[1.79] Top jobs: Costa no Conselho, von der Leyen na Comissão: não se esperam surpresas, o que é estranho
Raramente se assistiu a tanto consenso e em águas calmas: ninguém espera que António Costa falhe a presidência do Conselho Europeu e Ursula von der Leyen saia de presidente da Comissão Europeia
Nesta edição:
Costa tem os apoios necessários para ser nomeado para o Conselho Europeu; o “coração” da União não quer arriscar num clima de tantas incertezas — geopolíticas e internas
🌐 Conferência de Paz na Suíça apoia integridade territorial da Ucrânia: as reações na imprensa europeia
Uma ousadia: Portugal deve desenhar um plano para fabricar carros eléctricos chineses?
Energia verde em grande: Espanha tem excesso de oferta, China está seis anos adiantada
As notáveis coincidências entre a operação Influencer e caso das gémeas
E ainda as habituais seleções de notícias nacionais e globais
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ATUALIDADE
Top jobs: Costa no Conselho, von der Leyen na Comissão: não se esperam surpresas, o que é estranho
Tudo aponta para que António Costa seja o próximo Presidente do Conselho Europeu. A confirmação oficiosa poderá sair da reunião informal desta noite (17/06/2024) em Bruxelas entre chefes de Estado e governo da União Europeia, aguardando-se pelo fim do mês para a oficialização dos nomes para os quatro cargos de topo da União Europeia — a decisão formal está reservada para a cimeira de 27 e 28 de Junho.
A novidade desta vez é que há uma espécie de unanimidade entre os analistas e observadores. Da última vez, em 2019, as nomeações sofreram várias reviravoltas e peripécias, acabando Ursula von der Leyen por ser nomeada para presidir à Comissão Europeia (tornando-se na primeira mulher no cargo).
Von der Leyen não estava sequer na lista em 2019. Mas está hoje. E há uma espécie de “ticket” informal que junta os destinos da alemã com os do português: o grupo dos sociais democratas e socialistas, S&D, vota na candidata do Partido Popular Europeu (PPE) desde que este vote no seu candidato, que é o antigo Primeiro-Ministro português António Costa.
O primeiro “top job” é para o grupo mais votado, PPE, o segundo é para o segundo grupo, S&D, e o terceiro fica, naturalmente, para o terceiro grupo, os liberais (RE): a primeira ministra da Estónia, Kaja Kallas, é a sua indicada para a Política Externa e de Segurança da União. Na quarta função de topo deverá manter-se a actual presidente, Roberta Metsola, membro do PPE, cuja recandidatura é aguardada na sessão constitutiva do Parlamento, a 16 de Julho.
Porquê tanto consenso?
O assunto não está arrumado. Há algum silêncio do lado dos partidos de extrema-direita. Talvez porque a maioria PPE+S&D+RE se mantém na liderança, graças às eleições europeias de 9 de junho último e há condições para o “coração” do sistema manter o “cordão sanitário”, ou à portuguesa o “não é não”, face aos extremismos.
Há também a noção de que as incertezas já são demais. Conscientes dos desafios geopolíticos e do contexto instável, tanto externo (guerras, China, Rússia, Trump,…) como interno (extrema-direita, França…), os líderes decidiram não arriscar. Optaram por seguir à risca o método tradicional na distribuição dos cargos.
António Costa tem o apoio necessário?
Sim, tem. Apesar de já não ser Primeiro-Ministro e não se sentar à mesa em Bruxelas esta noite, é o candidato do S&D. Tanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, como o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, o apoiam incondicionalmente. O Governo português também — Luís Montenegro assim assumiu na noite das eleições europeias. Macron (RE) gosta dele, von der Leyen (PPE) gosta dele. Apoios tem: o que não tem, ninguém tem: blindagem contra reviravoltas de última hora.
Fontes: publico.pt, politico.eu
Notícias
🇪🇺 Luís Montenegro sublinhou a confluência de posições entre PSD e PS no que toca ao compromisso com a União Europeia. O primeiro-ministro reafirmou o apoio do Governo da AD a uma possível candidatura de António Costa para a presidência do Conselho Europeu, destacando que "não há nenhum tipo de reserva, nem nenhum tipo de dúvida" sobre essa questão. Montenegro argumentou ainda que Costa inspira mais confiança do que outros potenciais candidatos socialistas de diferentes países europeus. • jn.pt
🇪🇺 Mark Rutte, primeiro-ministro cessante dos Países Baixos, afirmou existir um "consenso emergente" em torno dos nomes para os cargos de topo da União Europeia. No entanto, ressalvou que é necessário aguardar pelo final dos encontros entre os líderes europeus para uma decisão definitiva, que deverá ser tomada na próxima semana, na reunião formal do Conselho Europeu. • observador.pt
🇪🇺 Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu, reconhece as competências de António Costa, considerando-o "um bom colega" e "um primeiro-ministro bastante eficaz e eficiente" durante o tempo em que trabalharam juntos em Bruxelas. No entanto, questionado sobre o apoio a Costa para o cargo de Presidente do Conselho Europeu, Tusk pede uma clarificação do contexto legal e admite que ainda não é claro se há consenso dentro do Partido Popular Europeu. • dn.pt
🇪🇺 Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, considera António Costa o mais bem posicionado para assumir a presidência do Conselho Europeu. Segundo Barroso, o nome do ex-primeiro-ministro português "é o mais consensual, dentro e fora da família socialista", tendo em conta os contactos que tem mantido com diferentes governos europeus. • elespanol.com
Outros nomes portugueses em cargos de alto nível
António Guterres - atual Secretário-Geral das Nações Unidas
António Vitorino - Comissário Europeu da Justiça e Assuntos Internos (1999-2004); diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações até 2023
Carlos Moedas - Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação (2014-2019)
Diogo Freitas do Amaral - presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, 1995-1996
José Manuel Durão Barroso - presidente da Comissão Europeia, 2004-2014.
🌐 Conferência de Paz na Suíça apoia integridade territorial da Ucrânia: reações na imprensa europeia
Na declaração final da conferência de paz que decorreu em Bürgenstock, na Suíça, a maioria dos participantes declarou o seu apoio à integridade territorial da Ucrânia: 84 dos 92 representantes presentes assinaram a declaração. Também foram delineadas medidas para a segurança alimentar e energética do país. Um evento de acompanhamento, possivelmente na Arábia Saudita ou na Turquia, ainda está a ser negociado.
🗣 Olessja Jachno saúda a abordagem do Ocidente no Facebook: "Somente no terceiro ano da invasão em grande escala da Rússia que o Ocidente parece estar acordando e formulando sua abordagem para a paz. Uma abordagem baseada em um claro fortalecimento dos componentes militares da Ucrânia e na necessidade de retornar aos princípios do direito internacional. Todas as soluções 'híbridas' estão finalmente sendo rejeitadas e a percepção está surgindo: ou a humanidade derrota a guerra por meio de ação conjunta ou a guerra derrotará a humanidade." Olessya Yakhno (Ucrânia)
🕵️ El País resume em editorial que Zelensky tem todos os motivos para estar satisfeito: "Em três cúpulas na semana passada, a Conferência de Recuperação da Ucrânia em Berlim, a Cúpula do G7 em Bari e a da Suíça, a Ucrânia alcançou resultados políticos substanciais... A mensagem para Putin é clara. Com nuances em relação ao compromisso de cada país, a comunidade internacional está dizendo a ele que não permitirá que a Ucrânia sucumba por falta de apoio militar e diplomático. ... Kiev agora precisa de fatos na linha de frente. ... Sob essas condições, as negociações de cessar-fogo são possíveis, sem pré-condições." El País (Espanha)
🧐 Thomas Mayer reflete no Der Standard sobre qual a direção a tomar a seguir: "As declarações de dezenas de chefes de Estado e de governo refletem um acordo geral de que as coisas não podem continuar assim. Os Estados do Golfo, possivelmente a Turquia, poderiam desempenhar um papel ativo, e a Índia está se juntando pela primeira vez. Já se fala em uma conferência de acompanhamento. O início de um fim da guerra e, indiretamente, uma subsequente conferência de paz podem agora ser considerados. Agora, o plano é conversar com a Rússia sobre segurança alimentar, a segurança das usinas nucleares na Ucrânia e a troca de prisioneiros de guerra e crianças sequestradas. É um começo." Der Standard (Áustria)
✍ Gianni Righinetti escreve no Corriere del Ticino que, apesar de várias falhas, este foi o resultado certo: "Uma conferência de paz sem o agressor sentado à mesa de negociações, uma declaração sem as assinaturas de alguns dos países presentes e uma conferência suíça de dois dias com o chefe de Estado ucraniano desempenhando o papel de anfitrião. Todos os elementos que podem levar alguém a falar de uma oportunidade perdida, se não de uma conferência fracassada. Mas não é esse o caso. ... Nossa Suíça, em um contexto onde é mais fácil dar um passo errado do que um certo, respondeu 'presente'. Claro que poderíamos ter escolhido permanecer em silêncio, mas essa atitude não nos convém, e temos orgulho disso." Corriere del Ticino (Suíça)
🗣 O cientista político Pedro Ponte e Sousa escreve no Público que uma nova estratégia será necessária para resolver a guerra na Ucrânia: "O ambiente da Guerra Fria 2.0, a lógica da segurança confrontacional em vez de cooperativa, o aumento da retórica militarista e do investimento e uma escalada no rearmamento que está aumentando em vez de reduzir a ameaça estão prendendo todos os lados em câmaras de eco nas quais o inevitável parece inevitável. A diplomacia e as negociações são cada vez mais necessárias para quebrar esse círculo vicioso. Não a diplomacia pública com discursos eloquentes para influenciar a opinião pública, mas negociações reais a portas fechadas, com ganhos e perdas para cada lado, mas sempre levando a uma situação melhor do que a violência cruel da guerra em curso." Público
🕵️ O Jutarnji list analisa mais de perto os apelos pré-conferência de Vladimir Putin a Kiev para desocupar as quatro regiões contestadas de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk e renunciar às suas ambições na NATO para tornar a paz possível: "Talvez ele tenha cometido um erro tático ao nomear oficialmente objetivos específicos na guerra pela primeira vez: ou seja, o controle sobre quatro regiões e um status neutro para a Ucrânia. Até agora, Putin havia evitado ser tão específico, e isso lhe deu muito espaço de manobra. Ele poderia apresentar um resultado que incluísse a manutenção do controle russo sobre os territórios ocupados como sua vitória antes, mas agora ele se privou dessa possibilidade." Jutarnji list (Croácia)
OUSADIA
Portugal deve desenhar um plano para fabricar carros eléctricos chineses?
Quem o propõe é a newsletter República dos Pijamas em edição de hoje. ”A vontade da UE em aumentar tarifas sobre carros chineses é uma manobra de desespero, após uma década perdida com planos de austeridade. Portugal pode contrariar este falhanço”, adianta na introdução.
Um aperitivo para a leitura:
A falta de investimento em tecnologia e inovação na Europa, aliado às fragilidades ligadas à falta de soberania energética foram tornadas evidentes na guerra da Ucrânia e colocam sérias questões sobre um alinhamento português totalmente acrítico face à política económica e industrial do centro da Europa. Neste contexto, ancorado em novas vantagens competitivas nacionais, como a produção de energética renovável (ou mesmo a presença de algum lítio em solo nacional), aprofundar as relações económicas com a China poderá ser uma oportunidade para Portugal tentar contornar o iminente suicídio industrial do centro da Europa.
Leitura sugerida: republicadospijamas.substack.com
🌬️ ☀️ Energia verde em grande: Espanha tem excesso de oferta, China está seis anos adiantada
A energia verde continua a progredir mundialmente. Em Espanha, a geração solar aumentou oito vezes desde 2008 e a geração eólica duplicou, levando a um excesso de oferta e, por vezes, a preços negativos. Na Irlanda, mais de um terço da eletricidade este ano foi gerada por energia eólica. Segundo um analista da Agência Internacional de Energia, a China está prestes a atingir a sua meta de instalação de 1.200 gigawatts de energia solar e eólica seis anos antes do previsto, alcançando este marco nos próximos dois meses.
Recorde-se, em perspetiva, que na COP28, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, quase 120 países estabeleceram uma meta coletiva para triplicar a capacidade de geração de energia renovável no mundo, atingindo pelo menos 11.000 GW até 2030.
Estado da arte
China. Projeta ultrapassar significativamente as suas metas para 2030 em capacidade de energia eólica e solar, o que é positivo para os esforços globais contra as mudanças climáticas, mas indica uma pressão crescente sobre a rede elétrica nacional. A meta era instalar pelo menos 1.200 GW até ao final da década, mas espera-se que este objetivo seja superado já no próximo mês. Em abril, a capacidade eólica e solar da China era de 1.130 GW e deverá atingir 1.200 GW este ano, seis anos antes do previsto.
Espanha. Enfrenta um problema de excesso de oferta de eletricidade, considerando opções de armazenamento ou aumento da procura. A capacidade de geração eólica duplicou desde 2008 e a capacidade de energia solar aumentou oito vezes no mesmo período, tornando-se o segundo maior país da UE em infraestruturas de energia renovável, logo após a Suécia. O presidente do governo Pedro Sánchez destacou a Espanha como um motor da transição energética global, com o boom a começar após a remoção de obstáculos regulatórios e a introdução de subsídios em 2018.
Irlanda. As energias eólicas forneceram 35% da eletricidade do país nos primeiros cinco meses deste ano. O relatório de maio da Wind Energy Ireland mostrou que a energia renovável abasteceu milhares de lares e negócios irlandeses, com a procura de eletricidade a subir ligeiramente em relação ao ano anterior. Justin Moran, diretor de assuntos externos da Wind Energy Ireland, destacou a redução da dependência de combustíveis fósseis importados e a diminuição dos preços grossistas de eletricidade graças à energia limpa produzida internamente.
Fontes: caixinglobal.com, independent.ie, bbc.com
🇵🇹 💥 As notáveis coincidências entre a Operação Influencer e caso das gémeas
Advogados questionam timing das buscas e ligações entre casos.
A Operação Influencer, que levou à demissão de António Costa, apresenta coincidências com o caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma. As buscas da operação ocorreram quatro dias após a TVI revelar a intervenção do filho de Marcelo Rebelo de Sousa no caso das gémeas.
Nuno Rebelo de Sousa ainda não esclareceu o seu papel, mas é esperado na comissão parlamentar de inquérito. Marcelo cortou relações com o filho e demorou um mês a admitir que recebeu um e-mail sobre o caso.
No dia 2 de novembro de 2023, o juiz de instrução da Operação Influencer emitiu mandados de busca, resultando na descoberta de 75 mil euros no escritório de Vítor Escária. A procuradora-geral da República não explicou a sua visita a Belém no dia das buscas.
António Costa propôs Mário Centeno como solução de governo, mas Marcelo dissolveu o Parlamento e marcou eleições antecipadas. Costa é agora candidato ao cargo de presidente do Conselho Europeu.
Fonte: cnnportugal.iol.pt
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🇵🇹 O ex-secretário de Estado António Lacerda Sales recusou-se a responder se deu indicações para a marcação da primeira consulta das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma, alegando o direito ao silêncio para "não violar o segredo de justiça e não se auto incriminar". Lacerda Sales afirmou também não ter recebido nenhum ofício de alguém hierarquicamente superior sobre este caso. • 24.sapo.pt
🇵🇹 O ex-presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, foi escutado no âmbito da Operação Influencer, que investiga suspeitas de tráfico de influências. Numa conversa com João Galamba em abril de 2023, Santos Silva abordou temas como a TAP e Paula Meira Lourenço, tendo esta conversa sido posteriormente validada pelo então presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo, por ser considerada relevante para a investigação. • visao.pt
Portugal
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🌡️ Uma onda de calor extremo e duradouro está prestes a atingir o Nordeste e o Meio-Atlântico dos EUA. Os índices de calor superiores a 38°C (100°F) estender-se-ão desde a Costa do Golfo até ao Canadá. O Serviço Nacional de Meteorologia prevê um "período prolongado de condições perigosamente quentes" com "calor intenso e humidade elevada", representando uma combinação perigosa para os grupos vulneráveis. • washingtonpost.com
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🇨🇳 Os EUA estão até 15 anos atrás da China no desenvolvimento de energia nuclear de alta tecnologia, segundo um relatório da Information Technology & Innovation Foundation. A China tem 27 reatores nucleares em construção, com prazos médios de sete anos, significativamente mais rápidos do que outros países. "A rápida implantação da China de centrais nucleares cada vez mais modernas sugere que as empresas chinesas ganharão vantagem na inovação incremental neste setor," afirma o estudo. Apesar de os EUA terem a maior frota mundial de centrais nucleares, a administração de Joe Biden considera esta fonte essencial para combater as alterações climáticas. • reuters.com
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Um debate
Encontros de jornalismo MediaCon - Informação sem Muros. Goethe-Institut, Lisboa, 28 e 29 junho 2024. “Dezasseis redações que publicam jornalismo de acesso livre juntaram-se para organizar dois dias de diálogo sobre jornalismo, com debates, conversas e workshops, todos de entrada gratuita. Juntos acreditam que é preciso unir as doações da audiência ao financiamento público direto para criar condições para uma verdadeira pluralidade mediática no país.” https://www.goethe.de/ins/pt/pt/kul/sup/med.html?wt_sc=portugal_mediacon
Um livro
Eu Canto e a Montanha Dança. Autoria: Irene Solà. Tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas. Editora: Cavalo de Ferro, 2024. “Irene Solà: 'Que vozes escutamos quando contamos histórias?'. A catalã Irene Solà escreveu um dos romances mais surpreendentes de entre os que se têm traduzido nos últimos tempos. Eu Canto e a Montanha Dança é uma homenagem à literatura oral.” José Riço Direitinho
Um festival
Guarda In Jazz, de 8 a 14 de julho 2024. “Trata-se de uma organização do Município da Guarda através do Teatro Municipal da Guarda. Os Concertos na Esplanada do Café Concerto são às 19h00 e na Alameda de Santo André, no âmbito do Guarda WineFest, são às 21h30, salvo no último dia, que será às 18h00.” https://www.mun-guarda.pt/noticias/2014-guarda-in-jazz-de-8-a-14-de-ju
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