[2.81] 💰 📊 Sim, ò sim: entendimento entre PSD e Chega faz aprovar redução do IRS
PS absteve-se nesta proposta e na criação da unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP. PSD e CH mais unidos que nunca.
💰 📊 Parlamento aprova redução do IRS com apoio da direita e entendimento entre PSD e Chega
🎭🗣️ O PS ficou hoje livre e tornou-se o líder da oposição (nota do editor)
🏛️ 📋 Montenegro fez múltiplos pedidos de oposição à transparência além da lista de clientes
🇪🇺 🇺🇸 União Europeia pondera acordo comercial provisório com tarifas de 10% com os Estados Unidos
🚁 ☎️ Rússia lança o maior ataque aéreo desde o início da guerra e Trump fala com Putin e Zelensky
💸📉 Trump consegue aprovar grande reforma fiscal que multiplica o défice e penaliza os mais pobres
🛠️🎭 Usando as ferramentas do populismo contra o populismo
E a fechar um conjunto de curtas, com destaque para o possível entendimento entre as extremas direita e esquerda da Alemanha e um novo partido de esquerda no Reino Unido pela mão de Jeremy Corbin.
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ATUALIDADE
💰 📊 Parlamento aprova redução do IRS com apoio da direita e entendimento entre PSD e Chega
O Parlamento aprovou esta sexta-feira a proposta do Governo para reduzir as taxas de IRS nos primeiros oito escalões, uma medida que entrará em vigor já em agosto. A aprovação contou com os votos favoráveis da direita, a abstenção do PS e a oposição da esquerda, que criticou o facto de a redução beneficiar mais os contribuintes com rendimentos mais elevados.
Como ficam as taxas? A redução varia conforme o escalão:
1.º ao 3.º escalões: redução de 0,5 pontos percentuais
4.º ao 6.º escalões: redução de 0,6 pontos percentuais
7.º e 8.º escalões: redução de 0,4 pontos percentuais
O entendimento PSD-Chega: Hugo Soares confirmou que o PSD vai propor na especialidade a redução do IRS "nos escalões que o Chega propôs", materializando o acordo anunciado por André Ventura após reunião com o primeiro-ministro. O Chega retirou as suas alterações após as negociações.
Críticas da oposição: A esquerda acusou o Governo de beneficiar mais os contribuintes com rendimentos elevados. António Mendonça Mendes (PS) lamentou que a redução seja "mais favorável para nós deputados do que para um professor" e alertou para possíveis "sacrifícios" futuros. O PS absteve-se porque não quis "obstaculizar" a medida.
Impacto: Segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, cerca de três milhões de famílias ficarão em melhor situação. A medida antecipa em um ano a promessa eleitoral de reduzir a receita fiscal em IRS em 500 milhões de euros.
Fonte: expresso.pt
Relacionada
🏛️ O Parlamento aprovou a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, com voto favorável do Chega e abstenção do PS. Os vistos gold foram chumbados. O Governo quer mantém-se a jogar nos dois tabuleiros, aproximando-se do Chega mas deixando o PS em jogo. • publico.pt
NOTA DO EDITOR
🎭🗣️ O PS ficou hoje livre e tornou-se o líder da oposição
A semana fecha com a conclusão mais esperada desde a noite eleitoral de 18 de maio: o “não é não” de Montenegro deu lugar ao “sim ò sim!” do Luís. A espetacular cedência, para não dizer abraço, do Governo Montenegro II à agenda da extrema-direita imposta pelo CH — com toda a ênfase, até ao delírio, no Grande, Lindo Problema De Portugal que é a imigração —, foi apenas o topping de açúcar televisivo: a descida do IRS aprovada graças à extrema-direita, com a teatralidade da percentagem adicional da redução ao quinto escalão ser adiada para o Orçamento de Estado de 2026 (uma espécie de garantia de fidelidade entre os dois “pombinhos”), é o prato principal dessa união informal e mal dissimulada entre PSD e CH.
Repito: não é nada que não estivesse à espera desde as eleições. Era óbvio, para quem não se fique pela retórica da propaganda partidária, que o PSD não iria enjeitar a oportunidade histórica, do género once in a lifetime, de governar à direita sem baias nem limites nem rebuço. Entre isso e manter alguma ligação ao centro-esquerda, não havia por onde hesitar. Nunca a esquerda foi tão fraca no Parlamento, o líder do PSD que neste cenário fizesse uma ponte com o PS seria amaldiçoado para a eternidade e a sua fotografia não duraria muito na galeria dos presidentes do partido.
Falta a Montenegro o que sobrava a Costa: a coragem de assumir as coisas. Costa assumiu — frontalmente — as despesas do acordo de incidência parlamentar com os partidos à sua esquerda; Montenegro aldraba o país, fingindo que mantém a palavra dada nas eleições anteriores (e que verdadeiramente não tinha de manter nas eleições seguintes, fê-lo por deselegância, ou má fé, ou ambas) e fingindo, para a fotografia, que mantém os canais abertos tanto para o CH como para o PS.
Não sabemos nada sobre o acordo entre PSD e CH, apenas vemos que ele existe. Todos os dias vemos e ouvimos que ele existe.
Esta artificialidade do Governo Montenegro II é um sinal da sua atitude de embuste. Governar à direita não é crime, não é falta de ética, é uma decisão legítima em democracia. Em nome da alternância democrática, quem vai para a oposição aceita que o país vai estar um tempo a ser dirigido no caminho contrário ao seu.
Deixar o Luís trabalhar, está certo; deixar o Luís aldrabar, não está certo.
Isto tudo para dizer o quê?
Que o PS tem o caminho livre para fazer o que fazem os partidos de governo quando estão fora dele: oporem-se, com a lealdade democrática inerente.
José Luís Carneiro não deve nada a Luís Montenegro; o PS foi libertado hoje de qualquer espécie de compromisso com o PSD para a governação. A direção do PS só tem, a partir de hoje, dois compromissos: com o país em primeiro lugar e com os socialistas em segundo.
Em nome de ambos os compromissos, deve evitar crises políticas em situações institucionais de rotura, como a que decorreria da não aprovação do Orçamento de Estado para 2026.
Mais nada.
Não pode o país esperar que o PS apoie ou contribua para uma governação nos antípodas do seu programa e das expetativas dos seus eleitores. Pode esperar que o PS faça oposição firme e sobretudo coerente (leia como uma bicada à direção anterior, não me importo), enquanto reconstrói a ligação às pessoas e elabora um programa alternativo para, quando houver eleições para disputar, mostrar ao país que se pode governar bem. Não é melhor, isso é pouco, é insuficiente: é governar bem. Deixar inequivocamente claro que este governo governa mal, para mostrar que tem um plano para governar bem; “melhor” é um eufemismo de salão e os tempos duros que vivemos dispensam tanta boa educação entre pares. Da habitação à saúde, passando pelas finanças e pelo desenvolvimento económico-social, governar bem com um projeto de futuro para este membro da União Europeia.
O PS ficou hoje livre. E mais: tornou-se o líder da oposição. A pantomina de André Ventura ficou sem palco a partir do momento em que foi metido no bolso de Leitão Amaro.
Espero que Carneiro não caia nas esparrelas que Montenegro irá inevitavelmente encenar para fingir um centrismo que nunca teve nem quis ter. Não é ouvir com um pé atrás: é com 1.442.194 pés atrás.
🏛️ 📋 Montenegro fez múltiplos pedidos de oposição à transparência além da lista de clientes
A Entidade para a Transparência (EpT) confirmou que o primeiro-ministro Luís Montenegro apresentou vários pedidos de oposição ao acesso à sua declaração de rendimentos e interesses, para além do que visa impedir a divulgação da lista de clientes da Spinumviva.
O que sabemos:
A EpT confirma a existência de "outros pedidos de oposição" com objetos distintos
A entidade está "legalmente impedida" de dar mais esclarecimentos sobre estes pedidos adicionais
Os pedidos estão em "curso de apreciação"
A contradição:
São Bento tinha dito que o pedido de oposição se referia apenas às questões do recurso no Tribunal Constitucional
O gabinete do primeiro-ministro não respondeu quando confrontado com esta contradição
Hugo Soares (PSD) defendeu que a EpT está a extrapolar as suas competências
Próximos passos:
O Tribunal Constitucional decidirá sobre a validade dos pedidos de Montenegro
Até 15 de janeiro devem ser conhecidas as conclusões da averiguação preventiva do Ministério Público ao caso Spinumviva
O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, garantiu que será aberto inquérito se houver fundamento
Fonte: publico.pt
🇪🇺 🇺🇸 União Europeia pondera acordo comercial provisório com tarifas de 10% com os Estados Unidos
A União Europeia está a considerar um acordo comercial provisório com os Estados Unidos que manteria uma tarifa de 10% sobre a maioria das exportações europeias. Esta proposta surge após uma ronda crucial de negociações em Washington, onde o comissário do Comércio, Maroš Šefčovič, tentou evitar a ameaça de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos europeus a partir de 9 de julho.
O que está em cima da mesa:
Tarifa base de 10% sobre a maioria dos produtos europeus
Conversações continuariam para dar alívio a setores específicos como automóveis
Possibilidade de redução tarifária posterior para alguns setores
Divisões internas na UE:
A favor de um acordo rápido: Alemanha, que pressiona por tarifas mais baixas para as suas principais indústrias exportadoras
Contra um acordo "esquelético": França, Espanha, Itália e Dinamarca defendem um acordo mais equilibrado e abrangente
Próximos passos: A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá consultar individualmente os líderes da UE durante o fim de semana para decidir o caminho a seguir. Trump estava previsto consultar os seus conselheiros na segunda-feira, pelo que um anúncio formal só chegaria mais tarde.
Contexto: O acordo proposto espelha o modelo já estabelecido pelo Reino Unido com Washington, que mantém uma tarifa base mas isenta exportações de automóveis e aço enquanto as negociações para um acordo mais amplo continuam.
Fonte: politico.eu
🚁 ☎️ Rússia lança o maior ataque aéreo desde o início da guerra e Trump fala com Putin e Zelensky
A Rússia lançou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão há mais de três anos, bombardeando Kiev durante sete horas com 550 drones e mísseis. O ataque matou uma pessoa e feriu pelo menos 26, incluindo uma criança, causando danos severos em vários distritos da capital ucraniana.
Conversas diplomáticas intensas Horas após o bombardeamento, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky teve uma conversa telefónica "muito importante e produtiva" com Donald Trump. Os dois líderes discutiram:
O reforço das defesas aéreas ucranianas
Possível produção conjunta de armas entre os EUA e a Ucrânia
Esforços mais amplos liderados pelos EUA para acabar com a guerra
Trump dececionado com Putin Trump também falou com Vladimir Putin no mesmo dia, mas admitiu não ter feito "nenhum progresso" nas negociações para acabar com o conflito. O presidente americano disse estar "muito dececionado" com a conversa, considerando que Putin "não está interessado em parar" os combates.
Contexto preocupante O ataque ocorre num momento em que os EUA pausaram algumas remessas de ajuda militar à Ucrânia, incluindo mísseis de defesa aérea cruciais. A Rússia tem intensificado os ataques de longo alcance contra cidades ucranianas, coincidindo com uma ofensiva concentrada para romper partes da linha da frente de cerca de mil quilómetros, onde as tropas ucranianas estão sob severa pressão.
Fonte: apnews.com
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✈️ A União Europeia criticou fortemente a Rússia após ataques aéreos em Kiev que resultaram em um morto e 26 feridos. A porta-voz Anitta Hipper destacou que foram utilizados mais de 500 mísseis e drones, evidenciando a falta de interesse de Moscovo em um cessar-fogo. O presidente Zelenski classificou os ataques como um dos maiores desde o início da invasão. • europapress.es
🇺🇸 Trump falou com Zelensky na sexta-feira enquanto Washington suspendia o envio de mísseis Patriot e outras munições para a Ucrânia. Trump disse estar "muito desapontado" após telefonema com Putin na quinta-feira, com o líder russo a recusar fazer concessões. • theguardian.com
🇷🇺 O Kremlin considera impossível alcançar a paz na Ucrânia por via diplomática, continuando a ofensiva militar. Putin informou Trump sobre datas por concretizar para uma terceira reunião entre Rússia e Ucrânia, seguindo as conversações de Istambul. • europapress.es
💸📉 Trump consegue aprovar grande reforma fiscal que multiplica o défice e penaliza os mais pobres
A Câmara dos Representantes dos EUA deu luz verde esta quinta-feira a uma das reformas fiscais mais polémicas dos últimos tempos: a One Big, Beautiful Bill (BBB), uma lei com quase mil páginas promovida por Donald Trump que reduz os impostos dos mais ricos, penaliza os mais pobres e desmantela grande parte do escudo social norte-americano.
O que é, exatamente?
Uma reforma fiscal avaliada em 4,5 biliões de dólares, que inclui:
Cortes massivos de impostos para os rendimentos mais elevados;
Redução de apoios sociais como o Medicaid ou o programa SNAP (o atual sistema de distribuição de vales para alimentos);
Aumento da despesa militar e nas fronteiras, cumprindo algumas das principais promessas de campanha de Trump;
Um aceno simbólico à classe trabalhadora, com medidas como a isenção de impostos sobre gorjetas.
Uma lei aprovada à pressa: a norma foi votada sem que muitos congressistas tivessem tido tempo real para ler as suas 940 páginas, depois das alterações introduzidas no Senado.
O objetivo: cumprir o prazo imposto por Trump para ter o texto pronto para assinatura a 4 de Julho.
Um impacto brutal no défice: segundo o Gabinete de Orçamento do Congresso, a lei acrescentará 3,3 biliões de dólares ao défice dos EUA, atingindo valores recorde no pós-pandemia.
Aprofundar: El País
🛠️🎭 Usando as ferramentas do populismo contra o populismo
Em artigo para o Project Syndicate, Mariana Mazzucato e Rainer Kattel defendem que os governos democráticos estão a falhar em compreender as novas dinâmicas da legitimidade política num ambiente mediático emocional e fragmentado. Para combater eficazmente o populismo de extrema-direita, não basta governar bem: é necessário fazê-lo de forma visível, rápida e politicamente significativa. Reformar, hoje, exige também performatividade.
Os autores criticam a persistência em métodos e suposições herdadas de uma era passada — como a crença de que a mudança comportamental será recompensada politicamente ou que o debate racional prevalecerá sobre as "factos alternativos". O exemplo do chanceler alemão Friedrich Merz, que flexibilizou as regras orçamentais para financiar infraestruturas e defesa mesmo antes de tomar posse, revela como a vontade política pode mobilizar recursos quando há urgência — algo de que a política progressista deveria tirar lições.
Para Mazzucato e Kattel, os progressistas enfrentam uma escolha: limitar-se à construção de “mais coisas” ou reformar profundamente as instituições que as proporcionam. A segunda via, embora mais exigente, é a única que pode sustentar uma transformação duradoura e memorável. Contudo, os governos carecem frequentemente da capacidade de entregar resultados tangíveis a curto prazo. Os planos de reforma são demasiado burocráticos e os reflexos políticos atrofiados.
Assim, urge investir em administrações públicas criativas e ágeis, com capacidade de ação e comunicação eficaz em contextos de desconfiança e ciclos de atenção curtos. Os autores recomendam uma abordagem local, onde a legitimidade é mais facilmente cultivada e os efeitos das políticas se tornam palpáveis — como empregos verdes, habitação acessível ou cuidados de saúde preventivos — no espaço de um mandato autárquico.
Modelos como o Government Digital Service do Reino Unido e o Civic Service Design Studio de Nova Iorque demonstram o potencial de equipas interdisciplinares fora dos silos tradicionais para renovar o serviço público e reconstruir a confiança cidadã. Esta agilidade é crucial para enfrentar desafios como as alterações climáticas, que devem ser tratadas não só como questão ambiental, mas como estratégia de segurança nacional e económica.
Por fim, os autores sublinham a necessidade de uma mudança intelectual profunda no modo como os governos pensam a economia, a governação e a criação de valor. Métricas como o PIB ou a análise custo-benefício já não servem. O progresso exige eficiência dinâmica — a capacidade de adaptar, aprender e transformar — e uma governação que combine estratégia com simbolismo, narrativa e emoção. Só assim a democracia poderá rivalizar com a teatralidade eficaz da extrema-direita e renovar a sua legitimidade.
Condensado de Turning Populism's Tools Against Populism Democratically committed governments everywhere are failing to appreciate how political legitimacy is established in today's fractured, emotionally driven media and political environment. To counter the populist far right, they must both perform and be more "performative" in doing so. Por Mariana Mazzucato e Rainer Kattel, no Project Syndicate
Portugal
💼 Apenas 20% das empresas portuguesas cumprem prazos de pagamento aos fornecedores. Portugal afasta-se da média europeia, onde 49% das empresas cumprem prazos. Há 43 mil empresas em risco de atrasos significativos nos próximos 12 meses. • expresso.pt
🏥 Auditoria ao hospital São José não confirma turismo de saúde. Em 2024, foram assistidas 13.238 pessoas estrangeiras nas urgências, comparado com 12.179 em 2023. O inspector-geral Carlos Carapeto atribui o aumento ao crescimento do turismo, não a fraude ao SNS. • publico.pt
🏠 Portugal registou o maior aumento de preços das casas na UE no primeiro trimestre de 2025, com uma subida de 16,3%. A média da UE foi de 5,7%, enquanto apenas a Finlândia registou uma quebra (-1,9%). Em 15 anos, os preços portugueses mais do que duplicaram (+130%). • expresso.pt
União Europeia
🇵🇱 O primeiro-ministro polaco Donald Tusk advertiu patrulhas nacionalistas na fronteira alemã para cessarem a atividade, que é ilegal. Varsóvia reinstaurou controlos fronteiriços com a Alemanha e Lituânia a partir de 7 de julho. As tensões aumentam após a derrota eleitoral de Tusk e pressões na sua coligação governamental. • politico.eu
⚖️ Pedro Sánchez anunciou esta sexta-feira que alterará o Código Ético do PSOE para expulsar clientes de prostituição. A medida visa aplacar o escândalo de corrupção que envolve dois ex-secretários de Organização, Santos Cerdán e José Luis Ábalos. A reforma introduzirá um novo parágrafo no artigo 4.5, considerando a prostituição incompatível com a militância socialista. • elmundo.es
🇪🇸 O XXI Congresso do PP elegeu Feijóo novamente. Com mais de 3.200 delegados, o encontro visa exibir unidade e força, enquanto o PSOE enfrenta crises internas. O novo secretário-geral é Miguel Tellado, e as duas moções discutidas receberam 1.115 emendas, com foco em estatutos e política. • europapress.es
🇩🇪 Sahra Wagenknecht admite conversas com a extrema-direita alemã. A líder da Aliança Sahra Wagenknecht disse estar aberta a dialogar com o AfD, classificado como "extremista" pelos serviços de inteligência alemães em maio. Os partidos mainstream alemães recusam cooperar com o AfD a nível nacional. • euractiv.com
🇦🇫 O ministro do Interior alemão Alexander Dobrindt defende negociações diretas com os talibãs para retomar deportações de criminosos. Em 2024, a Alemanha deportou excecionalmente 28 condenados para Cabul, coordenando através do Catar. Dobrindt critica a dependência atual de terceiros como insustentável. • euractiv.com
🇦🇫 A União Europeia criticou o reconhecimento da Rússia ao regime talibã no Afeganistão, considerando que este passo "prejudica" os esforços internacionais. A Rússia tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer o Emirato Islâmico do Afeganistão após receber as credenciais do novo embaixador em Moscovo. • europapress.es
🇪🇺 O Parlamento Europeu propõe acabar com as importações de gás russo até 2026, um ano antes do previsto. Ville Niinistö, o eurodeputado responsável, defende a inclusão do petróleo na proibição, enquanto a proposta enfrenta resistência de países como a Hungria e a Eslováquia, que dependem fortemente da energia russa. • politico.eu
🇨🇳 A China impôs tarifas de até 34,9% sobre conhaque da UE por cinco anos, começando em 5 de julho. Esta medida retaliadora responde às tarifas europeias sobre veículos elétricos chineses. Grandes produtores de Cognac que já aumentaram preços ficam isentos. • euractiv.com
🇪🇺 A Moldávia procura acelerar a sua adesão à UE, na sequência das ameaças de veto da Hungria à candidatura da Ucrânia. O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán alega que 95% dos eleitores se opõem à adesão ucraniana, baseando-se num referendo com participação historicamente baixa. A UE recusa-se a desacoplar as candidaturas moldava e ucraniana. • politico.eu
Mundo
🏛️ Jeremy Corbyn anuncia novo partido de esquerda independente com a ex-deputada trabalhista Zarah Sultana. O deputado de Islington North disse que "uma mudança real está a chegar" e que "as discussões estão em curso". Sultana teve a disciplina partidária suspensa no ano passado. • standard.co.uk
🇧🇾 Alexandre Lukashenko apela a Donald Trump para normalizar as relações entre a Bielorrússia e os Estados Unidos. O líder bielorrusso, no poder desde 1994, enviou um telegrama ao presidente americano lamentando o desvio da cooperação positiva. Lukashenko espera restabelecer contactos interestatais e projetos de cooperação mutuamente vantajosos. • lemonde.fr
🇺🇸 O general Alexus G. Grynkewich assumiu como novo Comandante Supremo Aliado da NATO (SACEUR), substituindo Christopher Cavoli no cargo desde 2022. O secretário-geral Mark Rutte destacou o "profundo conhecimento" do novo comandante sobre as ameaças enfrentadas pela aliança. • europapress.es
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Turning Populism's Tools Against Populism Democratically committed governments everywhere are failing to appreciate how political legitimacy is established in today's fractured, emotionally driven media and political environment. To counter the populist far right, they must both perform and be more "performative" in doing so. Por Mariana Mazzucato e Rainer Kattel, no Project Syndicate
Meu caro, não concordo contigo.
Se é verdade que existe um apoio do Chega ao PSD, ainda não é claro que exista um acordo. Para já é uma bela jogada do Ventura que aparece como grande estadista e fautor desta triste lei da nacionalidade, encapotada de redução de IRS. Foi ele que provocou o encontro com o Montenegro, foi ele que deu a entender que aceitava a lei por Portugal e foi ele que anunciou o acordo.
Vamos ver como isto continua. Estou para ver a reação do CDS se se tratar de um acordo.
Mas mesmo supondo que sim, que é verdade, que o acordo existe, achar que o PS tem o caminho livre para ser a oposição, faz colocar a pergunta: para quê?
Carneiro alguma vez é o homem certo? Só a brincar! Pode haver sempre uma surpresa, mas no caso dele seria mesmo uma grande surpresa.
Vamos ainda supôr que sim, que o Carneiro é combativo. Vai dar que luta e onde, no SNS, na Educação, na Habitação, tudo rabos de palha que o PS deixou. Ou vai bradar aos céus que vem aí o fascismo. Mesmo que seja verdade acha que isso dá votos? E se der, quando a rapaziada for votar, em quem é que acha que o pessoal vota para fazer frente ao Ventura?
Já para não dizer que se houver o tal acordo, Montenegro e Ventura, principalmente este, comem o Carneiro de cebolada.
Aliás este é mais um facto de que não existe acordo nenhum. O Montenegro e não só, todo o PSD, sabe que no dia que fizer acordos com o Ventura, este enterra-os sem dó nem piedade.
Para mim, o apoio do Ventura é apenas investimento no futuro.
E finalmente o Costa. Pois o Costa é muito bom a mexer os cordelinhos em seu favor, não para o partido e muito menos para os portugueses. Convém não esquecer que estamos nesta situação por culpa exclusiva dele.
Foi uma dó de alma assistir hoje ao debate, com o Chega e a AD a baterem no PS e este a balbuciar. E porquê? Porque o senhor Costa fez a linda merda que fez com a imigração, SEF e companhia.
Não entendo, por isso, o seu optimismo.
Mas isto sou eu que sou pessimista.