[OP.1] Eleições nos EUA: esquerda e direita centradas em Trump
Colunistas à esquerda temem o auto-anunciado "ditador", enquanto a direita destaca a fragilidade de Harris e critica a imprensa.
Na semana que passou, os jornais portugueses publicaram 126 colunas de opinião. As análises dos colunistas centraram-se nos seguintes três temas, cujos factos vamos recordar, apresentando em seguida as opiniões dominantes à esquerda e à direita:
Eleições nos EUA: Trump favorito. A poucos dias das eleições presidenciais nos EUA, Donald Trump surge como favorito, com Kamala Harris a perder terreno em estados-chave.
Tumultos em Lisboa. A morte de Odair Moniz pela polícia gerou tumultos em bairros da Grande Lisboa, com reações extremadas do Chega e Bloco de Esquerda.
Orçamento do Estado para 2025 aprovado na generalidade. Como se previa, chegaram os votos a favor do PSD e CDS e a abstenção do PS.
👉 Este é o primeiro número de uma nova série VamoLáVer, que é identificada pela sigla Op, de opinião. O objetivo é recordar os temas recentes vistos pelos colunistas e descodificar as atitudes dominantes à esquerda e à direita, para melhorar a nossa dieta informativa.
A série Op está prevista para sair aos sábados, mas sempre que os acontecimentos o justifiquem poderei emitir noutro dia.
Por outro lado, é uma série de valor acrescentado, com o conteúdo integral reservado em exclusivo aos apoiantes. Os assinantes da newsletter regular terão um vislumbre parcial, como já se tornou tradicional neste formato.
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Eleições nos EUA: esquerda e direita centradas em Trump
Recordando as notícias:
A poucos dias das eleições presidenciais americanas de 5 de novembro, a disputa entre Donald Trump e Kamala Harris apresenta-se como uma das mais renhidas da história dos EUA.
As últimas sondagens mostram um empate técnico entre os candidatos, com 47% das intenções de voto para cada um, segundo dados da CNN e do New York Times.
A campanha concentra-se nos sete estados-chave que podem decidir a eleição: Arizona, Michigan, Wisconsin, Georgia, Carolina do Norte, Pensilvânia e Nevada.
A Pensilvânia emerge como estado crucial, com analistas estimando que sua conquista pode determinar o próximo ocupante da Casa Branca.
Harris tem procurado distanciar-se das políticas de Biden, especialmente em questões de imigração, enquanto Trump mantém sua base de apoio consolidada.
Os democratas apostam no apoio de celebridades como Beyoncé e Bruce Springsteen para mobilizar eleitores, particularmente os jovens, enquanto os republicanos contam com figuras como Elon Musk.
Estados como a Florida e a Georgia apresentam desafios particulares: no primeiro, os democratas lutam contra a desmobilização do eleitorado, enquanto o segundo enfrenta um clima de desconfiança no processo eleitoral, resultado das contestações de Trump à sua derrota em 2020.
Analistas políticos preveem que a vitória será decidida por uma margem mínima nos _swing states_, com especial atenção para a chamada _Blue Wall_ - Pensilvânia, Michigan e Wisconsin - que pode ser determinante para o resultado final..
Cronologia
13 outubro: Publicadas sondagens que indicam ligeira vantagem de Trump. As sondagens iniciais mostravam uma vantagem de Harris nos estados de batalha que começou a desvanecer, favorecendo Trump no colégio eleitoral
16 outubro: Kamala Harris dá primeira entrevista à Fox News e distancia-se de Biden. A candidata democrata tenta estabelecer uma identidade própria, separando-se das políticas do presidente em exercício, especialmente em questões de imigração
20 outubro: Campanhas intensificam-se nos estados-chave. Republicanos e democratas concentram esforços em sete estados considerados decisivos: Arizona, Michigan, Wisconsin, Georgia, Carolina do Norte, Pensilvânia e Nevada
25 outubro: Celebridades entram na campanha eleitoral. Democratas mobilizam figuras como Beyoncé e Bruce Springsteen, enquanto republicanos contam com apoio de Elon Musk e outros conservadores
26 outubro: Sondagens revelam empate técnico entre candidatos. CNN e New York Times divulgam sondagens mostrando 47% de apoio para ambos os candidatos
27 outubro: Democratas lutam contra desmobilização na Florida. Partido Democrata enfrenta dificuldades de mobilização em estado tradicionalmente republicano
28 outubro: Georgia enfrenta clima de desconfiança eleitoral. O estado, crucial na derrota de Trump em 2020, mantém ambiente tenso devido às contestações anteriores dos resultados eleitorais
1 novembro: Analistas prevêem decisão por margem mínima nos swing states. Especialistas indicam que a Pensilvânia pode ser determinante, com probabilidade de 85-90% de vitória para quem vencer este estado
Como a esquerda trata o assunto
Kamala Harris perde terreno nas sondagens para Donald Trump, numa dinâmica que se assemelha mais a 2016 do que a 2020
O discurso populista e extremista de Trump continua a ganhar tração junto do eleitorado, apesar das suas posições controversas
A disputa eleitoral concentra-se em estados-chave específicos, com especial atenção para a Blue Wall
🖋️ Germano Almeida: "Donald Trump ganhou em 2016 com plataforma ultranacionalista, antiglobalista, antimultilateralista, populista e identitária. Apelou ao sentimento de receio de perda de poder por parte da maioria branca em regressão, perante a ascensão das diferentes minorias." • Diário de Notícias
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