[1.97] 🤣 🚓 🇪🇸 Puigdemont regressa a Espanha, discursa e… 🧙♂️ desaparece
Num ato de comédia a gozar com a polícia, o independentista conseguiu marcar o dia em que a Catalunha volta, 14 anos depois, a ser governada por não separatistas, ofuscando a posse de Salvador Illa
Nesta edição:
No dia em que o independentismo catalão sofre um golpe, o seu líder faz uma aparição teatral a gritar "Viva a Catalunha livre!" antes de desaparecer na mala de um carro
Ucrânia lança ofensiva surpresa em território russo
Incursão gera debate sobre estratégia e consequências
Irão planeia retaliação contra Israel após assassinato de líder do Hamas.
O novo líder, Yahia Sinwar, é mais radical
E as notícias breves, incluindo o vencedor do Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, que vai liderar o governo interino do Bangladesh, a detenção do jovem de 19 anos que planeava um ataque terrorista num concerto de Taylor Swift na Áustria e a forma como a ascensão de Kamala Harris tem perturbado Donald Trump (menos comícios, dificuldade de contra-ataque).
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ATUALIDADE
🤣 🚓 🇪🇸 Puigdemont regressa a Espanha, discursa e… 🧙♂️ desaparece
Destaques
Carles Puigdemont, ex-presidente da Catalunha, conseguiu evitar a detenção pelas autoridades espanholas após regressar a Espanha por algumas horas.
Sindicatos da polícia espanhola e catalã criticam a não detenção de Puigdemont pelos Mossos d'Esquadra (polícia catalã), suspeitando de motivações políticas.
Alguns agentes dos Mossos terão mesmo colaborado na fuga de Puigdemont, com um já detido por ceder o seu veículo.
O advogado de Puigdemont nega um pacto com os Mossos e afirma que o objectivo era apenas exercer os seus direitos como deputado eleito.
Puigdemont discursou em Barcelona, mas em vez de seguir para o parlamento catalão, escapou ao dispositivo policial montado para o deter.
Suspeita-se que terá fugido no porta-bagagens de um carro, à semelhança do que fez em 2017 quando declarou brevemente a independência da Catalunha.
O paradeiro actual de Puigdemont é desconhecido, sendo esta a segunda vez que consegue escapar à justiça espanhola.
A notícia - Carles Puigdemont, ex-líder da Catalunha que fugiu de Espanha após a tentativa fracassada de independência em 2017, regressou brevemente ao país nesta quinta-feira. Discursou perante milhares de apoiantes em Barcelona, desafiando um mandado de captura, e depois desapareceu, escapando a uma extensa operação policial. Este regresso dramático ocorre dias após um acordo entre os socialistas espanhóis e o partido separatista catalão moderado ERC para formar um novo governo regional.
Discurso e fuga - Puigdemont, de 61 anos, dirigiu-se a cerca de 3.500 pessoas perto do parlamento regional catalão, gritando "Viva a Catalunha livre!" e afirmando que veio para lembrar que "ainda estamos aqui". Após o discurso, desapareceu, evadindo-se às autoridades. Um agente da polícia regional catalã foi detido por suspeita de ajudar na fuga de Puigdemont.
Contexto político - O regresso de Puigdemont acontece num momento crucial para a política catalã. O Partido Socialista espanhol chegou a um acordo com o ERC para fazer de Salvador Illa o líder do governo regional catalão. Este acordo inclui uma proposta controversa para dar à Catalunha controlo total sobre os impostos recolhidos na região, uma medida que enfrenta oposição tanto dentro do Partido Socialista como da direita.
Lei de amnistia e implicações legais - Embora o parlamento espanhol tenha aprovado uma lei de amnistia em maio para os envolvidos na tentativa de secessão, o Supremo Tribunal decidiu que esta não se aplicaria totalmente a Puigdemont. O ex-líder catalão criticou esta decisão, afirmando que "um país que tem uma lei de amnistia e não a aplica tem um problema com a democracia".
Reações políticas - Alberto Núñez Feijóo, líder do principal partido da oposição, o Partido Popular, classificou o regresso e subsequente desaparecimento de Puigdemont como "uma humilhação insuportável" e criticou o dano causado à imagem de Espanha. Por outro lado, apoiantes de Puigdemont, como Nuria Pujol, descreveram-no como "uma pessoa muito nobre" e "o único que acredita na independência e não deixou de acreditar".
Futuro político da Catalunha - Se Salvador Illa for eleito na votação de investidura, será o primeiro líder do governo regional da Catalunha desde 2010 que não pertence ao campo separatista. No entanto, o acordo sobre os impostos catalães levanta preocupações entre alguns políticos, como o ex-vice-primeiro-ministro socialista Alfonso Guerra, que sugere que isto pode abrir "um caminho para um sistema federal e a independência da Catalunha".
Aprofundar: es.euronews.com, elpais.com, timesofmalta.com
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🇪🇸 Salvador Illa torna-se presidente do governo autonómico da Catalunha, encerrando 14 anos de liderança independentista na região. O socialista foi eleito com 68 votos a favor, uma maioria absoluta no parlamento catalão de 135 deputados. Além dos 42 votos do seu partido (PSC), Illa recebeu o apoio surpreendente de 20 deputados do partido independentista ERC e 6 do partido de esquerda Comuns. • 24.sapo.pt
🇪🇸 Um agente dos Mossos d'Esquadra foi detido por alegadamente ajudar na fuga. O polícia seria o proprietário do carro branco usado por Puigdemont para deixar o local. As autoridades abriram uma investigação para determinar se outros agentes estiveram envolvidos na chegada e posterior fuga do ex-presidente catalão. • publico.es
🇺🇦🔥 Ucrânia lança ofensiva surpresa em território russo
No início de agosto, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa na região de Kursk, na Rússia, capturando dezenas de soldados russos e causando destruição significativa. As forças russas foram apanhadas desprevenidas, levando o Kremlin a decretar estado de emergência na região. A operação ucraniana, bem planeada e executada, envolveu mais de 300 soldados, 11 carros de combate e 20 veículos blindados, segundo fontes russas.
Avanço rápido em território inimigo - As forças ucranianas penetraram mais de 10 quilómetros em território russo, capturando várias localidades. A fronteira russa, defendida por uma mistura de unidades de serviços fronteiriços, FSB e militares, não estava preparada para a velocidade do ataque ucraniano.
Baixas e capturas - A Rússia alega ter infligido 315 baixas à Ucrânia, entre mortos e feridos, e destruído 50 veículos. Por outro lado, imagens nas redes sociais mostram dezenas de soldados russos capturados pelas forças ucranianas.
Motivações e estratégia - O propósito do ataque permanece incerto. Alguns analistas questionam a pertinência desta ofensiva, considerando os avanços russos recentes no leste da Ucrânia, particularmente nas regiões de Pokrovsk e Chasiv Yar.
Situação no Donbass - Nas últimas semanas, o exército russo avançou 15 quilómetros na região de Pokrovsk e nos arredores de Toretsk. A queda de cidades-chave poderia colocar importantes bastiões ucranianos na linha da frente.
Impacto na frente leste - A Rússia avança em direção ao centro logístico ucraniano de Pokrovsk e ataca a cidade de Chasiv Yar. Soldados ucranianos relatam escassez de efetivos na linha da frente de 965 km.
Reação dos EUA - Washington afirmou que o ataque não viola as regras de utilização de armas americanas, mas desconhece os objetivos da Ucrânia. Oficiais americanos especulam que a incursão possa ser uma resposta a ataques russos transfronteiriços apoiados a partir de Kursk.
Análise estratégica - Especialistas sugerem que esta ofensiva pode ser apenas o primeiro nível de uma operação maior, que pode visar impedir as linhas de abastecimento russas para as tropas perto de Kharkiv ou forçar a Rússia a desviar forças da frente leste ucraniana.
Aprofundar: cnnportugal.iol.pt, wsj.com, kyivpost.com
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Incursão ucraniana em território russo gera debate sobre estratégia e consequências
Comentadores analisam a ofensiva ucraniana na região russa de Kursk, discutindo os seus objetivos estratégicos, implicações políticas e o impacto na população civil.
🧐 Julia Latynina sugere que o alvo principal da incursão ucraniana pode ter sido a estação de medição de gás de Sudzha, crucial para o fornecimento de gás à Europa. A analista prevê que Putin possa ser forçado a retirar tropas do Donbass para defender a região de Kursk. • Echo of Moscow (Rússia)
✍ Nathalie Tocci considera que a ação ucraniana pode parecer imprudente, dada a situação complicada na frente oriental de Donetsk e o debate sobre o uso de armas ocidentais em território russo. No entanto, a autora sugere que esta manobra pode revelar-se um fracasso ou uma jogada brilhante que reequilibra as dinâmicas políticas, militares e diplomáticas. • La Stampa (Itália)
🕵️ Reinhard Veser argumenta que, embora a situação seja terrível para a população civil de Kursk, a responsabilidade recai inteiramente sobre Putin. O comentador afirma que se o líder russo não tivesse invadido a Ucrânia, os russos nas aldeias fronteiriças poderiam continuar a viver em paz, concluindo que a violência iniciada por Putin está agora a voltar-se contra os russos. • Frankfurter Allgemeine Zeitung (Alemanha)
🗣 Abbas Gallyamov questiona sarcasticamente o uso do termo "provocação" para descrever a operação militar ucraniana, argumentando que se trata de uma ação normal num contexto de guerra. O autor critica a aparente surpresa das autoridades russas, sugerindo que deveriam estar preparadas para a iniciativa do inimigo. • Facebook (Rússia)
🚀💥 Irão planeia retaliação contra Israel após assassinato de líder do Hamas
A notícia - O Irão prometeu retaliar contra Israel após a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão na semana passada. Ali Bagheri, ministro dos Negócios Estrangeiros interino do Irão, declarou que este ato foi um "erro estratégico" por parte de Israel, que terá graves consequências. A morte de Haniyeh, que vivia no Qatar e era uma figura-chave nas negociações para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, foi condenada pela Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) numa reunião extraordinária em Jeddah, Arábia Saudita.
O Irão informou os embaixadores estrangeiros em Teerão sobre a sua intenção de responder. Embora a forma exata da resposta iraniana não seja clara, fontes indicam que poderá envolver ataques coordenados a alvos militares israelitas, potencialmente envolvendo aliados do Irão no Iémen, Síria e Iraque.
Posição do Irão - Bagheri acusou Israel de querer expandir a tensão, guerra e conflito para outros países, afirmando que os israelitas não têm capacidade nem força para iniciar uma guerra contra o Irão. O ministro iraniano sublinhou que os países ocidentais, que alegadamente pediram ao Irão para restringir a sua resposta, não estão em posição de aconselhar a República Islâmica do Irão.
Reação internacional - A reunião da OCI, que contou com ministros dos Negócios Estrangeiros dos 57 países membros, resultou numa declaração que responsabiliza Israel pelo "hediondo" assassinato de Haniyeh. Bagheri afirmou que os membros da OCI expressaram apoio à retaliação iraniana, apesar dos apelos à contenção por parte de Washington e dos crescentes receios de uma escalada na região.
Contexto da crise - O assassinato de Haniyeh, que desempenhava um papel central nas negociações de reféns e cessar-fogo, ocorreu durante a sua visita a Teerão para assistir à tomada de posse de Masoud Pezeshkian. Este incidente interrompeu as negociações em curso e elevou significativamente as tensões entre o Irão e Israel, com o potencial de desencadear um confronto direto entre os dois países.
Expectativas e reações internacionais - EUA prevêem que a resposta do Irão possa seguir o padrão de abril, mas potencialmente em maior escala, possivelmente envolvendo o Hezbollah no Líbano. Os esforços diplomáticos do Presidente Biden podem estar a surtir efeito, com o Irão a reconsiderar planos de retaliação mais severos. A comunidade internacional observa atentamente, esperando que o prolongamento das deliberações possa reduzir a probabilidade de uma escalada para guerra.
Contexto do assassinato - Apenas doze horas antes do assassinato de Haniyeh, Israel tinha eliminado Fuad Shukr, o comandante de topo do Hezbollah libanês, juntamente com cinco civis, num ataque de drone num subúrbio de Beirute. Esta ação foi uma retaliação por um ataque de 27 de julho que matou doze crianças nos Montes Golã ocupados. Milad Bidi, membro do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), também foi morto no ataque aéreo israelita.
Responsabilidade pelo assassinato - O Irão e o Hamas culparam Israel pelo assassinato de Haniyeh, embora Israel não tenha assumido nem negado. Fontes oficiais dos EUA também fizeram esta avaliação. O incidente levanta questões sobre o impacto na liderança de inteligência iraniana, especialmente após a demissão de Hossein Taeb em 2022 por falhar em impedir sabotagens e assassinatos em solo iraniano por Israel.
Método do assassinato - Existem narrativas contraditórias sobre como o assassinato ocorreu. Os meios de comunicação estatais inicialmente descreveram o uso de um "projétil guiado aéreo", mais tarde referido como um "foguete". O IRGC afirma que foi utilizado um "projétil de curto alcance com uma ogiva" de cerca de 7 kg, disparado do exterior da casa de hóspedes. No entanto, segundo cinco oficiais do Médio Oriente, um "dispositivo explosivo" foi introduzido secretamente na casa de hóspedes dois meses antes da visita de Haniyeh e detonado remotamente.
Contexto do conflito - A guerra em Gaza começou com os ataques do Hamas ao sul de Israel a 7 de outubro, resultando na morte de 1.198 pessoas, maioritariamente civis, e na captura de 251 reféns. A campanha militar de retaliação de Israel em Gaza já causou pelo menos 39.699 mortes, segundo o ministério da saúde do território controlado pelo Hamas.
Timeline
Contexto
7 outubro 2023: Ataque do Hamas desencadeia a guerra em Gaza
Atualidade
27 julho: Ataque mata 12 crianças nos Montes Golã ocupados
30 julho: Assassinato de Fuad Shukr e 5 civis em Beirute
12 horas depois: Assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão
7 agosto 2024: Reunião extraordinária da OCI em Jeddah
Próximos dias: Possível resposta do Irão (baseado no padrão de 12 dias observado em abril)
Fontes: theiranist.com, guardian.ng
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🇵🇸 A nomeação de Yahya Sinwar como líder político do Hamas complica ainda mais as negociações de cessar-fogo em Gaza. Sinwar, de 61 anos, é considerado um líder mais radical e pragmático, tendo passado 23 anos em prisões israelitas. "Como pode dar frutos uma mediação quando uma das partes assassina o negociador da outra?", questionou o primeiro-ministro do Qatar, referindo-se ao presumível assassinato do antecessor de Sinwar, Ismail Haniya, pela Mossad em Teerão. Sinwar terá sido o mentor do ataque de 7 de outubro contra Israel. Nascido no campo de refugiados Khan Yunis, liderou o movimento em Gaza desde 2017. O Hamas anunciou a sua nomeação uma semana após a morte do seu antecessor, Ismail Haniyeh. • elpais.com, expresso.pt
Portugal
🚲 A Secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, defende a promoção da bicicleta como alternativa de transporte. Durante uma visita à futura estação do Metro do Porto, a governante afirmou que "não podemos só olhar para o metro ou só olhar para o autocarro", enfatizando a necessidade de estimular os modos ciclável e pedonal, especialmente nos grandes centros urbanos. Contudo, dados do INE revelam que o uso do automóvel em Portugal aumentou de 62% para 64% num período de dez anos, indicando que os portugueses permanecem fortemente dependentes do carro. • mundodasbicicletas.substack.com
🚅 A CP foi surpreendida pela interferência do ministro Miguel Pinto Luz nas suas ambições para a alta velocidade. O Governo admite reduzir a encomenda de comboios planeada pela empresa ferroviária, o que pode comprometer o objetivo de oferecer ligações Porto-Lisboa a cada meia hora. Esta decisão contrasta com o plano de negócios previamente apresentado pela CP à tutela, que incluía a aquisição de 14 automotoras de alta velocidade para garantir uma posição relevante no mercado após o saneamento da sua dívida histórica. • publico.pt
🇵🇹 O Governo português vai penalizar empresas que usaram a bandeira nacional para promover bebidas alcoólicas nas redes sociais entre 8 e 15 de julho. A Direção-Geral do Consumidor identificou infrações ao Código da Publicidade em três empresas, que podem enfrentar multas entre 2.493,98€ e 24.939,89€. A DGC alerta ainda para a falta de restrições na legislação quanto aos horários de publicidade a bebidas alcoólicas nos meios digitais, o que dificulta a proteção de menores. • expresso.pt
🏥 O Serviço Nacional de Saúde gastou mais de 108 milhões de euros em prestações de serviço no primeiro semestre de 2023. Deste montante, cerca de 101 milhões foram destinados a médicos tarefeiros, que trabalharam quase 2,5 milhões de horas. Adicionalmente, o SNS despendeu 127,3 milhões de euros em horas extraordinárias de médicos, correspondendo a mais de 3,1 milhões de horas de trabalho suplementar. • rr.sapo.pt
🇵🇹 O PS critica a "politiquice" de Carlos Moedas na Câmara de Lisboa. Os socialistas lamentam a postura do atual presidente do executivo municipal relativamente à multa de 1.027.500 euros aplicada à autarquia no caso "Russiagate". O PS afirma que a câmara "pode e deve recorrer" da decisão judicial, rejeitando a ideia de "pesada herança" mencionada por Moedas e acusando-o de se apropriar de obras e medidas já em curso quando assumiu o cargo. • observador.pt
🏥 O PS exige ao Governo dados detalhados sobre o SNS. Os deputados socialistas solicitaram informações sobre o número de cirurgias realizadas até julho, utentes em lista de espera e mapas diários de urgências de ginecologia e obstetrícia. O requerimento, dirigido ao Ministério da Saúde, pede também a retomada da publicação regular de informações no portal do SNS, alegadamente interrompida em dezembro passado, e solicita dados específicos sobre cirurgias oncológicas e tempos de espera. • rr.sapo.pt
🏥 O Governo aprovou um financiamento de 65 milhões de euros para um novo Centro de Atendimento Clínico (CAC) no Porto. Este centro, a funcionar no Hospital da Prelada em cooperação com a Misericórdia do Porto, visa atender casos menos urgentes na região Norte, desviando pacientes com pulseiras verdes e azuis das urgências hospitalares. O ministro António Leitão Amaro defendeu a medida, afirmando que "a resolução dos problemas não se faz num dia", e rejeitou críticas sobre a ausência do Governo face aos problemas no SNS, responsabilizando o anterior executivo pela situação atual. • expresso.pt
Economia
🏗️ Os custos de construção de habitação nova em Portugal subiram 3,7% em junho de 2024 comparativamente ao ano anterior. O aumento deve-se principalmente ao custo da mão-de-obra, que subiu 8,4%, contribuindo com 3,6 pontos percentuais para a variação do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova. Apesar da subida geral, alguns materiais como revestimentos, isolamentos e chapa de aço registaram descidas significativas de preço. • rtp.pt
🏠 O Governo português pondera aumentar o apoio financeiro para melhorias energéticas em habitações. A atual dotação de 30 milhões de euros para o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES) é insuficiente para as 78.052 candidaturas recebidas. O executivo avalia a possibilidade de utilizar parte ou a totalidade dos 70 milhões de euros adicionais obtidos da Comissão Europeia através do RePowerEU para cobrir todas as candidaturas elegíveis. Até agora, foram aprovados reembolsos de quase dois milhões de euros, com 731 candidaturas em pagamento ou já pagas. • expresso.pt
🇵🇹 O Governo também aprovou um pacote de medidas de promoção do emprego, com um investimento de 260 milhões de euros. O plano inclui apoios a estágios profissionais e à contratação sem termo, focando-se principalmente em jovens, pessoas com deficiência e trabalhadores estrangeiros. Uma das iniciativas visa reter talento no país, financiando estágios e contratos com remunerações superiores a 1.385,98 euros. • rtp.pt
Mundo
🇺🇸 A ascensão de Kamala Harris tem perturbado Donald Trump, segundo os seus apoiantes. O ex-presidente parece distraído pelo impulso da candidata democrata, envolvendo-se em discussões sobre a identidade birracial de Harris e conflitos com outros republicanos. Os aliados de Trump desejam que ele se concentre nas questões políticas, mas ele tem-se deixado levar por distrações, chegando a fantasiar que Biden possa de alguma forma recuperar a nomeação. • nytimes.com
🇺🇸 A Coca-Cola enfrenta uma possível dívida fiscal de 16 mil milhões de dólares nos EUA. As autoridades fiscais americanas acusam a empresa de desviar lucros para subsidiárias em países com baixos impostos, como a Irlanda, Brasil e Essuatíni. O IRS alega que, desde 2015, a Coca-Cola aplicou incorretamente uma fórmula de 1996 para reafetação de lucros, resultando em rendimentos subdeclarados nos EUA. "O valor, a confirmar-se, varre-lhe cerca de um ano e meio de lucros", segundo o Financial Times. • expresso.pt
🇲🇿 Moçambique recebeu mais de 1,1 milhões de turistas em 2023, uma queda de 43,3% em relação a 2019, segundo dados do INE. Os visitantes gastaram mais de 744,7 milhões de euros, com um gasto médio diário de 92 euros. Sul-africanos lideraram os gastos (33,5%), seguidos pelos portugueses (10,3%) e britânicos (6,2%), numa lista que inclui também americanos, italianos, brasileiros, indianos e chineses. • rtp.pt
🇦🇹 Autoridades austríacas detêm jovem de 19 anos que planeava um ataque terrorista num concerto de Taylor Swift em Viena. O suspeito, que havia jurado lealdade ao Estado Islâmico, confessou a intenção de realizar um ataque suicida com explosivos e facas. Os três espetáculos da cantora, que atrairiam mais de 195.000 pessoas, foram cancelados. Foram apreendidos produtos químicos e dispositivos técnicos na casa do suspeito, evidenciando "ações preparatórias concretas", segundo o chefe de segurança pública Franz Ruf. • bbc.com
🇧🇩 O vencedor do Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, regressou ao Bangladesh para liderar um governo interino, após ser absolvido de acusações alegadamente políticas. Esta reviravolta reflete as rápidas mudanças no país, onde o anterior líder foi deposto por protestos estudantis. Yunus enfrenta desafios significativos, desde restaurar a confiança na democracia até recuperar a economia afetada pelas manifestações. O Dhaka Tribune alertou em editorial: "Embora haja uma nova esperança tentativa no Bangladesh hoje, devemos lembrar que este é um território inexplorado para nós como nação". • theguardian.com
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Um livro
História da Palestina Moderna. Autor: Ilan Pappe. Tradução: Ana Saldanha. Editora: Caminho, 2024 “Historiador e activista social israelita exilado em Inglaterra, é docente na Universidade de Exeter, na qual dirige o Centro Europeu de Estudos Palestinianos. Faz parte da geração de historiadores israelitas que recusam a interpretação unilateral e oficial da História do seu país. É um crítico da política de Israel em relação aos palestinianos. Neste livro, conta a História da Palestina, terra habitada por dois povos, duas identidades: a narrativa tem início nos primeiros anos do século XIX, ainda no período otomano, passa depois pela chegada dos primeiros sionistas, no final desse século, pelo mandato britânico, pela criação do Estado de Israel em 1948, e as guerras e conflitos que se lhe seguiram.” José Riço Direitinho
Um filme
Banel e Adama. Realização: Ramata-Toulaye Sy Actores: Khady Mane, Mamadou Diallo, Binta Racine Sy, Moussa Sow. “Banel & Adama: Shakespeare no Senegal. É tão raro encontrar um objecto como Banel & Adama que a sua mera existência tem de ser celebrada. Primeiro: é um filme africano, primeira obra de uma realizadora senegalesa, que se ancora em costumes e realidades locais sem as edulcorar para uma audiência ocidental nem se comprazer na modorra bem-intencionada do "filme de tema". Segundo: é um filme "de autor" que não se limita a perpetuar os lugares-comuns do cinema de autor ou de festival. Terceiro, que é uma soma dos dois anteriores, mas é também algo de diferente: é um filme que reconhece o que existe de universal no local e de local no universal, cujo drama central ressoa em muitas culturas mundiais, mas que não faz alarde dessa universalidade para construir um dos mais singulares retratos de mulher que temos visto recentemente no grande ecrã.” Jorge Mourinha
Uma peça de teatro
HEISENBERG — O princípio da incerteza. Teatro Aberto, Lisboa, repõe a partir de 6 setembro 2024. Autor: Simon Stephens. Versão: João Lourenço | Vera San Payo de Lemos. Dramaturgia: Vera San Payo de Lemos. Encenação: João Lourenço. Com: Ana Guiomar e Virgílio Castelo “Numa estação de comboios em Londres, uma mulher aborda de repente um homem desconhecido. Desculpa-se, dizendo que o confundiu com outra pessoa, mas será que foi realmente isso que aconteceu? Segundo o princípio da incerteza, definido pelo físico Heisenberg, não se consegue determinar ao mesmo tempo a posição e o movimento de uma partícula com total precisão. Aplicado ao relacionamento deste homem e desta mulher solitários e contraditórios, este princípio adquire significados surpreendentes: a imprecisão torna-se esperança e a incerteza, a vaga oportunidade de uma nova vida, frágil e inusitada, a construir, um dia de cada vez. Será possível?”