[1.94] 🇻🇪🌎 Tensão crescente. Venezuela corta relações diplomáticas após eleições contestadas
As presidenciais ditaram, como não podiam deixar de ditar, a continuidade de Nicolas Maduro como presidente da Venezuela. Que está a cortar relações com os países que desconfiam dos resultados
A atividade política abrandou significativamente em Portugal e na Europa, como sempre sucede nesta época do ano. VamoLáVer também abrandou, das habituais três para duas edições por semana.
Nesta edição:
Venezuela corta relações diplomáticas com países que solicitaram uma recontagem independente após as eleições presidenciais
Previsão de Nate Silver: Kamala Harris favorita na votação popular, mas em desvantagem no Colégio Eleitoral
União dos mercados de capitais: a aposta de 10 biliões de euros da Europa
Retaliação israelita no Líbano preocupa observadores
Novo direito à reparação aprovado no Parlamento Europeu
E uma síntese de notícias breves
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ATUALIDADE
🇻🇪🌎 Tensão crescente. Venezuela corta relações diplomáticas após eleição contestada
A Venezuela cortou relações diplomáticas com vários países que solicitaram uma recontagem independente após as eleições presidenciais de domingo. Esta decisão drástica surge na sequência da declaração de vitória do presidente Nicolás Maduro pelas autoridades eleitorais, um resultado veementemente contestado pela oposição, que alega possuir provas de fraude. A tensão escalou rapidamente, resultando em protestos generalizados que já causaram pelo menos duas vítimas mortais.
A crise está a provocar uma reação internacional significativa. Brasil, Colômbia e México, tradicionalmente amigáveis com o regime de Maduro, estão a considerar emitir uma declaração conjunta exigindo a divulgação dos registos eleitorais. Simultaneamente, vários países latino-americanos preparam-se para solicitar uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA). As principais potências ocidentais também estão a pressionar por maior transparência no processo eleitoral.
Reação da oposição - María Corina Machado, líder da oposição, expressou através da plataforma X o desejo de milhões de venezuelanos e pessoas em todo o mundo de verem os seus votos contabilizados. A oposição insiste que o seu candidato, Edmundo Gonzalez, recebeu mais do dobro dos votos de Maduro, baseando-se em 73% das contagens a que tiveram acesso.
Protestos e repressão - Os manifestantes saíram às ruas em várias cidades, bloqueando estradas e enfrentando as forças de segurança. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo para dispersar os protestos. O Observatório Venezuelano de Conflitos registou 187 protestos em 20 estados, com relatos de "numerosos atos de repressão e violência" por parte de grupos paramilitares e forças de segurança.
Posição do governo - O governo de Maduro classifica os manifestantes como "agitadores violentos" e descreve os protestos como uma tentativa de golpe de Estado. O Ministro da Defesa, General Vladimir Padrino, reafirmou o apoio das forças armadas ao governo, não havendo sinais de dissidência entre os militares.
Reação internacional dividida - Enquanto os Estados Unidos consideram que a reeleição de Maduro carece de credibilidade, potências como a China e a Rússia congratularam o presidente venezuelano. O Perú ordenou a saída dos diplomatas venezuelanos, refletindo a crescente tensão diplomática na região.
Timeline dos eventos principais recentes
28 de julho: Realização das eleições presidenciais na Venezuela
29 de julho: Comissão eleitoral declara vitória de Nicolás Maduro
29-30 de julho: Início dos protestos e confrontos em várias cidades
30 de julho: Pelo menos duas mortes confirmadas em protestos
31 de julho: Venezuela corta relações diplomáticas com países que pediram recontagem
31 de julho: Países latino-americanos preparam pedido de reunião de emergência da OEA
Fontes e leituras complementares: elpais.com, reuters.com
Relacionadas:
🇻🇪 O grupo parlamentar do PS manifesta preocupação com os resultados das eleições na Venezuela. Os deputados socialistas saúdam a participação popular, mas apelam à "total transparência do processo eleitoral, com acesso e divulgação dos documentos de todas as assembleias de voto e resultados efetivos". Esta posição alinha-se com as da União Europeia e dos Estados Unidos, que exigem o respeito pelos resultados legítimos e a divulgação completa da informação sobre o ato eleitoral. • cmjornal.pt
🇻🇪 Francisco Assis alerta para a situação na Venezuela após as eleições contestadas. O eurodeputado socialista teme um "banho de sangue" ameaçado por Maduro e destaca a importância do papel do Brasil, sob a presidência de Lula da Silva, para evitar uma repressão violenta. Assis nota diferenças em relação à crise de 2018/2019, com uma aparente "vitória claríssima do candidato da oposição" e menor reconhecimento internacional da vitória de Maduro. Apela à pressão diplomática da UE, alertando para o risco de terrorismo de Estado. • expresso.pt
🗳️🇺🇸 Previsão de Nate Silver: Kamala Harris favorita na votação popular, mas em desvantagem no Colégio Eleitoral
O modelo de previsão eleitoral Silver Bulletin foi relançado hoje, revelando uma posição mais favorável para os Democratas com Kamala Harris como candidata presidencial, em comparação com Joe Biden. Harris é considerada ligeira favorita contra Donald Trump na votação popular, mas encontra-se em desvantagem no Colégio Eleitoral. Esta situação levanta a possibilidade de uma repetição da divisão entre voto popular e Colégio Eleitoral que custou aos Democratas as eleições de 2000 e 2016.
Posição de Harris - Kamala Harris oferece aos Democratas uma oportunidade competitiva, estando quase empatada nos estados necessários para alcançar 270 votos eleitorais. Há evidências de que está a recuperar apoio entre grupos demográficos importantes, como eleitores negros e jovens, o que melhora as suas perspetivas em estados como a Geórgia e a Carolina do Norte.
Estratégia do "Muro Azul" - A estratégia do "Muro Azul" para Harris implica vencer em Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, além de evitar perdas surpreendentes noutros locais. Embora estes estados estejam correlacionados no modelo, a necessidade de vencer em todos os três torna a tarefa mais desafiante do que vencer apenas em um.
Diferença Popular vs. Colégio Eleitoral - O modelo sugere que o Colégio Eleitoral seria um empate se Harris vencesse o voto popular por 2 a 3 pontos percentuais. Isto significa que precisa de vencer o voto popular por cerca de 2,5 pontos para superar a margem no Colégio Eleitoral, uma diferença ligeiramente maior do que a enfrentada por Biden.
Comparação com Biden - Harris está numa posição consideravelmente melhor do que Joe Biden, que tinha apenas 27% de hipóteses de vencer quando saiu da corrida. No entanto, o modelo mostra que Harris tem uma diferença ligeiramente maior entre o voto popular e o Colégio Eleitoral do que Biden tinha na sua versão da previsão.
Fonte: natesilver.net
💶🇪🇺 União dos mercados de capitais: a aposta de 10 biliões de euros da Europa
De Atenas a Berlim, os governos estão a unir-se em torno de uma ideia para impulsionar a economia. Se for bem-sucedida, poderá ser transformadora — mas é um grande "se".
A União Europeia está a enfrentar um desafio económico significativo, com a sua economia a ficar para trás em comparação com os Estados Unidos e a China. Para combater esta situação, a UE está a apostar na União dos Mercados de Capitais, um projeto que visa mobilizar os 10 biliões de euros em poupanças dos europeus para investimentos mais produtivos. Esta iniciativa é vista como crucial por líderes como o Presidente francês Emmanuel Macron e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para financiar a inovação, a transição energética e a indústria de defesa.
Poupanças Europeias Estagnadas - Os europeus têm cerca de 10 biliões de euros em contas bancárias, um valor equivalente a mais de um terço da economia dos EUA. Este dinheiro, se investido no mercado de ações, poderia impulsionar significativamente a economia europeia.
Diferenças EUA-UE - Nos EUA, quase 60% das famílias possuem ações, direta ou indiretamente através dos fundos de pensões. Em França e na Alemanha, esse número ronda os 18%. O valor de todas as empresas nas bolsas europeias, como percentagem do PIB, é metade do dos EUA.
União dos Mercados de Capitais - Este projeto visa ligar os 27 mercados diferentes da UE, permitindo que os investimentos fluam através das fronteiras. O objetivo é atrair mais capital das poupanças para financiar a indústria europeia e ajudá-la a competir com rivais estrangeiros.
Apoio Político - Líderes como Emmanuel Macron e Christian Lindner, ministro das Finanças alemão, vêem a União dos Mercados de Capitais como uma prioridade. A Alemanha aprecia-a como alternativa a mais dívida pública conjunta da UE, enquanto a França a vê como um passo para reduzir a dependência dos EUA.
Desafios Económicos - A Europa enfrenta uma indústria em declínio, startups com menos recursos e menos sucesso que as rivais estrangeiras, e regras fiscais da UE que limitam o investimento público em áreas cruciais como energia verde e indústria de defesa.
Artigo: politico.eu
Retaliação israelita no Líbano preocupa observadores
Em resposta ao ataque mortal num campo de futebol nos Montes Golã, o exército israelita atingiu vários alvos no Líbano. Segundo os israelitas, que culpam o Hezbollah pelo ataque, foram atingidos um depósito de armas e infraestruturas terroristas. Representantes da ONU apelaram à máxima contenção. Comentadores expressam preocupação.
🧐 Stefan Kornelius alerta que, apesar de Israel nunca ter perdido uma guerra devido à sua capacidade de avaliar com precisão as suas capacidades militares, a atual situação política volátil pode sobrecarregar o seu poderio militar. Adverte que uma guerra em várias frentes contra milícias terroristas fortemente armadas teria apenas um perdedor: Israel. • Süddeutsche Zeitung (Alemanha)
🗣 Joana Ricarte observa que este evento terrível ocorre num momento em que Netanyahu está sob crescente pressão para concordar com um cessar-fogo. Menciona rumores de um possível ataque ao aeroporto de Beirute e aos portos da região, concluindo que o Médio Oriente nunca esteve tão próximo de uma escalada. • Público (Portugal)
🕵️ Kostas Raptis explica a relutância de Washington em apoiar uma escalada, citando o desejo de encerrar a frente de Gaza durante a campanha eleitoral dos EUA. Destaca que o Hezbollah já demonstrou capacidade de enfrentar o exército israelita em pé de igualdade, presumindo que o seu arsenal e capacidades de combate melhoraram consideravelmente desde 2006. • Capital (Grécia)
✍ Kristian Mouritzen argumenta que o Ocidente deve considerar aumentar a pressão sobre o Irão e o Hezbollah para combater a ameaça real. Sugere que muitos países árabes estariam dispostos a fazer as pazes com Israel após o fim da guerra em Gaza, especialmente se houver perspetivas de melhores condições para os palestinianos, incluindo um estado próprio. • Berlingske (Dinamarca)
🧐 Em editorial, a Turun Sanomat vê um vislumbre de esperança nos relatos de que as fações palestinianas rivais, Hamas e Fatah, estão a defender a unidade em vez da divisão. Adverte, no entanto, que o papel de mediador na política de segurança internacional não pode ser deixado apenas à China. • Turun Sanomat (Finlândia)
🕵️ Gianluca Di Feo relata que o Ministro da Defesa Gallant considera essencial eliminar definitivamente a ameaça do Hezbollah, com uma parte dos militares a concordar. Sugere que os aliados libaneses do Irão estão a seguir uma estratégia bem-sucedida para desgastar as forças israelitas, visando atrair Israel para uma invasão. • La Repubblica (Itália)
🗣 Abbas Gallyamov argumenta que os ayatollah iranianos, que apoiam o Hezbollah, estão mais interessados do que nunca em agravar a situação na frente israelita, especialmente após a eleição de um presidente reformista modernizador no Irão. Sugere que a melhor forma de conter um líder assim é forçá-lo a tomar uma posição "patriótica" imediatamente. • Facebook (facebook.com)
✍ Lieven Sioen destaca a ironia de o Hezbollah ter atingido a própria terra e pessoas que afirma querer libertar da ocupação israelita, notando que os drusos pertencem ao ramo xiita do Islão, tal como o Hezbollah e o Irão. • De Standaard (Bélgica)
🧐 Dieter Fuchs argumenta que Israel precisa de um plano para uma solução política na Faixa de Gaza que possa pôr fim à guerra. Sugere que, uma vez estabelecido um cessar-fogo viável, Israel deve neutralizar o Hezbollah com uma combinação hábil de reação militar e ação política. Questiona se o governo de Netanyahu possui a sabedoria política necessária. • Stuttgarter Zeitung (Alemanha)
🕵️ Um editorial do Telegraph critica o duplo padrão na resposta internacional, notando a condenação de Israel por baixas civis em Gaza, mas também a ausência de protestos contra o Hezbollah ou o Irão. Alerta que a perspetiva de uma guerra que se espalhe pelo Médio Oriente até ao Golfo alarmará governos estrangeiros que há muito ignoram a ameaça do Hezbollah. • The Telegraph (Reino Unido)
🗣 Eduardo Caetano de Sousa acusa o Irão de manter o Líbano à beira da guerra, elogiando os esforços da administração Biden para resolver o conflito. Critica a falta de um plano de paz coerente, sustentável e viável por parte da Europa. • Sol (Portugal)
Notícia relacionada
🇵🇹 O Ministério dos Negócios Estrangeiros português condenou veementemente o ataque a Majdal Shams, nos Montes Golã sírios ocupados por Israel, que resultou na morte de 12 crianças e adolescentes no sábado. Numa publicação na rede social X, o ministério liderado por Paulo Rangel classificou o ato como uma "inadmissível violação do direito internacional", apelando à responsabilidade dos envolvidos para travar a escalada de violência em curso. • observador.pt
🇪🇺 👍 Novo direito à reparação aprovado no Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu aprovou novas regras para limitar resíduos e facilitar a reparação de produtos como eletrodomésticos e telemóveis. A medida obriga fabricantes a garantir consertos a preços razoáveis, mesmo após o período de garantia legal, que será estendido por um ano adicional para produtos reparados.
Consumidores terão acesso a peças sobresselentes, informações sobre reparação e ferramentas. Em caso de reparação, poderão solicitar um equipamento emprestado ou receber um produto recondicionado se o original for irreparável.
Incentivos à reparação - Estados-membros devem implementar medidas como vales, fundos de reparação ou campanhas informativas.
Plataforma digital europeia - Será criada para ajudar consumidores a encontrar oficinas de reparação e bens recondicionados.
Liberdade de reparação - Fabricantes não podem impedir o uso de peças em segunda mão ou impressas em 3D por oficinas independentes.
Aprovação e implementação - A diretiva foi aprovada em abril com 584 votos a favor, três contra e 14 abstenções, entrando agora oficialmente em vigor. Os países da UE têm dois anos para transpor a legislação.
Fonte: rr.sapo.pt
Portugal
🇵🇹 O Governo português vai investir 11,1 milhões de euros na reabilitação de dez rios e ribeiras, abrangendo 214 quilómetros de norte a sul do país. O projeto visa restaurar as características originais dos cursos de água, incluindo o rio Tua, Esteiro de Salreu, rio Arunca e outros. A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, está a visitar várias intervenções em curso, que representam um investimento de 5,3 milhões de euros. • rtp.pt
⚖️ O Presidente da República promulgou um diploma que aumenta o vencimento dos oficiais de Justiça. A medida, aprovada em Conselho de Ministros após acordo com o Sindicato dos Funcionários Judiciais, prevê um suplemento de 13,5% sobre o salário-base, pago durante 12 meses, com efeitos retroativos a junho. Esta decisão visa pôr fim às greves que têm perturbado o funcionamento da Justiça desde 2021. • jornaldenegocios.pt
União Europeia
🇪🇺 O PIB da zona euro cresceu 0,6% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior e 0,3% face ao trimestre precedente. Na UE, o crescimento foi de 0,7% em termos homólogos e 0,3% em cadeia. Entre os países com dados disponíveis, Espanha liderou o crescimento (2,9%), seguida por Portugal (1,5%), enquanto a Irlanda (-1,4%), Letónia (-0,4%) e Alemanha (-0,1%) registaram recuos. • rtp.pt
🇪🇸 A Booking foi multada em Espanha em 413,24 milhões de euros por abuso de posição dominante. A Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência espanhola (CNMC) acusa a plataforma de impor condições comerciais desleais aos hotéis espanhóis desde 2019, incluindo a proibição de oferecerem preços mais baixos nos seus próprios websites. A CNMC também criticou a obrigatoriedade dos hotéis recorrerem aos tribunais holandeses em caso de conflito, considerando esta prática "não equitativa". • rtp.pt
🇫🇷 O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs formalmente a recandidatura de Thierry Breton como comissário europeu. Numa carta a Ursula von der Leyen, Macron elogiou a competência, experiência e empenhamento europeu de Breton, que desde 2019 ocupa o cargo de Comissário para o Mercado Interno. Breton destacou-se no combate ao abuso de poder dos gigantes tecnológicos, estabelecendo-se como uma figura-chave na Comissão Europeia. • 24.sapo.pt
Economia
🇦🇴 A produção petrolífera de Angola em junho atingiu 34,8 milhões de barris, gerando receitas de 714,38 mil milhões de kwanzas (751 milhões de euros). Apesar de superar a produção diária prevista, com 1,162 milhões de barris por dia, as receitas sofreram uma redução de 20% em relação ao mês anterior, principalmente devido à queda do preço do barril de 87,69 para 81,30 dólares. • 24.sapo.pt
🇵🇹 A refinaria de Sines da Galp mantém-se como a maior poluidora de Portugal em 2023, emitindo cerca de 2,4 milhões de toneladas de CO2, apesar de uma redução de 11% face a 2022. No total, o 'top 10' de empresas mais poluentes do país registou uma diminuição de 14% nas emissões, totalizando 9,5 milhões de toneladas de CO2. A Zero expressa preocupação com a intenção da Galp de "rever (à partida em baixa) as suas metas de descarbonização" devido a descobertas petrolíferas na Namíbia. • rtp.pt
🏦 As taxas Euribor desceram para novos mínimos de mais de um ano nos prazos de três, seis e 12 meses. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu para 3,585%, o nível mais baixo desde 12 de maio de 2023. Segundo dados do Banco de Portugal, esta taxa representa 37,5% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, seguida pela taxa a 12 meses (33,8%) e a três meses (25,2%). • rr.sapo.pt
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Um livro
Jogos de Poder - Uma História Política das Olimpíadas. Autoria: Jules Boykoff. Editora: Livros Ziguarate, 2024. “Boicotes, exclusões, manifestações, atentados e obscuros jogos de bastidores: os Jogos Olímpicos não são só desporto. São, desde o início, uma poderosa - e por vezes escandalosa - arma política. O barão Pierre de Coubertin - aristocrata francês que reanimou as Olimpíadas modernas no final do século XIX - rejeitava publicamente a interferência da política nos Jogos Olímpicos. Ainda assim, mobilizou agentes do poder político para o ajudarem a estabelecer e a promover os Jogos. Dizer que o maior acontecimento desportivo mundial é alheio à política é, pois, desde o início, pura fantasia. Este livro, fruto de uma cuidadosa pesquisa, revela o modo como as Olimpíadas da era moderna beneficiam elites políticas e interesses corporativos, em contradição com o propalado mito do ideal olímpico.”
Uma retrospectiva
Cerimónias de Transgressão - Nagisa Oshima. Batalha Centro Cinema, Porto, de 11 setembro a 15 dezembro 2024. Curadoria: Miguel Patrício. “Nagisa Oshima no Batalha: a política e a carne em dez sessões. Oshima foi figura cimeira dessa Naberu Bagu (transcrição fonética de Nouvelle Vague), movimento que eclodiu no final dos anos 50 como conflito aberto dos novos cineastas contra o sistema e os "velhos" mestres. Fica como um dos momentos mais subversivos, por causa da política e da sexualidade, das várias histórias do cinema.” Vasco Câmara. https://www.batalhacentrodecinema.pt/programmes/nagisa-oshima-cerimonias-de-trangressao/
Uma exposição
Siza. Galeria de Exposições Temporárias, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, até 26 agosto 2024. “Siza é uma mostra dedicada à obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira. Tendo como centro da reflexão o papel do desenho na obra de Siza Vieira, a exposição reúne material original, desenhos, plantas de trabalho e plantas finais, fotografias, peças de design, bem como obras de artistas que compõem a constelação de referências pessoais, artísticas e profissionais daquela que é uma das mais importantes figuras da história da arquitetura em Portugal, e um dos grandes nomes vivos da arquitetura e urbanismo moderno no mundo.” https://gulbenkian.pt/agenda/exposicao-siza/