[2.62] Vamos mudar de fase
Terramoto eleitoral: CH virtual segundo partido e Portugal aproxima-se do tri-partidarismo europeu. Governo a prazo e maioria de 2/3 da direita legisladora exigem maior fiscalização cidadã
Nesta edição:
Vamos mudar de fase: o impacto do terramoto eleitoral na VamoLáVer, com uma chamada de atenção aos leitores
🗳️💥 Legislativas 2025: direita consegue maioria de revisão constitucional e esmaga esquerda, mas paradoxalmente sem assegurar governabilidade estável
🇪🇺 🗳️ O avanço da extrema-direita na Europa: um mapa do poder nacionalista
🇬🇧🤝🇪🇺 Reino Unido e União Europeia assinam novo pacto de defesa e relançam relações pós-Brexit
🌍🤝 Meloni reúne-se com Vance e von der Leyen em Roma
🇭🇺 🚫 Hungria ameaça extinguir organizações da sociedade civil
📚 Espanha: como o sector da educação se tornou um dos motores do emprego
Vamos mudar de fase
Como pessoa com valores de formação humanista, democrata, de esquerda e subscritora do primado do método científico, o resultado das eleições deste dia 18 causou-me profundo desalento e estranheza.
Como eleitor de esquerda, as eleições causaram-me tristeza.
Como democrata, aceito sem rebuço as preferências do eleitorado e como cidadão compreendo o que interpreto como seu fundamento principal, divergindo totalmente na decisão.
Como cidadão, nada mudou: continuo comprometido com o objetivo da cidadania melhor informada que está na origem da iniciativa VamoLáVer.
E como editor desta newsletter, considero este um tempo apropriado para introduzir algumas melhorias, acompanhadas de uma chamada de atenção.
Três pressupostos:
este é um momento de reflexão para os partidos derrotados, sobretudo no lado esquerdo do hemiciclo. A VamoLáVer confia na capacidade de regeneração da democracia e aguarda pelas novas propostas e lideranças;
é também um momento para a resistência e a reorganização. Sejam partidos, grupos de pressão, think tanks, associações cívicas e outras estruturas ad hoc que podem vir ter vidas breves ou longas, da noite eleitoral saiu uma vontade de resistir — um movimento que extravasa as esquerdas e é mais abrangente, é também professo por figuras afetas às direitas, que colocam a sua pertença democrata acima das divisões ideológicas;
o jornalismo português vegeta há largos anos numa crise existencial e de identidade, tendo optado por perseguir traseiras de autocarros e ambulâncias para noticiar ad nauseum aspetos anedóticos do dia a dia — há um nome técnico, que é infotainment, ou info-entretenimento —, abandonando largamente as tarefas de escrutínio dos poderes, de denúncia dos casos alarmantes e de explanação e explicação dos problemas das populações e suas vidas e atividades.
Compreensível que possa ser a nossa atitude, o facto é que hoje os democratas perderam para o autoritarismo o seu histórico aliado. A procura de preencher o vazio do escrutínio levou, noutras paragens, a uma explosão de alternativas — em muitos casos jornalistas que abandonaram as empresas de comunicação social para continuarem a fazer jornalismo por conta própria ou em pequenas startups, noutros casos académicos com uma palavra a dizer nas suas áreas, noutros ainda cidadãos (como é o meu caso) com algumas competências em domínios da informação e suas tecnologias que procuram novos mecanismos de fiscalização ao serviço do coletivo, de forma remunerada ou pro bono.
Colocados os pressupostos, vamos aos três vectores de melhoria.
Aprofundar a fiscalização e o escrutínio por conta própria. Neste ano e meio dependemos do noticiário nacional para o grosso do seguimento da atividade política em Portugal. O filtro do essencial foi a principal mais valia da VamoLáVer. Já era insuficiente — e aos poucos fomos dando menos espaço a Portugal e mais espaço à União. Mas o que se desenha no futuro imediato, com os media — sobretudo as televisões — comprometidos com o infotainment, submetidos às lógicas mercantis e em demasiados casos fascinados com o populismo, levou o caso a outro patamar. Vamos investir algum tempo e esforço para aprimorar e aumentar a fiscalização das ações governativa e legislativa.
Procurar e recompensar o jornalismo de investigação e de explicação. Graças aos apoiantes, assinamos várias publicações, tanto convencionais como novas. Há muitas mais. Dois exemplos: em Portugal adicionar a Visão à nossa lista (já esteve, mas saiu) e internacionalmente apoiar a Follow the Money. Há outros na fila de espera, dependendo dos novos apoios que vão chegando.
Averiguar a possibilidade de uma rede, formal ou informal, de meios alternativos, começando pelas newsletters que já existem e pelas que deverão abrir nos próximos tempos. (É expectável que suceda, na micro-escala do país, uma explosão como sucedeu nos meios dos Estados Unidos, que se multiplicaram no Substack após o regresso de Trump ao poder.) O compromisso é dialogar com outros democratas com foco na cidadania, esperando que se chegue a algum tipo de colaboração entre meios.
Esta proposta de melhorias depende em larga medida do apoio dos leitores. Em graus diferentes, importam em custos financeiros — recordo que VamoLáVer não está orientada ao lucro e não tem publicidade nem nenhuma relação de dependência.
Ou seja: VamoLáVer precisa do seu apoio para mudarmos de fase, para termos melhor escrutínio dos futuros Governo e Parlamento, e ganhar independência face ao jornalismo em crise de identidade.
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🗳️💥 Legislativas 2025: direita consegue maioria de revisão constitucional e esmaga esquerda, mas instabilidade continuará
A AD venceu as eleições de dia 18 de maio com 32,10% dos 5 965 446 votos expressos, fazendo eleger 86 deputados — mais nove do que nas legislativas de 2024.
A vitória foi mais de Luís Montenegro, no plano individual, do que do seu Governo: a votação extraordinariamente expressiva no partido da extrema-direita, que com os votos da emigração ascenderá de facto a segunda força política portuguesa com previsivelmente 60 deputados, é um claro sinal do descontentamento com a situação social e económica de cada vez mais largas fatias da população, que a governação dos últimos 11 meses não alterou.
André Ventura é porém o maior vencedor. Com o encerramento dos mandatos, terá crescido tanto como a AD em número de deputados. Ventura será o líder da oposição no cenário governativo que se adivinha mais provável, para não escrever inevitável (ler abaixo).
Abaixo o quadro com os números provisórios oficiais.
Maioria de dois terços: histórica, sim
Contando com os nove deputados da IL (que cresceu apenas um deputado e viu goradas todas as suas pretensões de relevância política exceto a que se segue), o bloco dos cinco partidos de direita passou nestas eleições a dispor da maioria de dois terços de deputados necessária a efetuar revisões da Constituição da República Portuguesa. PSD + CH + IL + CDS + PPM somam 156 deputados, quando são necessários 154, e fecharão a contagem eleitoral com previsivelmente 159.
As condições para uma revisão constitucional não são exclusivamente do número de deputados e esta pode não vir a ocorrer nesta legislatura, ou ocorrer numa configuração partidária envolvendo também o PS, mas o simples facto de esse patamar ter sido atingido tem uma grande carga simbólica — e é um marco para a História da democracia portuguesa.
Da copiosa derrota de Pedro Nuno Santos…
A esquerda teve a sua pior votação de sempre. O PS ficará relegado para terceiro partido — uma situação inédita. A aposta de Pedro Nuno Santos no confronto com Luís Montenegro a partir do caso Spinumviva revelou-se muito má. Não foi além dos 58 deputados (59 eventualmente, depois do fecho da contagem, dentro de alguns dias). Razão suficiente para anunciar, no discurso de derrota, a saída de Secretário-geral no mais breve prazo.
… passando pela vitória de Rui Tavares…
Além do PS soçobraram na grande vaga do radicalismo à direita o BE e o PCP. Marina Mortágua passa a deputada única, esboroado o grupo parlamentar de cinco bloquistas. O PCP resistiu melhor, passando de quatro para três deputados.
Sem contar o JPP, cujo rótulo de centro-esquerda humanista está por comprovar na Assembleia da República para a qual entrou pela primeira vez, o Livre foi o único partido à esquerda no Parlamento que cresceu: passou de quatro para seis deputados. O fundador do partido e seu porta-voz, Rui Tavares, é o autor da única estratégia vencedora dentro da esquerda.
O PAN manteve Inês Sousa Real como deputada única.
… até à governabilidade precária…
A situação saída das urnas alterou todos cenários de governabilidade previstos — o que é frequente, aliás. O PSD não tem nenhum dos cenários de maioria absoluta que pretendia. Nem sozinho, nem com o CDS, nem com a IL. Um cenário possível confirmou-se improvável: o PS não reúne condições internas, sequer, para integrar o governo de bloco central que grande utilidade teria para o país.
A saída em cima da mesa é uma só: um governo AD minoritário, viabilizado — ou tacitamente consentido a dois — pelo PS, relegado para um plano secundário para poder tratar da sua regeneração interna e deixando ao CH a tribuna da oposição.
Será um governo com um prazo de validade mínimo: 13 ou 14 meses até poderem ser agendadas eleições se o clima político a marcar o início da próxima Presidência da República assim o pedir ao próximo titular.
Uma governabilidade precária, que Montenegro pode transformar em estável: o seu poder para gerir as relações à esquerda e direita é muito considerável.
… para chegar finalmente à Europa
Verborreia incluída, André Ventura aproximou o sistema partidário português da bitola europeia. O tri-partidarismo tornou-se facto na Bélgica, Países Baixos, França, Itália, Espanha e também está acentuado na Alemanha multipartidária. Mas também ali o segundo partido é da extrema-direita.
O sistema bi-partidário praticamente só resta na Hungria e na Polónia.
🇪🇺 🗳️ O avanço da extrema-direita na Europa: um mapa do poder nacionalista
A extrema-direita radical e nacionalista tem registado um crescimento significativo em vários países europeus nos últimos anos, conquistando posições de poder ou aumentando a sua representação parlamentar.
Países onde a extrema-direita está no governo:
Itália: Giorgia Meloni lidera o governo desde 2022, após a vitória histórica do seu partido pós-fascista Fratelli d'Italia.
Hungria: Viktor Orbán, ultranacionalista, governa desde 2010 e foi reeleito em 2022 para um quarto mandato consecutivo.
Países Baixos: O Partido da Liberdade (PVV) de Geert Wilders formou uma coligação governamental em 2024, embora tenha renunciado ao cargo de primeiro-ministro.
Eslováquia: Robert Fico, nacionalista próximo da Rússia, regressou ao poder em 2023 com uma coligação que inclui o partido de extrema-direita SNS.
Finlândia: O Partido dos Finlandeses integra a coligação governamental formada em 2023.
Suécia: Os Democratas da Suécia não têm ministros, mas apoiam o governo e influenciam diretamente as suas decisões.
Países onde a extrema-direita cresceu recentemente:
Portugal: O Chega ultrapassou pela primeira vez os 20% nas eleições legislativas de 2025.
Alemanha: A AfD duplicou o seu resultado nas eleições parlamentares de fevereiro de 2025, atingindo 20,8%.
Bélgica: O Vlaams Belang aumentou a sua representação tanto no parlamento flamengo como a nível federal.
Reino Unido: O Reform UK de Nigel Farage conquistou os seus primeiros cinco deputados em 2025, com cerca de 14% dos votos.
Países onde a extrema-direita esteve perto do poder:
Áustria: O FPO, fundado por antigos nazis, venceu as eleições de setembro de 2024, mas não conseguiu formar governo.
França: O Rassemblement National é atualmente o maior partido numa Assembleia Nacional fragmentada, após ter sido impedido de chegar ao poder por uma coligação de forças democráticas.
Roménia: O candidato soberanista George Simion chegou à segunda volta das presidenciais em maio de 2025, mas acabou derrotado pelo candidato centrista e pró-europeu.
Fonte: sicnoticias.pt
🇬🇧🤝🇪🇺 Reino Unido e União Europeia assinam novo pacto de defesa e relançam relações pós-Brexit
O Reino Unido e a União Europeia assinaram um novo pacto de defesa e segurança, assinalando um "reset" nas relações após anos de tensão devido ao Brexit. O acordo foi anunciado durante uma cimeira em Londres e inclui também concessões importantes em áreas como pescas e energia.
Defesa e segurança:
O novo pacto formaliza a cooperação em áreas como guerra híbrida, cibersegurança, resiliência de infraestruturas e segurança marítima.
O Reino Unido poderá participar em programas conjuntos de aquisição de defesa da UE, mas a entrada no programa SAFE, avaliado em 150 mil milhões de euros, dependerá de futuras negociações e contribuições financeiras britânicas.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destacou que este é apenas "o primeiro passo" para a participação britânica em investimentos de defesa europeus.
Pescas:
O Reino Unido aceitou prolongar por mais doze anos, até 2038, os direitos de pesca generosos para as frotas da UE em águas britânicas, após forte pressão de França.
Esta concessão gerou críticas internas ao primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Outros domínios de cooperação futura:
Londres e Bruxelas concordaram em aprofundar negociações sobre energia, regras agroalimentares, clima, migração, policiamento e mobilidade de pessoas.
Um dos planos mais ambiciosos prevê que o Reino Unido volte a alinhar-se com o mercado único europeu de eletricidade e siga regulamentos da UE, sob supervisão do Tribunal de Justiça da União Europeia.
Declarações e contexto:
Keir Starmer afirmou que "o Reino Unido está de volta ao palco mundial", sublinhando o impacto económico positivo destes acordos.
Von der Leyen considerou o acordo "histórico" e António Costa, presidente do Conselho Europeu, elogiou o novo espírito de cooperação.
Este acordo marca uma viragem significativa nas relações Reino Unido-UE, com potencial para maior integração em áreas estratégicas, apesar de ainda existirem etapas negociais importantes pela frente.
Fonte: politico.eu
🌍🤝 Meloni reúne-se com Vance e von der Leyen em Roma
A notícia - A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, realizou no domingo um encontro em Roma com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Esta reunião, que decorreu à margem da cerimónia de inauguração do Papa Leão XVI, marca o primeiro encontro oficial entre líderes dos EUA e da UE desde que Donald Trump assumiu o cargo. As discussões centraram-se principalmente nas tensões comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos relativamente a tarifas.
Meloni destacou o seu papel como mediadora entre a UE e os EUA, descrevendo o encontro como "construtivo" e um "passo em frente para a unidade ocidental" numa publicação nas redes sociais.
O vice-presidente Vance expressou otimismo quanto às negociações comerciais, afirmando: "Acredito que teremos uma conversa produtiva, e esperamos que isto marque o início de negociações comerciais de longo prazo que beneficiem tanto os EUA como a UE."
Von der Leyen adotou um tom igualmente esperançoso, acrescentando: "O que nos une é que ambos queremos um bom acordo para ambas as partes", apesar das recentes ameaças da Comissão Europeia de impor tarifas sobre importantes fabricantes de aeronaves norte-americanos.
As tensões comerciais permanecem evidentes, com Trump a classificar recentemente a UE como "desesperada" por um acordo comercial, enquanto um encontro formal entre von der Leyen e Trump ainda não se concretizou, apesar de terem concordado em reunir-se durante uma breve conversa no funeral do Papa no mês passado.
Fonte: euractiv.com
📚 Espanha: como o sector da educação se tornou um dos motores do emprego
Desde a pandemia, o sector educativo tornou-se num dos pilares do emprego em Espanha.
Um dado: o emprego neste sector cresceu quase 30% entre Dezembro de 2019 e Abril de 2025, passando de 1,1 milhões de trabalhadores para 1,4 milhões.
Este aumento é três vezes superior ao crescimento geral do emprego, que foi de 11% no mesmo período.
As causas por detrás deste boom:
A expansão das universidades privadas: actualmente, existem 46 universidades privadas em Espanha e mais dez em processo de autorização. O emprego nestas instituições cresce a um ritmo de 10% ao ano, face aos 1-2% das universidades públicas.
A procura de formação não regulamentada: os cursos de apoio, preparação para concursos públicos e oficinas municipais aumentaram, especialmente nas áreas tecnológicas.
O aumento do emprego público educativo: a regularização de professores contratados a termo acrescentou mais trabalhadores ao sistema.
O investimento em formação para o emprego: os fundos europeus pós-pandemia financiaram programas formativos, alargando a oferta disponível.
A qualidade do emprego: os contratos permanentes a tempo completo passaram de 27% para 25%, enquanto os contratos permanentes intermitentes duplicaram de 6% para 12%. Isto reflecte uma tendência para empregos menos estáveis.
Fonte: El País
União Europeia
📉 A Comissão Europeia reduziu drasticamente as previsões de crescimento para a UE de 1,5% para apenas 1,1% em 2025. Na zona euro, a projeção caiu de 1,3% para 0,9%, com a Alemanha a estagnar (0% vs 0,7% previsto anteriormente) devido às tensões comerciais globais. • euractiv.com
🇷🇴 Nicusor Dan vence eleição presidencial na Roménia com 53,6% dos votos, derrotando o candidato de extrema-direita George Simion. O matemático de 55 anos, pró-UE e reformista, enfrenta agora um país dividido onde a corrupção endémica e a desconfiança nas instituições alimentaram a rejeição do establishment político. • apnews.com
🗳️ O autarca liberal de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, venceu a primeira volta das eleições presidenciais polacas com 30,8% dos votos, contra 29,1% de Karol Nawrocki. Os dois candidatos disputarão a segunda volta a 1 de junho, após nenhum dos 13 candidatos ter ultrapassado os 50%. • expresso.pt
Economia
📊 A taxa de inflação na zona euro manteve-se nos 2,2% em abril, igual ao mês anterior. França registou a taxa mais baixa (0,9%), enquanto a Estónia apresentou o valor mais elevado (4,4%). Portugal ficou nos 2,1%, próximo da média europeia e do objetivo do BCE. • publico.pt
Mundo
🕊️ Putin afirma estar pronto para acabar com a guerra na Ucrânia, após conversa telefónica de duas horas com Trump. O presidente russo agradeceu o papel dos EUA na retomada das negociações diretas, mostrando-se disponível para estabelecer um cessar-fogo que seja "aceitável para todos". • newsweek.com
Sou leitor (sempre que possível) e, agora mais do que nunca, é importante apoiar. Era fundamental que este e outros excelentes trabalhos chegassem também aos mais novos, novos eleitores, hipnotizados pela mensagem fácil do tiktok, twitch, Instagram. Não sei como mas é fundamental ocupar esses espaços também.