[2.36] 🇩🇪 🇪🇺 Alemanha de Merz ajudará à reviravolta na Europa
De uma hora para a outra o mundo voltou a mudar. A eleição e as primeiras palavras do futuro chanceler, que se mostra já coordenado com Reino Unido e França, são sinal de esperança.
Nesta edição, dois assuntos principais: as expetativas criadas pela vitória da CDU nas eleições alemãs e o aniversário da guerra na Ucrânia. Além de dois temas nacionais
Merz
Alemanha de Merz ajudará à reviravolta na Europa
Porquê a esperança na liderança de um político desagradável e sem provas dadas?
Ucrânia
Revolução industrial militar ucraniana duplica produção de armamento
Trump e Macron reúnem-se na Casa Branca e discutem fim da guerra na Ucrânia
EUA vota contra resolução da ONU que condena guerra na Ucrânia
Portugal
Fábrica de baterias CALB em Sines pode receber 350 milhões em apoios europeus
Governo cria três novas autoridades no Ministério das Finanças com aumentos salariais
🇩🇪 🇪🇺 Alemanha de Merz ajudará à reviravolta na Europa
Friedrich Merz no leme: eleito, o líder conservador enfrenta a missão de fortalecer a Europa e responder ao ceticismo americano.
Extrema-direita em ascensão: AfD dobra apoio, forçando partidos tradicionais a repensar estratégias e a coligar-se.
Autonomia estratégica: Alemanha procura independência dos EUA, com foco na defesa europeia e no diálogo sobre a Ucrânia.
A Europa está num ponto de viragem, e a Alemanha, sob a liderança de Friedrich Merz, pode ser a chave para o futuro da União Europeia. Após eleições marcadas pela ascensão da extrema-direita e um certo distanciamento dos Estados Unidos, a Alemanha vê-se perante a necessidade de redefinir o seu papel no cenário global. Merz, o novo líder conservador, tem a difícil tarefa de unir a Europa e encontrar um novo rumo para a defesa europeia e para o projeto da União.
O líder da coligação vencedora não hesita em alertar para os perigos de uma "América Sozinha", defendendo que a Europa deve assumir a responsabilidade pela sua própria segurança. Com a Europa a aguardar uma liderança forte por parte da Alemanha, Merz propõe uma "autonomia estratégica" que passa por um reforço da defesa europeia e uma abordagem comum face a desafios como as negociações com a Rússia sobre a Ucrânia.
Um aviso soou nas eleições: o crescimento da AfD
O expressivo crescimento da extrema-direita alemã, com a AfD a conquistar mais de 20% dos votos, serve como um "último aviso" aos partidos tradicionais. Este fenómeno reflete o aumento do sentimento anti-imigração e a necessidade de os partidos abordarem as preocupações dos eleitores. Merz enfrenta o desafio de formar uma coligação estável com os Social Democratas (SPD), procurando soluções para os problemas internos da Alemanha e tentando reduzir o espaço da AfD.
Defesa europeia: acabar com a dependência americana
Perante sinais de menor interesse por parte dos EUA em relação à Europa, a organização da defesa europeia torna-se crucial. Merz defende uma ação rápida e coordenada para garantir a segurança do continente, instando a um maior investimento europeu na defesa. A Alemanha, apesar da sua tradicional dependência da segurança americana, procura agora uma maior autonomia estratégica e um papel de liderança na defesa europeia.
O que pode a União Europeia esperar de Merz?
A União Europeia deposita grandes expectativas na liderança de Merz. O líder conservador reconhece a necessidade de fortalecer a Europa, de forma a alcançar uma maior independência face aos EUA. Merz defende que a Europa deve procurar uma posição comum nas negociações entre os EUA e a Rússia sobre a Ucrânia, alinhando-se com a visão de "autonomia estratégica" de Emmanuel Macron. Resta saber se Merz conseguirá ajudar a unir a Europa em torno de uma visão comum e enfrentar os desafios que se avizinham.
A estabilidade de uma coligação liderada por Merz poderá trazer esperança aos mercados financeiros, que começaram por reagir positivamente.
Boris Pistorius, o atual ministro da defesa no governo de Scholz e o político mais popular da Alemanha, poderá ser um parceiro importante para o futuro governo de Merz aumentar o investimento no setor.
Leituras
Alemanha: perante Putin e Trump, Friedrich Merz apela à "independência" da Europa no que toca à defesa, Libération
Merz e Macron procuram uma frente europeia unida em meio à incerteza dos EUA, Politico
Eleições na Alemanha: ascensão da extrema-direita é o "último aviso", diz Friedrich Merz, The Guardian
Friedrich Merz, a vingança do rival de Angela Merkel, Le Monde
As principais conclusões das eleições na Alemanha, que vão trazer mudanças para a principal potência da UE, Associated Press
Relacionadas
👈 Heidi Reichinnek renovou a esquerda alemã. A líder de 36 anos do partido Die Linke conquistou um milhão de seguidores nas redes sociais e destacou-se nas eleições parlamentares de domingo, liderando uma surpreendente recuperação do partido. • nytimes.com
🏛️ A vitória de Merz foi bem recebida pelos mercados financeiros e empresários. O futuro chanceler promete focar-se na recuperação económica, mas enfrentará desafios para alterar o limite de endividamento de 0,35% do PIB. • publico.pt
🗳️ Pedro Nuno Santos mostra-se apreensivo com resultado na Alemanha, alertando que o avanço da direita e extrema-direita não resolverá as angústias dos cidadãos. O socialista adverte que milhões de famílias na Europa sentem que o crescimento económico não as beneficia. • publico.pt
⚖️ A Aliança Sahra Wagenknecht pondera ação legal após falhar por 13.400 votos a entrada no parlamento alemão. O partido, que não atingiu o limite mínimo de 5%, alega que muitos eleitores alemães no estrangeiro não conseguiram votar devido aos prazos apertados da eleição antecipada. • politico.eu
🇩🇪 🇪🇺
A esperança num político desagradável e sem provas dadas
Após as eleições de domingo para o Bundestag alemão, espera-se amplamente que o líder da CDU, Friedrich Merz, inicie conversações de coligação com o SPD. Juntos, os dois partidos detêm uma maioria no novo parlamento. VamoLáVer fez a habitual ronda pela imprensa europeia, incluindo vozes fora do mainstream mediático, que analisam o que isto poderá significar para o papel da Alemanha no continente.
🗣 Martin Knobbe: Praticamente todos na UE estão apenas à espera que a Alemanha volte a cumprir o seu papel político como a terceira maior economia do mundo e conduza a UE para uma nova era em que já não pode contar com os EUA, uma vez que o grande irmão está agora a seguir o seu próprio e estranho caminho. A UE deve tornar-se autoconfiante, unida e forte se não quiser ser esmagada entre os imperialistas Vladimir Putin e Donald Trump. Merz terá de assumir um papel de liderança para este fim. • Handelsblatt (Alemanha)
🗣 Stefano Stefanini: Enquanto a Europa enfrentava a sua pior crise do pós-guerra nas relações com os EUA, o governo alemão estava a desmoronar-se. A eleição de ontem marca o início do fim de uma ausência que penalizou a Alemanha e a Europa. [...] Friedrich Merz terá de liderar a resposta europeia à administração Trump e manter uma UE fraturada unida. Estará ele à altura da tarefa? Pode-se crescer no papel: um predecessor inicialmente subestimado, Helmut Kohl, foi o arquiteto da reunificação alemã e um importante protagonista nas convulsões geopolíticas de 1989-91. • La Stampa (Itália)
🗣 Ingrid Steiner-Gashi: Após a hesitação e indecisão do seu predecessor Olaf Scholz, Friedrich Merz e o seu governo de coligação, qualquer que seja a forma que assuma, terão finalmente de provar aos alemães que a política é capaz de fazer a diferença. E há também um grande desejo de uma voz alemã mais forte e com mais peso na UE. O chanceler da maior economia da Europa certamente tem a força, se quiser e ousar, para contrariar as ações de Trump e companhia com um autoconfiante 'Assim não!'. Caso contrário, o presidente dos EUA realmente fará o que lhe apetece com uma Europa indefesamente fraca. • Kurier (Áustria)
🗣 Michalis Psilos: Merz está a prometer um novo estilo de liderança pan-europeu. Mas também está a dizer 'Alemanha primeiro' e a seguir - como um 'Atlanticista' - a política de Trump. Afinal, apenas um por cento dos alemães vê a Europa como uma prioridade. Um sentimento que só será reforçado pelo forte avanço da AfD. Mas à medida que a política alemã se move para a direita, isso pode acelerar o surgimento de uma 'Europa a duas velocidades'. Já na Europa do Norte há muita conversa sobre uma chamada 'Liga Hanseática 2.0' - a formação de um grupo de países com interesses económicos partilhados, menor dívida pública e espaço para investimento em inovação. • Naftemporiki (Grécia)
🗣 Serhij Taran: A loucura global ainda não tem todos os países na sua mira. O bom senso continua a ser a tendência principal na maior economia da Europa, o que também dá esperança para o futuro da UE. A ajuda à Ucrânia pelo menos não será cancelada. Claro que não veremos tropas alemãs no Donbas, mas haverá dinheiro e armas. O principal seria que as palavras de Merz sobre segurança europeia levassem a um aumento radical do orçamento militar e dos contratos de defesa. Se isso acontecer, a Europa terá uma esperança real de criar - ainda que lentamente - uma alternativa ao sistema de segurança americano. • Facebook
🗣 Jakub Majmurek: Certamente, Merz não é a pior escolha para a Polónia em termos de política de segurança ou apoio à Ucrânia. Ao mesmo tempo, resta saber se a escala dos problemas políticos internos não irá sobrecarregar o novo governo a tal ponto que não terá muito tempo para uma política europeia ativa. Ainda mais considerando que Merz e os seus parceiros de coligação sabem que, se não cumprirem, poderão não conseguir manter a AfD fora da 'barreira de proteção' nas próximas eleições. • Newsweek (Polónia)
🗣 Editorial El País: O SPD obteve o pior resultado da sua história (16%) e será a terceira força atrás dos ultras. É urgente abrir uma reflexão sobre os seus erros e hesitações, assim como as dificuldades desta família política, na Alemanha e em toda a Europa, para responder à viragem conservadora, e aos motivos que levam uma parte crescente das nossas sociedades a escolher opções de extrema-direita que ameaçam as democracias liberais. • El País (Espanha)
🗣 David Pontes: O mais que provável novo chanceler, Friedrich Merz, reagiu com severidade às declarações de Trump sobre a Ucrânia e à interferência da J.D. Vance nas eleições alemãs. Não tem revelado qualquer intenção de fazer alianças com a AfD, tudo bons sinais para um Governo cujas acções irão necessariamente marcar o destino de uma Europa à procura de guia. Com Macron fragilizado, Meloni tentada por uma especial relação com os EUA, é a Alemanha que tem o peso suficiente para começar a definir uma era que pode ser pós-NATO, pós-alianças ocidentais, pós-globalização. • Público (Portugal)
🗣 Jörg Luyken: Claramente, o maior obstáculo para uma nova "grande coligação" será a migração. Merz prometeu repetidamente fechar as fronteiras da Alemanha a todos os migrantes irregulares no seu primeiro dia no cargo. Se recuar, a AfD estará à sua espera. Se o SPD concordar, o ressurgente Die Linke acusá-los-á de ceder ao populismo. No final, tanto a CDU como o SPD irão "colocar o país em primeiro lugar" e tentar apresentar um acordo como o melhor dos dois mundos — provavelmente uma mistura de estímulo estatal e cortes fiscais. Mas a contradição permanece: a CDU implementará políticas do SPD depois de fazer campanha por "mudança". Políticos que criticaram e vaiaram uns aos outros no parlamento há algumas semanas agora aplaudirão todos os discursos que os seus parceiros de coligação fizerem. • The German Review (Alemanha)
🗣 Jasper Bennink, Julius E. O. Fintelmann, Toyah Höher e Constanze Sendler: A conclusão é clara: o papel de liderança da Alemanha na Europa é mais importante do que nunca. Seja na defesa, na reforma económica ou na política climática, as escolhas feitas nos próximos meses moldarão o futuro do continente nos próximos anos. Precisamos destas escolhas o mais rapidamente possível – um cenário de meses de conversações de coligação, como em 2017 ou 2021, deve ser evitado. • European Correspondent (Europa)
🗣 Bartosz M. Rydliński: Mas o medo de ficar para trás económica e socialmente provou ser um combustível potente tanto para Donald Trump como para a AfD. Enquanto os sociais-democratas não abordarem este medo, a extrema-direita continuará a explorá-lo. Se os partidos de centro-esquerda quiserem recuperar a sua relevância, devem confrontar e analisar os seus fracassos eleitorais e o declínio do apoio, encontrando novas formas de avançar com os trabalhadores e protegê-los dos efeitos da desindustrialização, automação e inteligência artificial. • Project Syndicate (Europa)
🗣 Miguel Szymanski: Segue-se Friedrich Merz que corre, desde já, o risco de ser o chanceler da triste figura. De retórica inflamada, Merz é uma versão prussiana de D. Quixote. Em vez de uma bacia de barbeiro, como a figura de Cervantes, tem na cabeça ilusões e o clássico capacete de espigão. O líder da CDU e próximo chanceler é uma figura desagradável. Nem os alemães gostam dele. Votaram nos Democratas Cristãos, a quem deram uma fraca maioria, não por causa de Merz mas apesar dele. Antes da partida, o futuro chanceler já perdeu em três importantes frentes antes de ter tomado posse. • SZY News (Portugal)
🏭 🚀 Revolução industrial militar ucraniana duplica produção de armamento
A notícia - A Ucrânia conseguiu uma notável transformação na sua indústria militar desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Sob a liderança do ministro da Transformação Digital, Mykhailo Fedorov, e do presidente Volodymyr Zelensky, o país duplicou a sua capacidade de produção de armamento em apenas dois anos, fabricando atualmente 40% do equipamento necessário no campo de batalha.
O governo ucraniano implementou um modelo inovador que privilegia a iniciativa privada, oferecendo baixos impostos, subsídios governamentais e processos simplificados. Esta abordagem contrasta com o modelo russo, baseado num monopólio estatal.
A produção de drones tornou-se o exemplo mais significativo desta revolução, com a Ucrânia a produzir atualmente mais de quatro milhões de unidades por ano. Segundo comandantes ucranianos, estes sistemas foram responsáveis por 80% das baixas russas na linha da frente no último ano.
Produção de drones - A Ucrânia desenvolveu uma variedade impressionante de drones, incluindo o Palianytsia, um drone a jato de longo alcance que custa um milhão de euros por unidade. O objetivo para 2025 é produzir 30 mil drones de longo alcance.
Drones navais - Kiev revolucionou a guerra naval com drones marítimos que custam 250 mil dólares por unidade, conseguindo neutralizar grande parte da frota russa no Mar Negro e forçando-a a operar de portos mais distantes.
Artilharia e munições - O país desenvolveu o sistema de artilharia 2S22 Bohdana, capaz de atingir alvos a 50 quilómetros, já exportado para a Dinamarca. A produção aumentou de 6 unidades em 2023 para 240 em 2024.
Investimento internacional - Empresas como a alemã Rheinmetall (150 milhões de euros) e a francesa KNDS estabeleceram acordos para construir fábricas na Ucrânia, focando-se na produção de blindados e sistemas de artilharia.
Desafios operacionais - As fábricas enfrentam dificuldades devido aos ataques à rede elétrica, necessitando de geradores, e proprietários relutantes em arrendar espaços por medo de ataques russos.
Fonte: CNNP
🤝 🏛️ Trump e Macron reúnem-se na Casa Branca e discutem fim da guerra na Ucrânia
Emmanuel Macron planeia persuadir Donald Trump a incluir as nações europeias nas discussões sobre a guerra na Ucrânia.
Macron considera que a Rússia representa uma ameaça existencial para a Europa e salientou a necessidade de cooperação entre os líderes europeus.
Trump manifestou vontade de negociar com Vladimir Putin sem envolver os europeus, o que gerou preocupação entre as nações europeias.
Macron pretende garantir que a segurança europeia seja prioritizada e vai defender o apoio militar à Ucrânia durante o seu encontro com Trump.
A notícia - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, encontraram-se na Casa Branca após uma reunião por videoconferência do G7. Durante o encontro, Trump manifestou otimismo quanto ao fim do conflito na Ucrânia, sugerindo que a guerra poderia terminar "dentro de algumas semanas". O presidente americano também revelou que está próximo de um acordo com a Ucrânia sobre minerais.
A Europa dará garantias de segurança à Ucrânia, segundo Trump, que também indicou que Vladimir Putin aceitará a presença de tropas de paz europeias no território ucraniano. Macron reforçou a importância do envolvimento americano para garantir a segurança na região.
Durante o encontro bilateral, Trump teceu elogios à primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, descrevendo-a como "uma grande líder" e sublinhando a importância da Itália como aliada dos Estados Unidos, quando questionado sobre possíveis tarifas alfandegárias.
Relativamente à NATO, Trump classificou a organização como positiva quando "usada corretamente", enquanto Macron expressou a disponibilidade europeia para se tornar um parceiro mais forte em matéria de defesa.
Fonte: Il Sole 24 ore
🌍 🕊️ EUA votam ao lado da Rússia contra resolução da ONU que condena guerra na Ucrânia
Os Estados Unidos votaram contra uma resolução das Nações Unidas que condenava a invasão russa da Ucrânia, marcando uma mudança de política significativa após anos de apoio à Ucrânia.
A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que exigia a retirada imediata da Rússia da Ucrânia, com 93 votos a favor, em contraste com a resolução dos EUA, que obteve apenas 8 votos.
A vice-embaixadora norte-americana, Dorothy Shea, declarou que as resoluções anteriores da ONU que condenavam a Rússia fracassaram, defendendo uma solução duradoura para o conflito.
A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mariana Betsa, sublinhou o direito da Ucrânia à autodefesa contra a invasão russa, apelando aos países para que defendam o direito internacional.
A notícia - Numa mudança surpreendente da sua política externa, os Estados Unidos juntaram-se à Rússia para votar contra uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas que condena a guerra contra a Ucrânia. Esta votação, que ocorreu no terceiro aniversário da invasão em larga escala da Ucrânia por Moscovo, colocou os EUA em oposição aos seus tradicionais aliados europeus.
A resolução foi aprovada com 93 votos a favor, expressando preocupação com as consequências devastadoras e duradouras da invasão russa, não só para a Ucrânia, mas também para outras regiões e para a estabilidade global.
Fonte: CNN
🏭 🔋 Fábrica de baterias CALB em Sines pode receber 350 milhões em apoios europeus
A notícia - A empresa chinesa CALB lançou hoje em Lisboa o projeto de construção de uma fábrica de baterias de lítio em Sines, num investimento total de 2.000 milhões de euros. O empreendimento, que deverá iniciar operações em 2028 na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), poderá beneficiar de até 350 milhões de euros em apoios no âmbito do regime europeu de incentivos à reindustrialização, conforme indicou o ministro da Economia, Pedro Reis.
O projeto prevê criar 1.800 postos de trabalho diretos, tendo a presidente do Conselho de Administração da CALB, Liu Jingyu, destacado as vantagens estratégicas de Portugal, incluindo a mão-de-obra qualificada e os benefícios logísticos do porto de Sines.
A contratualização dos apoios deverá ocorrer em 2025, segundo a administradora da AICEP Madalena Oliveira e Silva, após uma análise detalhada da elegibilidade do investimento e das percentagens de apoio aplicáveis.
Quanto ao fornecimento de lítio, o ministro Pedro Reis indicou que o projeto é sustentável independentemente da origem da matéria-prima, podendo considerar tanto a extração em Portugal como outras fontes.
Fonte: Lusa
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🏭 BE quer ouvir ministro da Economia sobre fábrica de baterias de lítio em Sines. • 24.sapo.pt
⛏️ O impasse sobre a prospeção de lítio em Boticas continua. Após uma providência cautelar ter parado os trabalhos da Savannah Resources em 6 de fevereiro, o Ministério do Ambiente emitiu uma resolução fundamentada para tentar retomar as operações, mas a comunidade local afirma que a decisão precisa de aprovação judicial. • publico.pt
🏛️ 💼 Governo cria três novas autoridades no Ministério das Finanças com aumentos salariais
A notícia - O Governo português pretende estabelecer um protocolo negocial até abril de 2025 para avançar com a criação de três novas autoridades no Ministério das Finanças: a autoridade do orçamento, a financeira e a da administração pública. A medida, apresentada aos sindicatos da Função Pública, prevê aumentos salariais que serão pagos em julho, com efeitos retroativos a abril.
A reestruturação inclui a extinção de algumas direções gerais e contempla um suplemento remuneratório de 25% para os trabalhadores do INE, da Direção-Geral do Orçamento e da nova autoridade da administração pública, associado à isenção de horário e, posteriormente, à avaliação de desempenho.
Nova carreira será criada para técnicos superiores especialistas em coordenação transversal de Administração e Políticas Públicas, abrangendo trabalhadores da Secretaria-Geral do Governo, PLANAPP e CEJURE, bem como os que integrarão a futura Autoridade da Administração Pública.
As carreiras serão valorizadas com alteração da posição remuneratória inicial da posição 17 para a 18 nas estruturas do INE e DGO, incluindo também atualizações salariais para dirigentes intermédios e superiores.
Os sindicatos mostram-se favoráveis à proposta, com José Abraão da FESAP e Sebastião Santana da Frente Comum a considerarem as medidas positivas, embora defendam que deveria haver uma valorização semelhante para os restantes trabalhadores da função pública.
Fonte: Observador
Portugal
🏛️ O líder da IL acusa o Chega de desespero total por querer avançar com uma comissão parlamentar de inquérito à empresa Spinumviva, detida pela família do primeiro-ministro Montenegro. Rui Rocha afirma que Ventura tenta desviar atenções dos problemas internos do seu partido. • 24.sapo.pt
🌾 O ministro da Agricultura opõe-se aos cortes na PAC, defendendo que esta política é fundamental para a segurança alimentar e defesa da União Europeia. José Manuel Fernandes, durante reunião ministerial em Bruxelas, reforçou que a pandemia demonstrou a eficácia da PAC e a necessidade de manter apoios aos agricultores. • 24.sapo.pt
👔 Pedro Nuno Santos rejeita inquérito parlamentar à Spinumviva. O secretário-geral do PS defende que Montenegro deve esclarecer detalhes sobre a empresa criada em 2021, incluindo clientes e serviços prestados, seguindo o mesmo exemplo de transparência que usou para explicar as dívidas fiscais da sua casa. • publico.pt
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Duas boas notícias: Safámo-nos, nós europeus, de boa (AfD) e vamos ter baterias fresquinhas.
Bem que precisávamos de algum optimismo.
Agora vamos ver se o "high money" vai continuar a falar mais alto.