmundo González, o candidato da oposição unificada. Com uma liderança de mais de 20 pontos percentuais, González representa uma ameaça real ao governo de Maduro. Esta vantagem reflete o desejo de mudança entre os venezuelanos e o sucesso da estratégia de unificação da oposição.
Estratégia da oposição - Abandonando o boicote eleitoral, a oposição venezuelana adotou uma abordagem mais proativa. A campanha tem sido caracterizada pela sua energia e organização, conseguindo mobilizar um eleitorado anteriormente desiludido. María Corina Machado, embora impedida de concorrer, continua a desempenhar um papel ativo na campanha, apelando à participação massiva dos eleitores.
Desafios e obstáculos - Apesar do otimismo, a oposição enfrenta desafios significativos. O governo de Maduro tem intensificado as tentativas de incutir medo no eleitorado, uma tática que pode afetar a participação no dia da eleição. Além disso, Machado alertou para a possibilidade de uma "fraude massiva", sublinhando as preocupações contínuas sobre a integridade do processo eleitoral.
Impacto na participação eleitoral - O aumento previsto na participação eleitoral, de 46% em 2018 para potencialmente dois terços dos eleitores registados em 2024, é um indicador significativo do renovado interesse político. Este aumento pode ser atribuído à campanha eficaz da oposição e ao desejo generalizado de mudança política na Venezuela.
Perspetivas pós-eleitorais - Se González vencer, como sugerem as sondagens, poderá atuar como uma figura de transição. Existe a possibilidade de que procure uma forma constitucional de transferir a presidência para Machado, possivelmente através de um referendo seguido de novas eleições. Tal cenário poderia marcar um retorno à normalidade democrática na Venezuela após anos de governo autoritário.
Fonte: bbc.com, estadao.com.br
🇺🇦 😰 Ucrânia procura na China saída negociada para guerra com Rússia
A Ucrânia, pressionada em várias frentes, está a desenvolver uma estratégia dupla em relação à guerra com a Rússia. O país procura uma solução negociada que, embora frágil, possa pôr fim ao conflito.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, viajou para Pequim para obter o apoio da China como mediadora em eventuais negociações com a Rússia.
Situação militar grave - O exército ucraniano enfrenta dificuldades crescentes no terreno, com a iniciativa russa a desgastar as forças de Kiev.
Pressão interna aumenta - Crescem as vozes na Ucrânia a favor de uma negociação para pôr fim ao conflito.
Ameaça de perda de apoio - Existe o receio de que os EUA cancelem o seu apoio à Ucrânia se Donald Trump vencer as eleições presidenciais em novembro.
China como mediador - O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, comprometeu-se a desempenhar um papel construtivo para alcançar um cessar-fogo e retomar as negociações de paz.
Mudança de estratégia - A Ucrânia, anteriormente relutante em negociar, agora recorre à China, que apresentou um plano de paz no início do conflito, inicialmente rejeitado pelos aliados ocidentais de Kiev.
Fonte: publico.es
🇵🇹 😌 IRS desce em setembro com efeito retroativo
O Ministério das Finanças anunciou que as tabelas de retenção na fonte serão adaptadas para refletir a descida do IRS aprovada pelo Parlamento. As novas tabelas entrarão em vigor em setembro, com um mecanismo para aplicar a redução retroativamente aos meses anteriores de 2024.
O Governo aprovou esta solução para evitar que o acerto do imposto ficasse apenas para o reembolso em 2025. A medida afeta os primeiros seis escalões do IRS, mantendo inalterados os três últimos.
Novas taxas de IRS - As taxas dos primeiros seis escalões foram reduzidas. O primeiro escalão passa de 13,25% para 13%, o segundo de 18% para 16,5%, e assim sucessivamente até ao sexto escalão, que desce de 37% para 35,5%.
Impacto nos contribuintes - A adaptação das tabelas evitará reembolsos excessivos em 2025. Sem esta medida, as retenções mensais estariam desajustadas, cobrando mais imposto do que o devido com o novo desagravamento.
Detalhes por definir - Ainda não se sabe como funcionará o mecanismo de retroatividade, nem como serão tratados os casos de trabalhadores que mudaram de emprego durante o ano.
Fonte: publico.pt
🇵🇹 😮 Governo anuncia aumentos para militares, mas gera polémica
O Governo português anunciou um pacote de medidas para a Defesa no valor de 120 milhões de euros. O plano inclui aumentos nos suplementos remuneratórios e comparticipação total de medicamentos para antigos combatentes.
No entanto, o anúncio gerou críticas das associações militares, que afirmam não terem sido consultadas previamente. As associações queixam-se de terem sido informadas apenas pela comunicação social, apesar de uma reunião recente com o secretário de Estado da Defesa.
Detalhes dos aumentos - Os militares terão aumentos significativos. Um soldado do primeiro escalão passará de 828 euros para 961 euros mensais, enquanto um furriel do primeiro escalão verá o seu salário aumentar de 1.017 euros para cerca de 1.290 euros.
Outras medidas anunciadas - O Governo planeia aumentar a componente fixa do suplemento de condição militar de 100 para 400 euros até 2026. Também será reduzida a distância para o direito ao suplemento de residência de 100 para 50 quilómetros.
Impacto orçamental - O pacote de 120 milhões de euros soma-se a outras medidas recentemente anunciadas. Segundo o PS, o total de medidas já anunciadas e quantificadas pesa cerca de 2,9 mil milhões de euros no orçamento.
Próximos passos - Apesar do peso orçamental das medidas anunciadas, o Governo mantém a intenção de realizar reuniões negociais sobre o Orçamento do Estado com as oposições em setembro.
Fonte: visao.pt
Portugal
🇵🇹 Pedro Nuno Santos afirma que as medidas do PS são menos dispendiosas que as do Governo. O secretário-geral socialista exclui a redução do IRS das contas, argumentando que esta foi uma iniciativa governamental. "A redução do IRS foi uma iniciativa do Governo, não foi nossa", declarou, referindo-se às medidas como as SCUTs, redução do IVA da eletricidade, deduções das rendas no IRS e apoio ao alojamento estudantil como propostas do PS. • rr.sapo.pt
🇵🇹 A Direção-Geral do Orçamento publicou instruções para o OE2025, mantendo a reserva de 2,5% do total da despesa para os serviços da Administração Central. As entidades devem assegurar o equilíbrio orçamental e um saldo global positivo ou nulo nos seus projetos. Adicionalmente, programas com aumento de pagamentos em atraso devem constituir uma reserva adicional de 50% do valor do aumento verificado entre junho de 2023 e junho de 2024. • rr.sapo.pt
🏛️ O presidente da Assembleia da República pediu ao Chega mais detalhes sobre o seu requerimento de acesso a documentos relacionados com o caso da criança Matilde. José Pedro Aguiar-Branco alertou para a sensibilidade das informações da vida privada envolvidas, respondendo a um pedido potestativo do partido no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o tratamento das gémeas luso-brasileiras no Hospital de Santa Maria. No caso de Matilde, diagnosticada com Atrofia Muscular Espinal, mobilizou os portugueses em 2019 para angariar fundos para um medicamento dispendioso. • rr.sapo.pt
União Europeia
🇬🇧🇩🇪 Keir Starmer propõe um acordo de segurança com a UE, mas a Alemanha quer ir mais longe. O embaixador alemão no Reino Unido, Miguel Berger, sugeriu transformar a proposta num amplo acordo de "Segurança e Cooperação", abrangendo desde regras agrícolas até ao programa de intercâmbio estudantil Erasmus. Esta iniciativa pode representar uma significativa reaproximação entre o Reino Unido e a UE pós-Brexit. • politico.eu
🇪🇸 A taxa de desemprego em Espanha caiu para 11,27% no segundo trimestre de 2023, o nível mais baixo desde 2008. O número de desempregados diminuiu para 2.755.300 pessoas, enquanto o emprego atingiu um novo recorde histórico com 21.684.700 trabalhadores. O Ministério da Economia espanhol destacou o "comportamento histórico do emprego", com a população ativa a aumentar para 24,4 milhões, refletindo a confiança no dinamismo do mercado laboral. • rtp.pt
Economia
🇺🇸 A inflação nos EUA desceu ligeiramente em junho, atingindo 2,5% em termos homólogos, face aos 2,6% registados em maio. Esta tendência de moderação das pressões inflacionistas, aliada a um ligeiro abrandamento do consumo (crescimento de 0,3% em junho), aumenta a probabilidade de a Reserva Federal iniciar uma redução das taxas de juro na reunião de setembro, sinalizando um possível alívio da política monetária. • publico.pt
Mundo
🇺🇳 O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou duramente a condução da guerra em Gaza por Israel. Guterres descreveu a situação como "verdadeiramente dramática", destacando o impacto sem precedentes em termos de mortes e destruição. Condenou as ordens caóticas de deslocamento emitidas pelo exército israelita, que forçaram 1,9 milhões de palestinianos a moverem-se repetidamente, sublinhando que "a segurança já não existe em qualquer lugar" em Gaza. • observador.pt
🇬🇶 A direção do FMI aprovou um programa de monitorização de um ano para a Guiné Equatorial. O plano não financeiro visa gerar um "crescimento mais forte, sustentável e inclusivo, impulsionado pelo setor privado". Os principais objetivos incluem reforçar a sustentabilidade orçamental, restabelecer a solidez bancária e diversificar a economia, atualmente dependente de hidrocarbonetos, cuja produção diminuiu 56% desde 2008 e poderá cair mais 32% até 2029. • rtp.pt
ETIQUETAS
Um livro
Além da Memória. Autoria: Sebastian Barry. Tradução: José Mário Silva. Editora: Relógio d’Água, 2024. “A infelicidade e o seu oposto: Além da Memória, livro de Sebastian Barry. Traduzido à letra, o título seria qualquer coisa como “no velho tempo de Deus”, alusão ao modo como a Igreja Católica comandava não apenas a moral, mas a sociedade na Irlanda. Sebastian Barry, um dos autores irlandeses mais conceituados, pega no trauma que ficou e tenta perceber até que ponto ele afecta ou resiste na memória de quem o viveu.” Isabel Lucas
Um filme
Um Domingo Interminável. Realização: Alain Parroni. Actores: Enrico Bassetti, Federica Valentini, Zackary Delmas, Lars Rudolph. “Um Domingo Interminável: ao correr do tempo e nas cidades O espaço de Um Domingo Interminável está em perda iconográfica, é o resultado de uma composição de parcelas antagónicas, de campo e de cidade, que resultam num despaisamento que muito interessaria e interessou ao cinema de Michelangelo Antonioni na sua fase mais modernista, por exemplo.” Vasco Câmara
Uma exposição fotográfica
Fausto Giaccone - O Povo no Panteão. Panteão Nacional, Lisboa, até 25 de Agosto 2024 Exposição organizada pelo Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e pelo Panteão Nacional, por ocasião das Celebrações para os 50 Anos do 25 de Abril. A exposição é constituída por 56 fotografias realizadas por Fausto Giaccone no mês de agosto de 1975 no Alentejo. https://www.museusemonumentos.pt/pt/agenda/fausto-giaccone-o-povo-no-panteao
RELEMBRANDO
Não lemos todas as newsletters todos os dias, naturalmente… Podem ter-lhe escapado estes assuntos:
[1.92] 🇺🇸 Kamala Harris: a nova esperança Democrata para as presidenciais americanas. A cronologia do mês louco, que começa em 27 de junho com o debate falhado por Biden e termina em 23 de julho com o anúncio de Harris de que é candidata. Mas a tarefa de bater Trump é dificílima.
[1.91] 🇪🇺 Alívio: Ursula von der Leyen reeleita Presidente da Comissão Europeia. O sentimento é de alívio, tal como nas eleições europeias: a União ganhou mais cinco anos para respirar e resolver os problemas que têm feito crescer a fogueira populista e eurocética à direita.
[E.3] Três grupos com 40 partidos e 189 eurodeputados: como se (re)organiza a direita radical na União Europeia. Da direita para a extrema: 80 Conservadores, 84 Patriotas e 25 Soberanistas entram no Parlamento Europeu dispostos a aumentar o poder dos Estados. A Rússia é o assunto que os divide.