[1.127] Geórgia elege partido pró-Moscovo mas quer entrar para a União Europeia
O Sonho Georgiano venceu pela quarta vez. Tem maioria absoluta. Os resultados são contestados. Há manifestações. Irakli Kobakhidze mantém a intenção de entrar para a UE, mas a UE não está convencida.
Nesta edição:
Eleições na Geórgia: vitória controversa do Sonho Georgiano, partido no poder
O que explica a popularidade de um partido pró-Moscovo num país em que 80% da população quer aderir à União Europeia?
Reações dos analistas: da controvérsia às preocupações europeias
Odair Moniz: Governo convoca associações de Lisboa para reunião, mas exclui algumas organizações
Super-ricos produzem mais carbono em 90 minutos do que uma pessoa média em toda a vida
A vingança de Israel sobre o Irão e as negociações para um cessar-fogo em Gaza: o que acontece no Médio Oriente?
E um conjunto de curtas, com destaque para o facto de a Volkswagen enfrentar uma nova crise e, claro, mais despedimentos
VamoLáVer é uma newsletter gratuita para todos os assinantes. Uma das formas de apoiar esta iniciativa de cidadania informada é indicar uma amiga ou amigo, familiar ou conhecido, a quem ela possa interessar. Usando o botão abaixo vai somar pontos por cada novo assinante. E os pontos transformam-se em recompensas — além do gosto de apoiar, as suas referências dão-lhe direitos, veja quais aqui.
ATUALIDADE
Eleições na Geórgia: vitória controversa do Sonho Georgiano
A notícia - O partido Sonho Georgiano, alinhado com Moscovo, conquistou um quarto mandato nas eleições parlamentares da Geórgia, obtendo 89 lugares com 54% dos votos. Este resultado representa um revés significativo para a oposição pró-europeia, que conseguiu apenas 61 lugares.
O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, reafirmou que a integração na UE continua a ser uma prioridade, prometendo que a Geórgia estará totalmente integrada na União até 2030.
A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, não reconheceu os resultados das eleições e convocou protestos, afirmando que aceitar os resultados seria aceitar a influência russa no país.
A vitória do partido no poder levanta preocupações sobre um possível afastamento da adesão da Geórgia à União Europeia, um objetivo consagrado na Constituição do país. Observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) relataram incidentes de compra de votos e intimidação de eleitores, embora não tenham declarado que as eleições foram fraudulentas. Os Estados Unidos e a União Europeia pediram investigações sobre as alegações de irregularidades eleitorais.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, enfatizou a necessidade de respeitar o Estado de direito e revogar legislações que comprometam as liberdades fundamentais. O ainda presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também pediu uma investigação sobre as irregularidades, enquanto a Comissão Europeia alertou que qualquer legislação que comprometa os direitos dos cidadãos georgianos deve ser revogada.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que é um dos poucos líderes da UE a apoiar o governo georgiano, visitará a Geórgia, mas o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, sublinhou que Orbán não representa a União Europeia.
O Kremlin, por sua vez, rejeitou as acusações de interferência nas eleições, afirmando que são infundadas e que outros países estão a tentar desestabilizar a Geórgia.
Fonte: rtp.pt
Relacionadas
🇪🇺 O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban destaca-se novamente na União Europeia ao reagir às eleições contestadas na Geórgia. O líder húngaro, o aliado mais próximo de Putin na UE, planeia uma visita à capital georgiana para se encontrar com os seus aliados, contrariando a posição do bloco europeu. • apnews.com
🇬🇪 Milhares de georgianos protestam contra eleições fraudulentas. Manifestantes exigem a anulação das eleições parlamentares do fim de semana, denunciadas pela Presidente como manipuladas com ajuda russa. O partido no poder, Georgian Dream, é acusado de autoritarismo e inclinação pró-Moscovo. • apnews.com
¶ ¶ ¶
O que explica a popularidade de um partido pró-Moscovo num país em que 80% da população quer aderir à União Europeia?
O Partido Sonho Georgiano (Georgian Dream) mantém uma popularidade significativa na Geórgia, apesar das acusações de servir interesses russos num país onde 80% da população apoia a adesão à UE.
O sucesso do partido pode ser atribuído a três fatores principais.
Posiciona-se como defensor dos valores conservadores numa sociedade tradicionalista, onde mais de 90% da população rejeita a homossexualidade, prometendo "proteger" os georgianos da "propaganda LGBT".
O partido utiliza eficazmente a retórica da paz versus guerra. O líder Bidzina Ivanishvili, um bilionário que fez fortuna na Rússia, adverte constantemente sobre supostas conspirações de "inimigos internos e externos". Durante a campanha, cartazes contrastavam imagens de cidades ucranianas bombardeadas com cenas pacíficas da Geórgia.
O partido mantém uma posição ambivalente, prometendo conduzir a Geórgia à União Europeia enquanto preserva relações equilibradas com Moscovo. Contudo, críticos apontam contradições, como a aprovação da "Lei de Transparência da Influência Estrangeira", que provocou uma crise nas relações com países ocidentais e levou à suspensão do processo de adesão à UE.
A oposição, inicialmente otimista após as sondagens à boca das urnas, encontra-se agora num impasse. Analistas políticos sugerem que, embora protestos sejam esperados, a falta de uma liderança forte e unificada na oposição pode dificultar a organização de manifestações eficazes contra os resultados eleitorais.
Fontes: BBC Russian
¶ ¶ ¶
Reações: controvérsia e preocupações europeias
A imprensa europeia especula sobre as consequências da eleição, inclusive para as relações do país com a Europa.
🗣 Abbas Gallyamov observa que, tal como nas últimas eleições na Hungria, as forças pró-russas no Cáucaso exploram o medo da guerra, argumentando que criticar Putin levará ao conflito. Sublinha que o sucesso desta estratégia não reflete a popularidade de Putin, mas sim o desejo popular de evitar confrontos com a Rússia. • Facebook
🧐 Ruslan Rochow critica a incapacidade da oposição em contrariar as técnicas proibidas utilizadas pelo Georgian Dream. Adverte que, embora a revolução pareça a única opção restante, esta é improvável devido à proximidade com a Rússia. Apela a uma influência política mais sistemática e madura para impedir o avanço das forças pró-russas. • Facebook
✍️ Paolo Valentino condena duramente a postura de Orbán, atual presidente rotativo da UE, considerando a sua visita a Tbilisi uma traição aos valores europeus. Argumenta que os países europeus não podem permanecer passivos perante este desafio aberto à reputação internacional da Europa. • Corriere della Sera (Itália)
🕵️ Arthur de Liedekerke defende que a Europa deve afirmar-se como parceira comprometida na região, destacando a Comunidade Política Europeia como instrumento crucial. Alerta para a necessidade de coesão entre os 27 estados-membros face a possíveis fraudes eleitorais e protestos na Moldávia e Geórgia. • La Libre (Bélgica)
🧐 Barbara Oertel discute o dilema da UE face à brutalidade policial contra manifestantes. Questiona a sensatez de sanções como a abolição das viagens sem visto, argumentando que tal medida penalizaria duplamente a jovem geração georgiana. • Taz (Alemanha)
🗣️🏙️ Odair Moniz: Governo convoca associações de Lisboa para reunião, mas exclui algumas organizações
O Governo português convocou associações de comunidades da área de Lisboa para uma reunião, mas pelo menos três organizações queixaram-se de não terem sido inicialmente convidadas. Entre elas está o movimento Vida Justa, que só foi incluído após pedir explicações. A reunião, agendada para terça-feira, surge na sequência dos incidentes que se seguiram à morte de Odair Moniz, um morador do bairro do Zambujal, na Amadora, baleado por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura.
O Grupo de Ação Conjunta contra o Racismo e Xenofobia expressou repúdio pela exclusão do Coletivo Consciência Negra e da Frente Anti-Racista, criticando a falta de sensibilidade do Governo para com as vozes que representam as comunidades afetadas. A iniciativa governamental visa dialogar com as comunidades da Área Metropolitana de Lisboa e contará com a presença de ministros, dirigentes das polícias e representantes de várias instituições.
Exclusão de organizações - Várias associações, incluindo representantes das comunidades ciganas, não foram inicialmente convidadas para a reunião. O Grupo de Ação Conjunta contra o Racismo e Xenofobia criticou esta decisão, argumentando que todas as estruturas que trabalham no terreno são indispensáveis para construir estratégias comuns de ação. O grupo sugeriu várias organizações que poderiam contribuir para um diálogo mais abrangente sobre os problemas que afetam as comunidades.
Reação do movimento Vida Justa - Nuno Ramos Almeida, porta-voz do Vida Justa, informou que o movimento só foi convidado na manhã do dia da notícia, após a divulgação na comunicação social. Agradeceu às outras organizações que denunciaram a sua ausência da convocatória inicial e apelou à unidade na luta.
Contexto dos incidentes - A reunião foi convocada após uma semana de tumultos no Zambujal e noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, desencadeados pela morte de Odair Moniz. Durante os distúrbios, foram queimados e vandalizados autocarros, automóveis e caixotes do lixo, resultando em cerca de duas dezenas de detidos e outros tantos suspeitos identificados. Sete pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.
Participantes da reunião - A reunião contará com a presença dos ministros da Presidência, da Administração Interna e da Juventude e Modernização, bem como dirigentes da GNR e PSP, do Instituto Português do Desporto e da Juventude e da Agência para a Integração, Migrações e Asilo. As associações convidadas incluem o Moinho da Juventude, Mundo Nôbu, Afrolink, Associação Caboverdeana, entre outras.
Fonte: rr.sapo.pt
Relacionadas
📝 Promotores negam acusações de fraude em petição contra Ventura. Detetadas apenas duas assinaturas falsas entre 116 mil. A petição, que ultrapassou 100 mil assinaturas, não requer validação por Cartão de Cidadão. Será entregue na Procuradoria-Geral da República como reforço à queixa-crime. • publico.pt
📜 Grupo de cidadãos entrega queixa-crime contra Chega. Cerca de 123 mil pessoas assinaram documento contra André Ventura, Pedro Pinto e Ricardo Reis por declarações sobre a morte de Odair Moniz. A entrega será feita na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa. • sicnoticias.pt
🇵🇹 O primeiro-ministro defende que Portugal não é um país de ódio ou preocupações raciais. Montenegro afirma que a maioria dos portugueses convive bem com imigrantes, distinguindo epifenómenos do panorama geral. O Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, presidido por António Vitorino, realizou a sua primeira reunião. • rtp.pt
🏛️ O presidente da Assembleia da República apelou à moderação no caso da morte de Odair Moniz. Não recebeu pedidos de levantamento da imunidade parlamentar de deputados do Chega. A PGR abriu um inquérito sobre declarações de André Ventura e Pedro Pinto. • publico.pt
🌍💰 Super-ricos produzem mais carbono em 90 minutos do que uma pessoa média em toda a vida
A notícia - Um relatório da organização humanitária Oxfam revela que os 50 indivíduos mais ricos do mundo produzem, em média, mais carbono através dos seus investimentos, jatos privados e iates em apenas hora e meia do que uma pessoa média produz durante toda a sua vida. O estudo, intitulado "A Desigualdade de Carbono Mata", é o primeiro do género a monitorizar as emissões dos super-ricos, destacando como estas contribuem para a desigualdade, a fome e as alterações climáticas a nível global.
As emissões dos super-ricos da Europa em menos de uma semana de utilização de super-iates e jatos privados equivalem à pegada de carbono vitalícia de uma pessoa do 1% mais pobre do mundo, que sofre as piores consequências da crise climática.
Quase 40 por cento dos investimentos bilionários analisados no estudo estão relacionados com indústrias altamente poluentes, como petróleo, mineração, transporte marítimo e cimento. As emissões totais de investimento de 36 dos multimilionários mais ricos da União Europeia equivalem às emissões anuais de mais de 4,5 milhões de europeus.
Chiara Putaturo, especialista da Oxfam Internacional, defende a implementação de impostos mais elevados sobre os super-ricos, incluindo impostos sobre a riqueza e taxas mais altas para super-iates e jatos particulares, argumentando que estes devem pagar pela sua pegada de carbono em vez dos europeus comuns.
O relatório foi apresentado duas semanas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), agendada para 11 a 22 de novembro em Baku, Azerbaijão, onde se espera que estas questões sejam debatidas.
Fonte: 24.sapo.pt
Relacionada
🌡️ A ONU alerta para o aumento das emissões de gases. Os compromissos atuais reduzirão as emissões em apenas 2,6% até 2030, longe dos 43% necessários. Os níveis de CO2 atingiram 420 ppm, o mais alto da história humana. A ONU apela a planos climáticos mais fortes antes da COP29. • rte.ie
A vingança de Israel sobre o Irão e as negociações para um cessar-fogo em Gaza: o que acontece no Médio Oriente?
O temido conflito regional em larga escala no Médio Oriente volta a preocupar o mundo depois de Israel ter bombardeado o Irão este fim de semana, em retaliação pelo ataque com mísseis de 1 de outubro.
A reação de Netanyahu. O primeiro-ministro israelita afirmou que conseguiram reduzir o potencial defensivo e a capacidade do regime dos ayatollahs de fabricar mísseis.
Pretenderá o Irão vingar-se? Teerão reserva-se o direito de responder a Israel, embora afirme não pretender alargar o conflito.
As reações ocorrem enquanto se negoceia um possível cessar-fogo em Gaza:
O Qatar acolhe novos contactos para tentar alcançar uma trégua que permita libertar reféns em troca de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas.
Delegações de Israel e do Hamas, coordenadas pelos Estados Unidos, Qatar e Egito, tentam reeditar o cessar-fogo conseguido há quase um ano.
Mas a guerra não pára:
Em Gaza, as bombas do exército israelita continuam a matar dezenas de pessoas diariamente.
O exército israelita mantém também os seus ataques no Líbano.
Um cidadão árabe israelita embateu com o camião que conduzia contra uma paragem de autocarro nos arredores de Telavive, matando uma pessoa e ferindo cerca de trinta.
Fonte: elpais.com
Portugal
🔋 O CEO da Galp afirmou que a empresa não se precipitará na decisão de investimento para a refinaria de lítio em Portugal até garantir um retorno adequado. Durante uma conferência telefónica, Filipe Silva mencionou que a Galp registou um lucro de 890 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, um aumento de 24%, mas expressou preocupação com o atraso na mineração de lítio no país. • publico.pt
💼 A UGT propõe aumentos salariais de 4,7% em 2025 para os setores público e privado. A central sindical defende este aumento para fazer face ao custo de vida e garantir uma parte equitativa dos ganhos de produtividade. Esta proposta está alinhada com o acordo tripartido de valorização salarial assinado na Concertação Social. • 24.sapo.pt
União Europeia
🗳️ Conservadores lideram eleições na Bulgária com 26% dos votos. Liberais pró-europeus ficam em segundo com 15%, seguidos pelos nacionalistas pró-russos com 13%. Boïko Borissov, ex-primeiro-ministro, apela à estabilidade, mas a formação de um governo estável permanece incerta após sete eleições em três anos e meio. • expresso.pt
🗳️ As eleições na Lituânia resultaram numa mudança de poder. O Partido Social-Democrata conquistou 52 assentos no parlamento de 141 lugares, derrotando o governo conservador. Uma coligação de centro-esquerda deverá controlar pelo menos 74 assentos, enquanto o partido União da Pátria obteve apenas 28 lugares. • apnews.com
🏛️ O Parlamento francês rejeitou o orçamento da Segurança Social. A comissão de assuntos sociais votou unanimemente contra o projeto de lei para 2025. O governo poderá recorrer ao artigo 49.3 da Constituição para aprovar o orçamento sem votação. São esperados debates acesos sobre alívios nas contribuições patronais. • lemonde.fr
🗳️ As bases do Podemos aprovam condicionar apoio às propostas de orçamento de Estado. 89,81% dos militantes votaram a favor de exigir medidas sobre habitação e contra o genocídio na Palestina. O partido endurece a sua estratégia negocial, podendo rejeitar o orçamento se o governo não atender às suas exigências. • publico.es
Economia
🚗 A Volkswagen enfrenta uma nova crise. As vendas estão a diminuir, especialmente de veículos elétricos. A empresa planeia fechar fábricas na Alemanha e despedir dezenas de milhares de trabalhadores. A VW, outrora símbolo do milagre económico alemão, luta agora para manter a sua posição no mercado global. • srf.ch
Mundo
✈️ O presidente do Governo indiano Modi e o seu homólogo espanhol Pedro Sánchez inauguraram a primeira fábrica privada de aeronaves militares da Índia. O projeto, que resulta de um acordo de 2,5 mil milhões de dólares, produzirá 40 aviões C-295, com a primeira unidade a ser lançada em 2026, contribuindo para o crescimento da indústria de defesa indiana. • time.com
🇯🇵 O presidente do Governo japonês, Shigeru Ishiba, anunciou reformas fundamentais no Partido Democrático Liberal (PDL) após a perda da maioria na Câmara Baixa. A demissão do responsável pela campanha, Shinjiro Koizumi, foi aceita por Ishiba, que assumiu a responsabilidade pelo resultado das eleições gerais de domingo. • observador.pt
Não perca VamoLáVer para os filtros de spam
Quer garantir que não perde nenhuma atualização da sua newletter ? Veja estas dicas simples para diferentes aplicações de correio eletrónico.
Gmail
Abra um e-mail do VamoLáVer
Clique nos três pontinhos no canto superior direito
Selecione 'Marcar como importante'
Outlook
Clique com o botão direito do rato no endereço de e-mail do VamoLáVer
Escolha 'Adicionar aos Contactos do Outlook'
Apple Mail
Abra um e-mail do VamoLáVer
Clique no endereço de e-mail da newsletter
Selecione 'Adicionar aos Contactos' ou 'Adicionar aos VIP'
Yahoo Mail
Abra um e-mail do VamoLáVer
Passe o rato sobre o endereço de e-mail
Clique em 'Adicionar aos Contactos'
Cavalo de Tróia?