Apresentando Vamoláver
Com Vamoláver, que também pode ser grafado VamoLáVer, o propósito é tratar a política a sério.
Esta newsletter procura sintetizar os mais significativos eventos da semana.
O nome
O nome é óbvio: 99% dos comentadores de política e dos políticos começam as suas intervenções por alguma abreviatura ou corruptela da expressão “vamos lá ver” — e em casos raros, mas já vistos, pela própria expressão. O formato cunhado pelo próprio Primeiro Ministro português ainda comentador, “vamláver” ou mesmo “amláver” nos seus melhores momentos, foi preterido por ser algo esotérico, adotando-se assim uma expressão, esperamos, mais comum.
O âmbito
O âmbito é mais simples de descrever do que de prosseguir: a política da União Europeia é a primeira prioridade, a segunda prioridade é a política nacional, a terceira prioridade é a política no continente do século XXI, África, e a quarta prioridade é a política regional.
A periodicidade
Nesta fase de arranque podes esperar receber VamoLáVer uma vez por semana, talvez duas, três em circunstâncias especiais, e pode até suceder uma semana sem newsletter.
É objetivo assegurar as condições para estabilizar em duas a três edições por semana da newsletter principal, editada, que é esta, e proporcionar subscrições diárias de newsletters secundárias com noticiário relevante e filtrado por uma IA em treinamento.
A ambição
É uma tristeza partilhada por alguns cidadãos que a discussão pública sobre a política tenha vindo a reduzir-se a uma gritaria generalizada e polarizada que ecoa tanto nas redes sociais como na comunicação social. Gritaria em que promoções de ego rivalizam com a clubite partidária, perdendo-se no mar agitado do clickbait e da propaganda para descambar no cenário lamentável de imediatismo e radicalização que suja a democracia e em última instância a compromete.
A ambição do projeto Vamoláver é sair dessa asfixia e, focando os esforços na análise dos acontecimentos, valorizar o debate público com um contributo socialmente responsável que procura os consensos com que se constrói a democracia.
Os instrumentos
Vamoláver espraia-se por um conjunto de espaços de comunicação, cada qual com as suas vantagens, cada qual preferido pelos participantes.
Esses espaços são o e-mail (com esta newsletter) e os canais (a seu tempo anunciados) nas aplicações Discord e Telegram.
Aquilo a que hoje chamamos Inteligência Artificial tem um contributo secundário mas importante, ajudando a recolher e seleccionar a informação e também a filtrá-la e a ajustá-la às necessidades ocasionais de cada membro, que poderá usá-la se e quando quiser para tarefas específicas. (Mais sobre este instrumento mais tarde.)
Em resumo
Tratar a política a sério é tratar as pessoas, as instituições e sobretudo os assuntos com a seriedade que lhes reconhecemos devida e isso não exclui nem o humor nem a competência crítica nem a modernidade técnica, mas exclui a intolerância, o fanatismo e a polarização.
A direção
A ideia e a sua execução prática até às primeiras semanas de Vamoláver foi minha, olá, o meu nome é Paulo Querido, fui jornalista demasiadas décadas e programador informático uns bons oito anos, além de experimentalista (prefiro a “empreendedor”, um termo muito sujo nos dias que correm) na Internet com projetos desde o tempo da CompuServe (década de 1980) às BBS (anos 1990) até aos bots (2016 no jornal Público) passando pelo glorioso tempo da blogosfera (weblog.com.pt em 2004 e seguintes). Também apareço como autor em meia dúzia de livros e abrilhantei, sempre graciosamente, uma dúzia ou duas de noticiários e programas de televisão.
Sei para onde quero dirigir o projeto Vamoláver. O que não sei é se ele chega lá. Isso agora depende de si.