[1.130] 👮♂️ 🚫 Mais uma polémica: Ministra da Administração Interna sob fortes críticas
Agora foi o direito à greve nas polícias, com o Ministério a acorrer para contradizer a ministra Margarida Blasco. Vai em cinco pontos, a lista das polémicas da ministra mais controversa de Montenegro
Nesta edição:
Ministra da Administração Interna sob chuva de críticas na polémica do direito à greve nas polícias
Margarida Blasco: a ministra desastrada em cinco pontos
Linha dura: a nova líder Kemi Badenoch formou o gabinete-sombra dos Conservadores britânicos
Moldova reelege Maia Sandu presidente em votação que opôs a Europa à Rússia
O que significa a vitória de Maia Sandu? Os comentadores vêem um país preocupantemente dividido.
A batalha pelo Congresso dos Estados Unidos também está muito equilibrada
E um pacote de curtas, destacando-se a reunião promovida pelo chanceler alemão Olaf Scholz com os seus parceiros de coligação para evitar um colapso iminente
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ATUALIDADE
👮♂️ 🚫 Ministra da Administração Interna sob chuva de críticas na polémica do direito à greve nas polícias
A notícia - O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, criticou duramente a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, após uma série de declarações contraditórias sobre o direito à greve nas forças policiais. Durante o congresso da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), a ministra sugeriu que o tema poderia ser discutido nas negociações de janeiro, mas horas depois o ministério emitiu um comunicado negando essa possibilidade.
Pedro Nuno Santos responsabilizou diretamente o primeiro-ministro Luís Montenegro pela situação, argumentando que a escolha e manutenção de Blasco no cargo reflete a sua fracacapacidade de formar equipas. O líder socialista considerou que a ministra já demonstrou "inaptidão para as funções" em diversos momentos desde que assumiu o cargo.
Posição do PS sobre greves nas forças policiais - O Partido Socialista mantém uma atitude clara contra o direito à greve nas forças de segurança, considerando que esta não é compatível com a função de garantir a ordem pública.
Reação sindical - O presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, manifestou satisfação com a aparente abertura da ministra sobre o tema do direito à greve, uma reivindicação antiga dos sindicatos policiais.
Críticas à gestão ministerial - Pedro Nuno Santos enfatizou que a capacidade de comunicação é fundamental para um ministro, criticando especialmente a contradição entre as declarações iniciais e o posterior recuo do ministério, classificando a situação como "inaceitável" do ponto de vista governativo.
A ministra desastrada
Greve:
Margarida Blasco afirmou que o direito à greve nas polícias é "um ponto que pode estar e estará, com certeza, em cima da mesa".
Ministério da Administração Interna contradisse esta posição, esclarecendo que "a posição do Governo é clara: nesse diálogo pode ser discutida a representação laboral e os direitos sindicais. Mas não o direito à greve".
Incêndios:
Margarida Blasco afirmou que tentou "devolver a chamada" quando confrontada com a crítica da presidente da Câmara de Arouca sobre ter "o telemóvel desligado" durante os incêndios de setembro,
No entanto, mais tarde, justificou o seu silêncio durante a vaga de incêndios dizendo que quis evitar "intervenções desnecessárias" e que "as boas práticas" a isso aconselhavam.
Erro técnico grave:
Durante o incêndio da Madeira, a ministra demonstrou desconhecimento técnico ao confundir "orografia" com "urologia", um erro significativo para alguém em posição de liderança em situações de emergência.
Declarações inadequadas em contexto de crise:
No mesmo incêndio da Madeira, em vez de focar em aspetos técnicos ou operacionais, fez comentários superficiais como "é uma ilha lindíssima e as pessoas são muito boas", inadequados para o contexto de uma emergência.
Declaração controversa sobre forças de segurança:
Ao referir-se à "fruta podre" nas forças de segurança, utilizou uma metáfora que, embora pretendesse abordar casos problemáticos específicos, acabou por ser interpretada como uma generalização ofensiva, provocando reação negativa das organizações sindicais.
Fontes: publico.pt, jn.pt
👔 🗳️ Kemi Badenoch forma novo gabinete-sombra dos Conservadores britânicos
A notícia - A nova líder do Partido Conservador britânico, Kemi Badenoch, começou a formar o seu gabinete-sombra após vencer as eleições internas do partido contra Robert Jenrick. Entre as nomeações mais significativas, Dame Priti Patel foi escolhida como secretária dos Negócios Estrangeiros-sombra e Mel Stride como chanceler-sombra. Badenoch venceu a corrida à liderança com uma margem de 12.418 votos sobre Jenrick, prometendo formar uma equipa que inclua membros de todas as fações do partido.
A líder conservadora declarou aos funcionários da sede dos Conservadores que o partido poderia voltar ao governo num prazo de cinco anos, estabelecendo como primeiro desafio a reconquista de assentos nas eleições locais de maio próximo.
Principais nomeações - Laura Trott foi nomeada secretária da Educação-sombra, Neil O'Brien como ministro da Educação-sombra, e Dame Rebecca Harris como chief whip. Nigel Huddleston e Lord Dominic Johnson foram designados copresidentes do partido.
Tensões internas - Verifica-se uma aparente tensão entre Badenoch e Robert Jenrick, com fontes indicando que várias posições no gabinete-sombra permanecem por preencher devido a negociações em curso. Alguns veteranos do partido, incluindo James Cleverly, Jeremy Hunt e Oliver Dowden, já declinaram posições no novo gabinete.
Desafios estruturais - Com apenas 121 deputados conservadores disponíveis para fazer sombra ao atual governo trabalhista, o partido enfrenta desafios logísticos na formação completa do gabinete-sombra.
Os trunfos da nova líder. São as suas posições francas e duras que a tornaram popular nas bases conservadoras, da imigração ao multiculturalismo, do colonialismo ao discurso contra o wokismo.
Aprofundar: bbc.com, news.sky.com
Moldova reelege Maia Sandu presidente em votação que opôs a Europa à Rússia
A eleição apertada demonstra o caminho desafiador rumo à democracia ocidental para os antigos estados soviéticos.
Maia Sandu continuará como presidente da Moldova. Na segunda volta das eleições, realizada este domingo, a líder pró-Ocidente ficou cerca de dez pontos percentuais à frente do seu adversário pró-russo Alexandr Stoianoglo.
O voto no estrangeiro foi decisivo: no interior do país, Stoianoglo tinha conseguido mais votos que a sua rival (51,2% contra 48,8%); mas a elevada participação dos moldovos residentes no exterior terá dado a vitória a Sandu: com 80% dos votos apurados, obtinha mais de 81% dos apoios.
Com 97,9% dos votos apurados, Sandu conquistava 54,35% dos votos, contra 45,65% do candidato apoiado pelas formações pró-russas, Alexandru Stoianoglo.
A primeira volta realizou-se há duas semanas, em simultâneo com o referendo para decidir a adesão à União Europeia. O sim venceu com 50,46% dos votos, por uma diferença de apenas cerca de 10.500 boletins.
Por que é importante? As eleições deviam determinar se esta antiga república soviética, com 2,7 milhões de habitantes, continuava o seu rumo em direção à Europa — tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato à União Europeia em junho de 2022 — ou voltava a cair na órbita do Kremlin.
Aprofundar: apnews.com, cnnportugal.iol.pt, wsj.com
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O que significa a vitória de Maia Sandu?
Os comentadores vêem um país preocupantemente dividido.
🧐 Florin Negruțiu alerta para as diferenças preocupantes no comportamento eleitoral dentro do país. O autor considera que a maior vitória da Rússia na República da Moldova foi transmitir uma imagem de um país dividido e criar a impressão de uma guerra civil. Destaca o contraste chocante entre regiões como a Gagaúzia, onde Stoianoglo venceu com 97%, e a capital Chișinău e a diáspora, onde os eleitores apoiaram Maia Sandu e a Europa. • Republica (Roménia)
✍️ Laurențiu Pleșca enfatiza o papel crucial da diáspora no desenvolvimento da Moldova, através das remessas e investimentos em negócios locais. Sublinha que os votos da diáspora não podem ser comprados e têm frequentemente influenciado os resultados eleitorais a favor de reformas pró-europeias. • Agora (Moldova)
🕵️ Jean-Christophe Ploquin observa que esta votação demonstra como as esperanças de adesão à UE podem ser facilmente abaladas pela realidade de uma vida quotidiana difícil e pela manipulação de informação vinda de Moscovo. Adverte que a UE não deve ceder à resignação, pois o futuro das democracias continua a decidir-se nestas regiões fronteiriças distantes. • La Croix (França)
🗣 Vitalie Ciobanu, no serviço romeno da Deutsche Welle, critica a equipa de campanha de Sandu por não ter feito o suficiente para contrariar a narrativa russa de que "Maia Sandu significa guerra". Argumenta que não foram devidamente explicados os esforços do atual governo para manter a paz na República da Moldova. • Deutsche Welle (Roménia)
Relacionada
🇪🇺 O governo português felicitou Maia Sandu pela reeleição. Portugal compromete-se a apoiar a Moldova no seu caminho europeu. • 24.sapo.pt
A batalha pelo Congresso dos Estados Unidos também está muito renhida
Falta um dia para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, e a batalha pelo Congresso está tão renhida quanto a luta pela Casa Branca. Nos últimos quatro anos, os republicanos controlaram a Câmara dos Representantes, enquanto os democratas tiveram uma maioria mínima no Senado.
Todos os 435 assentos da Câmara dos Representantes estarão também em jogo esta terça-feira. E 34 senadores dos 100 da Câmara Alta buscam manter o seu lugar em Washington.
Mas a situação pode mudar:
As sondagens indicam que os democratas têm chances de conquistar a Câmara dos Representantes, cujo destino está nas mãos de um punhado de distritos na Califórnia, o estado mais populoso do país
E os republicanos podem manter o controle do Senado, se conseguirem vencer em Ohio, Pensilvânia, Montana, Texas e Michigan.
Uma disputa milionária. Estima-se que nas campanhas para a Câmara dos Representantes foram investidos 1.000 milhões de dólares, e outros 2.500 milhões para o Senado.
Uma das contendas mais caras deste ciclo teve lugar em Montana. O senador democrata John Tester procura a reeleição para um quinto mandato, mas as sondagens favorecem o candidato republicano Tim Sheehy, um empresário que se está a estrear na política. Ambos teriam gasto 260 milhões de dólares para garantir um assento num estado com apenas um milhão de habitantes.
Fontes: elpais.com, euronews.com
Portugal
👵 A MURPI exige aumento extraordinário das pensões em 2025. A confederação reivindica um acréscimo de 5% para todos os reformados e pensionistas, com um mínimo de 70 euros, destacando que 472 mil reformados sobrevivem atualmente com menos de 591 euros mensais. • rr.sapo.pt
🏛️ Pedro Nuno Santos critica decisão da Câmara de Loures sobre ameaça de despejo a inquilinos envolvidos em tumultos. O secretário-geral do PS condenou o voto favorável dos socialistas de Loures a uma moção do Chega, defendendo que nenhum senhorio, privado ou Estado, pode despejar cidadãos condenados. • publico.pt
🗣️ O líder parlamentar do BE criticou Ricardo Leão por fazer declarações alinhadas com a extrema-direita sobre despejos em Loures. Fabian Figueiredo afirmou que não se trata de uma "escorregadela isolada", citando outros casos como o despejo de 550 pessoas e posições sobre refeições escolares. • expresso.pt
União Europeia
👔 O primeiro-ministro francês Michel Barnier reuniu o seu governo para um seminário matinal com o objetivo de desenvolver propostas para os próximos três anos. O plano centra-se em duas datas cruciais: 2029 para o regresso da França aos padrões orçamentais europeus e 2027 para as próximas eleições presidenciais. • lemonde.fr
🌧️ O rei de Espanha destacou a necessidade de compreender a raiva expressa em Paiporta, após inundações devastadoras. As chuvas torrenciais causaram mais de 200 mortos e muitos desaparecidos. Felipe VI, acompanhado por Letizia, visitou o Centro de Emergência em Valência, sublinhando a importância de esperança e presença estatal para enfrentar a crise. • cnnportugal.iol.pt
🌊 Dez localidades nos subúrbios de Valência permanecem interditas após as inundações que causaram 213 mortes na semana passada. As autoridades prolongaram a proibição por 48 horas para facilitar o restabelecimento de serviços essenciais, mantendo as escolas fechadas e apelando ao teletrabalho. • cnnportugal.iol.pt
🇺🇦 A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, visitou Kiev para reafirmar o apoio europeu à Ucrânia antes das eleições nos EUA. A Alemanha, segundo maior fornecedor de armas para a Ucrânia, compromete-se a apoiar o país durante o inverno e na busca por uma paz justa, destacando a defesa da liberdade europeia. • newsweek.com
🇩🇪 O chanceler alemão Olaf Scholz vai reunir-se com os seus parceiros de coligação para evitar um colapso iminente. Um documento do ministro das Finanças, Christian Lindner, propõe cortes fiscais, desafiando o plano de investimento do ministro da Economia Verde, Robert Habeck, aumentando a tensão entre FDP, Verdes e SPD. • euractiv.com
Mundo
🇬🇼 O adiamento das eleições legislativas na Guiné-Bissau foi oficializado por decreto presidencial n.º 39 de 2024. O presidente Umaro Sissoco Embaló revogou o decreto anterior que marcava as eleições para 24 de novembro, após dissolver o parlamento em dezembro de 2023. O anúncio foi feito após reunião com o Ministério do Interior. • 24.sapo.pt
🇬🇧 O Reino Unido vai investir mais 75 milhões de libras para reforçar a segurança fronteiriça, totalizando 150 milhões nos próximos dois anos. Este anúncio antecede a Assembleia Geral da Interpol em Glasgow, onde o primeiro-ministro Keir Starmer destacará o combate ao tráfico humano e a cooperação internacional. • cnnportugal.iol.pt
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[1.127] Geórgia elege partido pró-Moscovo mas quer entrar para a União Europeia. O Sonho Georgiano venceu pela quarta vez. Tem maioria absoluta. Os resultados são contestados. Há manifestações. Irakli Kobakhidze mantém a intenção de entrar para a UE, mas a UE não está convencida.