[2.69] 🤝 🏛️ José Luís Carneiro propõe cinco pactos de regime ao Governo
O candidato à liderança do PS apresenta este sábado as suas propostas, que mostram uma estratégia clara de criar consensos com o PSD
Nesta edição:
🤝 🏛️ José Luís Carneiro propõe cinco pactos de regime ao Governo
📉💰 Banco de Portugal revê crescimento em baixa e prevê regresso aos défices
🇩🇪 🤝 Merz encontra-se com Trump e garante que EUA mantêm compromisso com a NATO
🤝💥 Trump e Musk terminam aliança em confronto público espetacular
🇪🇺 ⚖️ União Europeia considera penalizar Israel devido à ofensiva em Gaza
🏛️ 🇨🇳 Von der Leyen recusa acelerar revisão do registo de lobbying da UE após escândalo da Huawei
🧭⚖️ O problema dos Democratas é maior do que se pensa (e as esquerdas europeias sofrem do mesmo)
🏛️🤝 Cidadãos Por Lisboa propõem coligação de esquerda para autárquicas
🏛️🔥 Em Espanha, choque frontal na Conferência dos Presidentes: barões do PP pedem eleições, Sánchez recusa
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🤝 🏛️ José Luís Carneiro propõe cinco pactos de regime a Montenegro
O ex-ministro socialista José Luís Carneiro apresenta este sábado a sua candidatura à liderança do PS com uma estratégia clara: criar consensos democráticos com o PSD em cinco áreas de soberania. O antigo ministro da Administração Interna quer "repensar o PS e a sua relação com o país" e acena a Luís Montenegro com propostas de pactos nas áreas da política externa, Defesa, Segurança, Justiça e organização do Estado.
As cinco áreas de consenso propostas:
Política externa e europeia - Reforçar a posição de Portugal na União Europeia
Defesa - Criar uma "iniciativa estratégica do Estado" para que os investimentos militares impulsionem o desenvolvimento económico e tecnológico
Segurança - Garantir polícia de proximidade e patrulhamento eficaz
Justiça - Promover um "Compromisso para a Justiça" com todos os agentes do setor
Organização do Estado - Descentralizar a Administração central
Reforma eleitoral autárquica em destaque
Carneiro, que foi autarca em Baião durante 12 anos, propõe uma reforma da lei eleitoral das câmaras municipais para reforçar o "parlamentarismo" municipal e garantir "executivos mais funcionais". Esta medida visa evitar bloqueios das oposições, especialmente numa altura em que a subida do Chega pode complicar a formação de executivos autárquicos.
Outras propostas-chave:
Rejeição da privatização da saúde e da mercantilização das pensões
"Grande Pacto Nacional para a Habitação"
Reforço dos meios das forças de segurança e proteção civil
Melhoria da capacidade de acolhimento de trabalhadores migrantes
O candidato deixa claro que a revisão constitucional "não é uma prioridade" para o PS, mas desafia Montenegro a escolher entre acordos com os socialistas ou com o Chega.
Aprofundar: expresso.pt, 24.sapo.pt
📉💰 Banco de Portugal revê crescimento em baixa e prevê regresso aos défices
A notícia - O Banco de Portugal reviu drasticamente em baixa as suas previsões de crescimento económico para 2025, de 2,3% para 1,6%, após a contracção inesperada de 0,5% no primeiro trimestre. Esta revisão coloca as estimativas do banco central 0,8 pontos percentuais abaixo das previsões oficiais do Governo de Joaquim Miranda Sarmento, que mantém a expectativa de crescimento de 2,4%. O governador Mário Centeno admitiu que a contracção do primeiro trimestre "não foi antecipada" nas previsões anteriores de março.
As divergências entre o Banco de Portugal e o Executivo estendem-se também às contas públicas. Enquanto o ministro das Finanças Miranda Sarmento projecta um excedente de 0,3% do PIB para 2025, Mário Centeno antecipa já um pequeno défice de 0,1%. Para 2026, as diferenças acentuam-se: o Governo espera ainda um excedente ligeiro, mas o banco central prevê um défice de 1,3% do PIB, situação que se mantém quase inalterada em 2027 com 0,9%.
Recuperação gradual esperada - Apesar da contracção no primeiro trimestre, o Banco de Portugal espera uma recuperação progressiva da economia ao longo do ano, com variações positivas de 0,4% no segundo trimestre e 0,6% no terceiro e quarto trimestres. Para 2026, a instituição mostra-se optimista, prevendo um crescimento de 2,2% graças à execução mais intensa do Plano de Recuperação e Resiliência.
Impacto do PRR nas contas - A utilização dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência terá um impacto negativo significativo no saldo orçamental, particularmente em 2026, com um efeito de 0,9 pontos percentuais. Este factor, combinado com as medidas do Orçamento do Estado 2025, que têm um impacto negativo de 0,6 pontos percentuais, explica parte do pessimismo do banco central relativamente às finanças públicas.
Dívida pública em trajectória descendente - Apesar das previsões de défices, há uma nota positiva: o rácio da dívida pública no PIB deverá continuar a descer, permitindo que em 2026 este indicador fique, pela primeira vez, abaixo da média da zona euro. Esta evolução representa um marco importante para as finanças públicas portuguesas, mesmo num contexto de deterioração do saldo orçamental.
Fonte: publico.pt
🇩🇪 🤝 Merz encontra-se com Trump e garante que EUA mantêm compromisso com a NATO
O chanceler alemão Friedrich Merz reuniu-se com Donald Trump na Casa Branca e descreveu o encontro como "construtivo mas franco". Apesar das diferenças sobre a Ucrânia, Merz saiu confiante de que Washington mantém o seu compromisso com a NATO e mostrou-se aberto ao diálogo.
O que aconteceu no encontro:
Merz ofereceu a Trump uma certidão de nascimento emoldurada a ouro do avô do presidente, Friedrich Trump, que emigrou da Alemanha
Os dois líderes expressaram posições diferentes sobre a Ucrânia, mas discutiram o tema "em detalhe" durante o almoço
Trump chamou Merz "um homem muito bom para negociar"
A mensagem de Merz sobre a relação transatlântica:
Defendeu que é preciso "falar com Trump, não sobre ele", criticando a atitude europeia de "dedo levantado e nariz franzido"
Sublinhou que "os sistemas autoritários têm subordinados, as democracias têm parceiros"
Reconheceu que a Europa foi "boleia gratuita das garantias de segurança americanas durante anos" e que isso está a mudar
Sobre a NATO e a defesa:
Merz garantiu não ter "absolutamente nenhuma dúvida" de que os EUA mantêm o compromisso com a NATO
Reuniu-se também com senadores no Capitólio, alertando-os para o rearmamento russo: "Não fazem ideia do que está a acontecer"
Defendeu que o aumento da despesa de defesa alemã e europeia reforça a confiança americana na aliança
Fonte: apnews.com
🤝💥 Trump e Musk terminam aliança em confronto público espetacular
A aliança entre Donald Trump e Elon Musk desmoronou-se quinta-feira numa troca pública de acusações que pôs fim a uma das parcerias políticas mais mediáticas dos últimos tempos. O homem mais rico do mundo, que gastou pelo menos 288 milhões de dólares para ajudar a eleger Trump, acusou o Presidente de "tal ingratidão" e chegou a sugerir a criação de um terceiro partido político.
O que desencadeou a rutura?
Musk criticou publicamente o "One Big Beautiful Bill", a principal prioridade legislativa de Trump
Instou os congressistas a "matar o projeto de lei", alertando que aumentaria o défice
O Gabinete de Orçamento do Congresso estimou que a medida custaria três biliões de dólares na próxima década
As acusações cruzadas escalaram rapidamente:
Musk: concordou que Trump deveria sofrer impeachment e ser substituído pelo vice-presidente JD Vance
Musk: acusou Trump de estar nos "ficheiros de Epstein" e publicou vídeos antigos dos dois juntos
Trump: ameaçou cancelar os contratos governamentais de Musk, que valem pelo menos 38 mil milhões de dólares
Trump: disse que "a forma mais fácil de poupar dinheiro no orçamento é terminar os subsídios e contratos governamentais de Elon"
As consequências imediatas foram visíveis:
As ações da Tesla caíram 14% no fecho do mercado
O projeto DOGE de Musk já estava a ser desmantelado, com muitos assessores a regressar aos negócios privados
Musk deixou de seguir Stephen Miller, um dos principais assessores de Trump, nas redes sociais
A rutura marca o fim de uma relação que começou após o atentado contra Trump em julho passado e que levou Musk a tornar-se uma presença constante em Mar-a-Lago durante a transição. Ainda na semana passada, Trump apresentara Musk com uma chave cerimonial no Salão Oval, chamando-lhe "um dos maiores líderes empresariais e inovadores que o mundo já produziu".
Fonte: washingtonpost.com
Relacionada
🇪🇺 A Comissão Europeia disse hoje que Elon Musk será "muito bem-vindo" na Europa. A porta-voz Paula Pinho respondeu com um sorriso a uma pergunta sobre possível instalação dos negócios de Musk na UE. • 24.sapo.pt
Impactos previsíveis no curto e longo prazo
Setor espacial:
Possível revisão ou cancelamento de contratos governamentais com a SpaceX, afetando missões espaciais e colaborações com a NASA.
Atrasos em projetos como o programa Artemis e lançamentos de satélites militares.
Setor automóvel:
Redução dos incentivos fiscais para veículos elétricos, prejudicando as vendas da Tesla e de outras fabricantes de EVs.
Aumento da concorrência para a Tesla, com possível perda de quota de mercado para empresas que mantenham subsídios governamentais.
Setor tecnológico e de internet:
Potencial aumento da regulamentação sobre as empresas de Musk, incluindo a X (antigo Twitter), afetando a liberdade de operação e moderação de conteúdo.
Diminuição do apoio político a iniciativas tecnológicas promovidas por Musk, como a inteligência artificial e a conectividade global via satélite.
Política e economia:
Divisões internas no Partido Republicano, com alguns membros a apoiar Musk e outros a manterem-se leais a Trump.
Possível criação de um novo partido político por Musk, atraindo eleitores descontentes com os partidos tradicionais.
Impacto negativo nos mercados financeiros, com volatilidade nas ações das empresas de Musk e incerteza entre os investidores.
A rutura entre Trump e Musk marca um ponto de viragem nas relações entre tecnologia e política nos EUA, com consequências que poderão moldar o panorama económico e político nos próximos anos.
Aprofundar: Washington Post
🇪🇺 ⚖️ União Europeia considera penalizar Israel devido à ofensiva em Gaza
A União Europeia está a avaliar a possibilidade de penalizar Israel por alegadas violações dos direitos humanos na Gaza. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a situação atual é "completamente inaceitável" e que a diplomacia da UE está a analisar se Israel está a cumprir as suas obrigações legais internacionais.
O que está em causa? A revisão da UE, impulsionada por uma coalizão de 17 países membros, liderada pelos Países Baixos, examina o Acordo de Associação com Israel, que exige o respeito pelos direitos humanos como um elemento essencial da cooperação.
Pressão crescente: Diplomatas indicam que há uma pressão crescente sobre a Comissão Europeia para apresentar propostas que poderiam resultar na diminuição das relações comerciais, caso Israel seja considerado em violação das normas.
Mudança de posicionamento: Países que tradicionalmente apoiavam o governo de Benjamin Netanyahu, como a Alemanha, começaram a criticar a destruição em Gaza e o aumento dos assentamentos na Cisjordânia, sinalizando uma mudança no clima político da UE.
Próximos passos: Embora a revogação do Acordo de Associação exija o apoio unânime dos 27 países, os oficiais estão a considerar alternativas que poderiam reduzir partes do pacto com uma maioria qualificada.
Decisões futuras: António Costa enfatizou a necessidade de aguardar a avaliação antes de discutir as decisões a serem tomadas, reiterando que estas podem ser feitas por maioria qualificada ou por unidade.
Fonte: politico.eu
🏛️ 🇨🇳 Von der Leyen recusa acelerar revisão do registo de lobbying da UE após escândalo da Huawei
Ursula von der Leyen rejeitou acelerar a revisão do registo de transparência da UE, numa carta aos eurodeputados que tinham pedido urgência após as revelações sobre uma alegada campanha de influência da Huawei em Bruxelas.
O que aconteceu? As autoridades belgas abriram uma investigação sobre um suposto esquema da Huawei de "dinheiro por influência" envolvendo vários eurodeputados. O fórum anti-corrupção do Parlamento Europeu pediu então à Comissão para acelerar a revisão do registo de lobbying "com caráter de urgência".
A resposta de von der Leyen:
Não se comprometeu com uma revisão imediata
Disse que a revisão já programada para 2025 será uma "oportunidade" para avaliar se o sistema funciona
Defendeu que o registo de transparência "não foi concebido" para lidar com atos criminosos como suborno ou fraude
Confirmou que a Comissão suspendeu todas as reuniões com a Huawei até nova ordem
Os problemas identificados:
O registo atual não regula embaixadas nem lobistas não registados, criando lacunas na supervisão
Lobistas ligados à Huawei podem ainda aceder às instituições europeias através de passes de visitante ou afiliando-se a organizações já registadas
Desde maio, o Parlamento Europeu apertou as regras, exigindo que todos os defensores registem as suas visitas
Portas giratórias: Von der Leyen garantiu que desde 2018 nenhum ex-funcionário da Comissão notificou atividades com a Huawei nos dois anos após deixar o serviço. Os funcionários seniores estão sujeitos a uma proibição padrão de lobbying de 12 meses.
Próximos passos: A presidente da Comissão encarregou o comissário da Justiça de refletir sobre mais poderes para a Procuradoria Europeia investigar crimes transfronteiriços, e o comissário do Orçamento de rever toda a arquitetura anti-fraude da UE.
Fonte: euractiv.com
🏛️🤝 Cidadãos Por Lisboa propõem coligação de esquerda para autárquicas
A notícia - A associação política Cidadãos Por Lisboa (CPL) apresentou esta quinta-feira o seu manifesto "A cidade que queremos" para o mandato 2025-2029 e manifestou a intenção de concorrer às próximas eleições autárquicas em coligação com PS, Livre, BE e PAN. A presidente Paula Marques, que é também vereadora na Câmara Municipal de Lisboa, defendeu esta "congregação de esforços" das forças de esquerda como resposta ao actual cenário político "desafiador", especialmente após o crescimento do Chega nas legislativas de 18 de Maio. A coligação pretendida poderá ainda "agregar outros movimentos sociais e cívicos", embora o PCP não deverá participar por indisponibilidade do próprio partido.
Habitação como prioridade - Os CPL propõem garantir uma quota de 25% de habitação para renda acessível em todas as operações urbanísticas relevantes e a construção de cinco mil novos fogos municipais para habitação a custos acessíveis, visando devolver a cidade aos trabalhadores de baixo e médio rendimento.
Restrições ao turismo - A associação quer "impossibilitar novas licenças de alojamento local em toda a cidade durante quatro anos", estabelecer limites ao licenciamento hoteleiro e aumentar a taxa turística, como medidas para controlar a pressão turística na capital.
Participação cidadã central - Paula Marques sublinhou que "não se faz uma cidade sem participação das pessoas", defendendo um novo Plano Director Municipal elaborado de forma participada e uma governação aberta, transparente e participada como pilares fundamentais da proposta.
Foco nas periferias - O manifesto identifica problemas no espaço público, higiene urbana, transportes públicos, escolas e habitação que afectam sobretudo as zonas mais periféricas da cidade, propondo soluções integradas para estas áreas.
Fonte: publico.pt
🧭⚖️ O problema dos Democratas é maior do que se pensa (e as esquerdas europeias sofrem do mesmo)
No seu artigo no New York Times, David Brooks argumenta que os problemas dos democratas norte-americanos não se resolvem com novas lideranças ou mensagens políticas pontuais, mas exigem uma reconfiguração profunda face a uma nova era histórica — um realinhamento comparável a outras grandes transformações dos últimos 150 anos. Segundo o autor, estas transformações foram:
Movimento totalitário – gerou as revoluções comunistas (como na Rússia e China) e os golpes fascistas (como na Alemanha);
Movimento do Estado social – deu origem ao New Deal nos EUA e consolidou o papel do Estado na proteção social;
Movimento da libertação – desde os anos 1960, impulsionou o anticolonialismo, os direitos civis, o feminismo e a causa L.G.B.T.Q.;
Movimento do liberalismo de mercado – promovido por figuras como Reagan, Thatcher, Deng Xiaoping e Gorbachev, centrou-se na globalização e nos mercados livres;
Movimento populista global – emergiu na década de 2010, encarnado por líderes como Trump, Orban, Modi, Putin e Xi Jinping. Este movimento é movido pela desconfiança generalizada nas instituições, pela crença de que o sistema está manipulado e corrompido, e pelo ressentimento contra elites económicas e culturais.
Brooks sublinha que os republicanos, com Trump, já adaptaram a sua identidade à nova era, criando um discurso claro e insurgente contra as elites. Já os democratas continuam presos a narrativas anteriores, como o Estado social (igualdade económica via políticas públicas) e a libertação de minorias (através de direitos civis progressistas).
O autor defende que a era atual exige dos democratas uma nova narrativa grandiosa e uma transformação profunda — uma revolução de identidade equivalente à que o trumpismo operou nos republicanos. Não bastará apresentar boas políticas: é necessário repensar a forma como o partido encara instituições, cultura, classes sociais e reconhecimento moral.
The Democrats’ Problems Are Bigger Than You Think. Artigo de opinião de David Brooks no New York Times aberto para os leitores graças aos apoiantes de VamoLáVer (ver secção "Exclusivos abertos” mais abaixo, perto do fim desta edição)
🏛️🔥 Em Espanha, choque frontal na Conferência dos Presidentes: barões do PP pedem eleições, Sánchez recusa
O presidente do Governo reuniu-se com os responsáveis das 17 comunidades autónomas na Conferência de Presidentes em Barcelona, com a presença do rei Filipe VI.
O Governo apresentou três prioridades centrais:
Triplicar o investimento público em habitação;
Garantir que a habitação pública se mantenha como tal para sempre;
Criar uma base de dados com os preços reais de compra, venda e arrendamento em cada cidade.
Após ameaçar não comparecer, o Partido Popular conseguiu impor os seus temas na agenda:
Reformar o sistema de financiamento das comunidades autónomas;
Revogar a lei da habitação e reduzir o IVA para 4% na compra e reabilitação de imóveis;
Discutir o modelo energético, com ênfase no risco de apagões;
Reforçar os meios técnicos e humanos nas fronteiras;
Retirar o projeto de lei de reforma do Conselho Geral do Poder Judicial;
E que o Governo financie metade do primeiro ciclo da Educação Infantil — mesmo sem ter essa competência.
A tensão aumentou nos dias anteriores e, com a manifestação do PP contra o Governo marcada para domingo em Madrid, não se previam consensos — o que se confirmou.
Choque frontal na cimeira: barões do PP pedem eleições, Sánchez recusa
O ambiente formal deu rapidamente lugar ao confronto político.
Os presidentes do PP, em bloco, pediram eleições antecipadas alegando uma “crise política profunda”.
Pedro Sánchez respondeu com clareza: não haverá eleições antes de 2027.
Isabel Díaz Ayuso voltou a monopolizar atenções, com dois episódios polémicos:
Recusou cumprimentar Mónica García, acusando-a de ser “assassina”, devido à polémica das mortes em lares durante a COVID.
Saiu da sala quando se falou em euskera e catalão, mas regressou para ouvir um colega do PP falar em galego.
Outros presidentes falaram ou saudaram nas suas línguas regionais, como bable, euskera, mallorquino e valenciano — defendendo o multilinguismo institucional. Illa (Catalunha) defendeu que “entender isto é entender Espanha”.
A proposta de Sánchez para triplicar o orçamento da habitação (com 60% de financiamento estatal e 40% regional) foi rejeitada pelos líderes do PP.
O ambiente crispado não deu margem para acordos. Tentativas de desanuviar com humor falharam.
“A coisa não dá mais de si”, declarou a presidente da Cantábria.
Juanma Moreno (Andaluzia) reforçou o apelo às urnas, criticando a falta de maioria, de orçamento e de confiança no Governo.
Aprofundar: elpais.com
Portugal
⚖️ O Tribunal Constitucional declarou inconstitucional a norma do imposto adicional de solidariedade sobre o setor bancário relativo ao primeiro semestre de 2020, por violação da proibição de retroatividade. O imposto, criado em 2020 durante a pandemia, deverá render 40,8 milhões de euros este ano. • dn.pt
⚖️ O segundo Governo de Montenegro tem apenas 33% de mulheres, o valor mais baixo da última década. Contra os 40,6% do primeiro executivo, este recuo contrasta com a tendência crescente desde os governos de António Costa, que nunca baixaram dos 35%. • expresso.pt
União Europeia
🇳🇱 Os Países Baixos enfrentam eleições antecipadas a 29 de outubro após Geert Wilders retirar o seu partido de extrema-direita do governo esta semana, derrubando a coligação. O PVV de Wilders, o VVD liberal e a aliança PvdA-GL disputam numa corrida eleitoral apertada. • politico.eu
🕊️ António Costa foi recebido pelo Papa Leão XIV no Vaticano, onde discutiram formas de alcançar a paz na Ucrânia e Gaza. O presidente do Conselho Europeu considerou o debate "muito inspirador" e defendeu cooperação entre UE e Santa Sé em questões globais como alterações climáticas. • 24.sapo.pt
🇪🇺 A União Europeia observou alguma melhoria no acesso humanitário à Faixa de Gaza, mas exige acesso total ao enclave. Israel mantém bloqueio desde março, enquanto mais de 54 mil residentes de Gaza já morreram desde o início da guerra em outubro de 2023. • 24.sapo.pt
🇵🇱 Karol Nawrocki venceu as eleições presidenciais polacas com 50,89% dos votos contra 49,11% de Rafal Trzaskowski. O presidente eleito ultraconservador avisou Donald Tusk de forte resistência do Palácio Presidencial. Tusk convocou voto de confiança parlamentar para 11 de junho. • 24.sapo.pt
Economia
📈 A economia da zona euro cresceu 1,5% no primeiro trimestre, enquanto a UE registou 1,6%. Portugal teve crescimento homólogo de 1,6%, mas sofreu recuo trimestral de -0,5%, ficando entre os três piores desempenhos. A Irlanda liderou com crescimento de 21,1%. • 24.sapo.pt
Mundo
🚢 Xi Jinping usou uma analogia marítima durante uma chamada de 90 minutos com Trump para salvar a trégua comercial frágil. O líder chinês comparou a relação EUA-China a um grande navio, com ambos como capitães poderosos. Xi enfatizou a necessidade de "evitar várias perturbações ou mesmo sabotagem". • nytimes.com
🏦 O Banco Popular da China injetou um bilião de yuan (121,8 mil milhões de euros) nos mercados para manter liquidez. A operação visa aliviar a ansiedade sobre condições interbancárias, especialmente com vencimentos recorde de certificados de depósito em junho. Os bancos chineses devem pagar 4,2 biliões de yuan este mês. • expresso.pt
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The Democrats’ Problems Are Bigger Than You Think. If you’re thinking the Democrats’ job now is to come up with some new policies that appeal to the working class, you are thinking too small. David Brooks para The New York Times